quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sobre a falta de água e a política cultural da Sabesp, um verdadeiro volume morto


Estamos vivendo talvez a situação mais grave de desabastecimento de água da história do estado de São Paulo. Uma calamidade.
O governo do estado evita ao máximo usar a palavra racionamento, mesmo que muitos moradores já passem por isso.
Mas o que é que esse assunto, amplificado pela proximidade da eleição, tem a ver com cultura? Explico.
Entre o final de 2011 e início de 2012 aprovei um projeto de um grande festival de música no Ministério da Cultura (MinC) pela Lei Rouanet.
Para quem não sabe, essa lei prevê a transferência de dinheiro de impostos das empresas aos projetos culturais e sociais aprovados, desde que atenda rigidos critérios.
De certa forma, é emprego de dinheiro público. Para ser aprovado, o projeto passa pelo crivo de “pareceristas” escolhidos a dedo pelo MinC que, além de julgarem a capacidade do produtor em viabilizar o evento, julgam também a relevância social e cultural do projeto.
Pois bem, o festival seria realizado em Santos, no local conhecido como Emissário Submarino, uma área que ficou abandonada por décadas, mas agora se encontra revitalizada. Na verdade, essa área abriga um equipamento da Sabesp, construído ali nos anos 70.
Seria realizado em três dias, cada dia com três shows. Entre as atrações, estavam previstas o que há de melhor na música instrumental brasileira, todos listados no projeto.
A novidade estava na proposta além da música. Decidi que não iríamos apenas pegar o dinheiro dos patrocinadores e empregar no festival. Além da boa música, daríamos um retorno maior à sociedade. Esse festival teria um viés de sustentabilidade.
Todos os itens da produção e a estratégia de divulgação seriam limpos. Ou seja, não seriam distribuídos panfletos para não sujar as vias públicas; não haveria a utilização de lambe-lambe; os impressos seriam em papel reciclado; na divulgação usaríamos bicicletas, balões e intervenções musicais em pontos de grande circulação; os geradores funcionariam com biodiesel e dispositivo anti-ruído; haveria pontos de coleta com lixeiras especiais para material reciclável; haveria banheiros químicos e acesso para portadores de necessidades especiais; recolheríamos, créditos de carbono relativos ao consumo energético do evento; doaríamos mudas de espécies de plantas locais para reflorestamento; firmaríamos parcerias com empresas especializadas em serviços de reciclagem que fariam o peneiramento do entorno da área do festival, visando a retirada de detritos. O objetivo seria entregar o local mais limpo do que encontramos. Ou seja, além do legado cultural, deixaríamos um legado ambiental. Uma total mudança de conceito. 
Nesse bojo, um item muito importante seria o espaço para educação chamado Tenda Sustentabilidade. Um espaço com cadeiras, equipamento de som e vídeo destinado a palestras educativas relativas ao uso consciente da água. Palestrantes iriam orientar a população a economizar água em seu dia a dia. Haveria debates sobre o porto de Santos, a qualidade da água das praias e as empresas patrocinadoras poderiam mostrar o que estariam fazendo para economizar água e a favor do meio ambiente.
No processo de captação, no início de 2012, usei todos os artifícios, argumentos e amizades possíveis. Inclusive conexões políticas, pessoas influentes aqui em Santos que simplesmente acreditaram na ideia e deram a maior força. Atualmente duas dessas pessoas ocupam importantes cargos públicos, mas na época não. A elas sou grato.  
Após alguns contatos, as portas da Sabesp foram abertas para apresentação do meu projeto. A reunião foi marcada para 16 horas, do dia 05 de dezembro de 2012, na sede da empresa, rua Nicolau Gagliardi, 313, em Pinheiros, São Paulo.
Eu e o coordenador do meu projeto subimos a serra do mar rumo a São Paulo e enfrentamos o trânsito problemático de cidade para chegar no horário marcado.
Fomos recebidos pelo responsável pela superintendência de comunicação da Sabesp que já entrou na sala de reuniões dizendo que seria muito difícil a empresa patrocinar o projeto, sem antes mesmo de ter ouvido e visto o material que eu havia levado. Se não uma falta de educação, uma total falta de profissionalismo. 
Após esse banho de água fria tentei manter a calma e argumentar que estava ali vindo de Santos e que ele poderia pelo menos tomar conhecimento do projeto. Esperava sensibilizá-lo durante minha explanação. Após alguns momentos em pé ele concordou em ouvir.
Detalhadamente expliquei todos os itens descritos acima, enfatizando o trabalho de conscientização sobre o consumo de responsável água. Após tudo isso, veja o diálogo que se seguiu:

Sabesp: Não vamos patrocinar porque esse tipo de evento não nos dá retorno.
Eugênio: Depende do tipo de retorno que você quer ter. Se for a conscientização da população, acho que dá sim.
Sabesp: A última vez que apoiamos um festival desse tipo a Sabesp foi vaiada.
Eugênio: Não seria talvez porque vocês fazem buraco e não tampam. Por coincidência, minha mãe de 79 anos está com o olho roxo por causa de um tombo em um buraco da Sabesp que estava aberto. Acho que a empresa deveria fazer uma autocrítica.
Sabesp: Além disso, gastamos muito dinheiro com uma campanha pra televisão com os cantores Fernando e Sorocaba que estréia nesse verão.
Eugênio: Olha, se vocês apoiarem o festival não acontecerá só esse ano. A campanha será sistemática e atingirá milhares de pessoas.
Sabesp: Infelizmente a Baixada Santista não é nosso foco no momento.

A reunião acabou fria. Deixei o meu material e fui embora, o trânsito do horário do rush de São Paulo me esperava. 
No dia seguinte enviei educadamente um email agradecendo pela reunião. Veio uma resposta cortês dizendo que se houvesse interesse, a empresa entraria em contato. Nunca aconteceu.

Algumas considerações:

1 – A Sabesp tem o direito a apoiar ou patrocinar quem bem entende, só não somos obrigados a concordar com os motivos e a forma de como isso é feito.
2 – Apesar do apoio de órgãos municipais, o festival nunca aconteceu por falta de captação. Então porque eu estou reclamando da Sabesp? O uso responsável de água seria a razão de ser do evento e a Sabesp foi convidada para patrocinador máster. Algumas das empresas que visitei disseram que entrariam na parceria caso a Sabesp patrocinasse. 

3 – O fato de a Sabesp ter sido vaiada em um festival aberto, não quer dizer que a culpa seja do festival. Uma das funções do profissional da comunicação seria detectar o motivo que levou a empresa ganhar essa imagem negativa. 

4 – Não sei quanto custou a campanha com o Fernando e Sorocaba para a TV, mas sei que com esse dinheiro a Sabesp poderia patrocinar muitos eventos ligados à sustentabilidade e que teriam muito mais efeito.

5 - É bom lembrar que no site da empresa, no campo Uso Racional da Água, consta o item “Conscientizar a população da questão ambiental visando mudanças de hábitos” em seu programa relativo ao meio ambiente. Não se trata aqui de desqualificar o trabalho feito pela Sabesp até então. Não sou técnico e nem tenho competência pra isso. O que está sendo questionado é o apoio da empresa em eventos culturais que não tocam sequer no assunto meio ambiente, quanto mais o consumo responsável de água.

6 – E o mais importante de tudo. Qual seria o “retorno” pretendido pelo burocrata da Sabesp senão a conscientização da população sobre a economia de água? Com palestras, ações promocionais, eventos educativos, tudo isso realizado em cima de um equipamento da Sabesp e em uma cidade que tem 100% de esgoto tratado. Há propaganda positiva melhor do que essa?
Para quem teve paciência de ler esse texto até o final, quero dizer que visitei muitas empresas e me correspondi com outras tantas na fase de captação. Gastei dinheiro do próprio bolso nessa peregrinação, e não foi pouco.
A maioria das empresas não se sensibilizou com o apelo da economia de água, nosso bem mais importante, e toda a estrutura sustentável do festival.
Hoje vivemos na iminência de um racionamento. Pelo menos no estado de São Paulo. Acredito que alguma coisa esteja errada nos setores de marketing e meio ambiente das empresas e duvido da sinceridade delas quando dizem que estão preocupadas com o meio ambiente.

Assumo aqui a minha incompetência por não ter conseguido sensibilizar os diretores de marketing dessas empresas.
Porém, por ser tratar de jovens que usam sapatênis da moda e supostamente deveriam ter a mente aberta, não esperava tanta frieza, desinteresse e desconhecimento sobre o tema sustentabilidade.  

PS: Sabesp, por favor, tape seus buracos. Reais e conceituais.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eric Gales retorna ao Brasil para uma série de shows em agosto

A banda vem com as feras que sempre acompanham o guitarrista de Memphis em todas as suas turnês pelo país: Ugo Perrotta (baixo), Alexandre Papel Loureiro (bateria) e Fred Sunwalk (guitarra)

Eric Gales no Teatro Coliseu de Santos 2006  
Clique na foto para ampliar

Eric Gales, um dos grandes guitarristas do blues/rock norte americano retorna ao Brasil em Agosto para uma série de shows. A última vez que Gales esteve no Brasil foi em 2006.
Os shows acontecem no Teatro Rival (RJ), dia 21 de agosto; Sesc Barra Mansa (RJ), dia 22; Bolshoi Pub, Goiânia (GO), dia 23; Fest Bossa & Jazz, Praia da Pipa, dia 24, e workshop no auditório do Sesc Natal, dia 25, (ambos em RN) e dia 28, encerrando a turnê, no Gillan’s Inn, São Paulo (SP).
Biografia - Gales começou a tocar guitarra aos quatro anos com seu irmão mais velho, Eugene Gales. Aos 11 anos ganhou concursos regionais de blues amador nos EUA, sendo imediatamente comparado a Jimi Hendrix, apesar de ser destro.
Influenciado pelo avô, Dempsey Garrett, conhecido por tocar com músicos como Muddy Waters e Howlin Wolf, passou a tocar com a mão esquerda, com a guitarra invertida e sem mexer na posição das cordas.
Ao lado do irmão Eugene Gales (baixo e vocal) e de Hubert Crawford Jr. (bateria), lançou em 21 de maio de 1991 o primeiro disco da chamada Eric Gales Band, com o hit Sign of the Storm ganhando as rádios e a MTV.
Nesta época também venceu a categoria “novos talentos” uma votação dos leitores da Guitar World Magazine, enquanto a Spin Magazine aclamava sua música apontando seus fãs ilustres, Carlos Santana, Mick Jagger, Keith Richards, B. B. King e Eric Clapton.
Com 12 álbuns no currículo, Eric Gales já esteve duas vezes no Brasil, em 2003 e 2006 quando lançou o disco  Crystal Vision.  Headliner da Experience Hendrix Tour 2014 organizado por Janie Hendrix, irmã do gênio de Seattle, Gales foi eleito em 2010 o melhor guitarrista de Blues dos EUA, e em recente post de 2014, o guitarrista e digitador Joe Bonamassa escreveu em seu Twiter: ”Eric Gales é um dos maiores guitarristas do mundo, senão o maior de todos“

Duelo entre Eric Gales e Mauro Hector no show produzido por mim no Teatro Coliseu de Santos - 2006

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

New Orleans itinerante - Bourbon Street Fest 2014

A 12° edição do Bourbon Street Fest acontece entre os dias 16 a 24 de Agosto na famosa casa de shows e no Parque Ibirapuera. Dia 17 de agosto o festival migra para o Rio de Janeiro e dia 22 para Brasília


O festival é uma celebração à música, à cultura e à culinária da Louisiana, trazendo ao Brasil o alto astral e a descontração de New Orleans. O Bourbon Street Music Club receberá de dois a três shows por noite ao longo da semana, de 19 a 23, além de oferecer um cardápio com novas opções da gastronomia da Louisiana durante o período do festival.
Como já se tornou tradição, o menu será inspirado na gastronomia cajun e créole, com pratos levemente condimentados, resultado da combinação das culturas francesa, espanhola, africana e indígena, que formaram o grande caldeirão cultural da Louisiana. E para o período do festival deste ano, algumas versões dos mais tradicionais pratos de New Orleans, dentre eles o Jambalaya, serão apresentados em releituras assinadas pelo chef Luís Fernando Sanguini.
A abertura e o encerramento com shows gratuitos acontecem no Parque do Ibirapuera. Demais shows acontecem na casa da Rua dos Chanés, que completa 20 anos.
Neste ano, o line up do festival que traz ao Brasil a diversidade musical de New Orleans, tem como nome principal Allen Toussaint, pianista, compositor e produtor, que compôs para os maiores nomes do R&B e do rock, o que fez dele uma lenda de New Orleans.
Também fazem parte do cast figuras locais, entre eles, o guitarrista blueseiro Walter “Wolfman” Washington e Rockin' Dopsie, Jr. & The Zydeco Twisters, que mantem a tradição do Zydeco com o acordeom e washboard.
O Bourbon Street Fest recebe ainda uma das verdadeiras lendas do jazz, Germaine Bazzle e a 504 Experience, e também o jazz moderno do trombonista Glen David Andrews;  a cantora e guitarista Mia Borders, uma das mais talentosas surpresas da nova geração e a brass band Brass-A-Holics. 
Nos shows gratuitos ao ar livre quem dá as boas vindas é a Orleans Street Jazz Band, um autêntica Street Band circula entre a plateia e aquece o publico antes das atrações principais. Na casa, durante a semana o Bourbon Street Jazz Quartet abre as noites de sexta e sábado e o Dj Crizz, há 5 anos como residente, mantem o clima nos intervalos dos shows.

Serviço

Local: Bourbon Street | Rua Dos Chanés, 127 – Moema – SP
Bilheteria Bourbon Street: Rua dos Chanés 194 – de 2ªf.a 6ª.f das 9h às 20h, sábado e feriado das 14h às 20h
Fone para reserva: (11) 5095-6100 (Seg. a sexta) das 10h às 18h
Ingresso rápido - 11 4003 1212 - www.ingressorapido.com.br
Censura: 18 anos e 16 anosacompanhado de responsável
Capacidade: 400 pessoas
Estacionamento/ Valet: R$ 20,00
Aceitatodososcartões de débito e crédito.
Acesso para deficientes.
Arcondicionado.
Homepage:http://www.bourbonstreet.com.br/

Programação

16 / 08 – domingo - abertura - Parque do Ibirapuera – GRÁTIS
Local : Parque do Ibirapuera - Portão 10 – Av. Pedro Álvares Cabral s/n – Arena de Eventos, próximo Museu Afro Brasil
 
15:30 – Orleans Street Jazz Band
16:00 – Germaine Bazzle& 504 Experience
17:30 – Allen Toussaint
19:00 – Brass-A-Holics

19 a 23 / 08 – shows no Bourbon Street Music Club

19/08 – terça-feira
21h00 - Allen Toussaint
22h30 – Brass-A-Holics
DJ Crizz – nos intervalos

20/08 – quarta-feira
21h00 – Mia Borders
22h30 – Walter “ Wolfman” Washington& The Roadmasters
DJ Crizz – nos intervalos

21/08 – quinta-feira
21h30 – Glen David Andrews
23h00 - Rockin' Dopsie, Jr. & The Zydeco Twisters
DJ Crizz – nosintervalos

22/08 – sexta-feira
21h30 - Bourbon Street Jazz Quartet
22h30 – Mia Borders
00h00 – Brass-A-Holics
DJ Crizz – nos intervalos

23/08 – sábado
21h30 - Bourbon Street Jazz Quartet
22h30 - Germaine Bazzle e a 504 Experience
00h00 - Rockin' Dopsie, Jr. & The Zydeco Twisters
DJ Crizz – nos intervalos
 
24 / 08 – domingo– Encerramento - Parque do Ibirapuera – GRÁTIS
16:00 – Walter “Wolfman” Washington & The Roadmasters
17:30 – Glen David Andrews
19:00 – Rockin´Dopsie Jr. & The Zydeco Twisters

Clique na foto para abrir

Artistas
 
Allen Toussaint – o pianista, compositor, arranjador e produtor de sucessos dos Rolling Stones, The Who, Paul McCartney, Eric Clapton, Elvis Costello, Paul Simon, Etta James e John Mayall, vem ao Brasil pela primeira vez.    
Um dos mais célebres músicos de New Orleans, Allen Toussaint é reverenciado pela nata musical de New Orleans, Estados Unidos e Europa.
Produtor, compositor, arranjador e pianista, Toussaint nasceu em 14 de janeiro de 1938, em Nova Orleans, e começou a aprender piano aos sete anos de idade.
Fortemente influenciado por Fats Domino, Huey "Piano" Smith e Ray Charles, ainda adolescente tocou em uma banda chamada The Flamingoes com o bluesman Snooks Eaglin. A lista daqueles que se beneficiaram de um jeito ou de outro de seu toque é infindável e vem de 1950 até os dias de hoje. Seu trabalho por trás de grandes nomes da música norte-americana foi suficiente para fazer dele uma lenda do R&B de Nova Orleans.
Como compositor, Toussaint provou ser um hitmaker consistente, comparável ao compositor maior da Motown, Smokey Robinson, tendo escrito algumas das pérolas que se tornaram clássicos do R&B, e que foram cantadas por inúmeros artistas que trabalham com estilos diferentes como o rock e o blues, principalmente a partir dos anos 1970. Mesmo com participações em diversos álbuns onde se destacou por sua voz descontraída e um trabalho de piano elegante, nem sempre foi a figura mais visível. 
As contribuições de Toussaint para a música de Nova Orleans - e para o rock & roll em geral - foram de tal forma importantes, que ele foi indicado para o Hall of Fame do Rock and Roll em 1998.
Em 1958, Toussaint gravou um álbum instrumental para RCA chamado “The Wild Sound of New Orleans”, sob o pseudônimo Tousant, e uma das composições do disco, "Java", tornou-se um grande hit. Na época, ele também começou a escrever sob o pseudônimo Naomi Neville.
Em 1971 lança seu primeiro álbum solo em mais de uma década, chamando-o simplesmente de “Toussaint”, e no ano seguinte apresentou no mercado “Life, Love and Faith”. Durante a primeira metade dos anos 1970, trabalhou com nomes como Paul McCartney, The Band, Little Feat e Albert King, e produziu alguns dos mais importantes álbuns de Funk de Nova Orleans: Dr. John, "Right Place”, e o número um do disco-funk de Patti LaBelle, "Lady Marmalade".
Em 1975, Toussaint lançou o que muitos consideram como seu melhor álbum solo, “Southern Nights”, cuja faixa título se tornou um enorme sucesso através do pop star Glen Campbell. No ano seguinte, produziu o grupo The Meters, cuja estréia foi aclamada como um clássico do funk. Ao longo dos anos, produziu ótimos discos e canções memoráveis que alcançaram grandes destaques nos chats americanos e em todo o mundo.
Nos últimos 15 anos, seu trabalho experimentou um crescimento ainda maior de reconhecimento. Desde 96, gravou vários álbuns e colaborou nos trabalhos de nomes como Elvis Costelo e Eric Clapton. E, recentemente, o presidente Obama o condecorou com a Medalha nacional das Artes em cerimônia na Casa Branca.
Sua banda vem com Allen Toussaint (piano e voz), Clarence “Reginald” Toussaint (percussão), Herman LeBeaux Jr (bacteria), Roland Guerin (baixo), Renard Poche (guitarra) e Gary Brown (sax).


Brass-A-Holics - Onde mais você pode ouvir Chuck Brown, Miles Davis, Nirvana, John Coltrane, Wham, Cyndi Lauper, Kanye West e Louis Armstrong, tudo em um set?
Revelação e grande sucesso do último Festival de New Orleans, um show do Brass-A-Holics é uma experiência singular que ganha vida e excitação diante dos olhos e ouvidos das plateias.
Com o Brass-A-Holics.
Foi em 2010 que o The Brass-A-Holics Band e o The Go-Go Brass Funk  juntaram as forças para honrar as tradições da blackmusic, em mais uma excelente combinação de cultura e música da grande cidade de Nova Orleans, Louisiana. A união dos dois grupos criou um núcleo composto por trombone, trompete, saxofone e sousaphone, mas também adiciona um conjunto completo de bateria, percussão, teclado e uma guitarra elétrica.
Com Winston Turner (trombone), Tannon Williams (trumpete), Robin Clabby (sax), Keiko Komaki (teclados), Matt Clark (guitarra), Dwayne Muhammad (percussão), Reggie Nicholas (bateria), DJ Raymond (baixo) e Herbert McCarver (tuba).

Germaine Bazzle & 504 Experience - Uma verdadeira diva do jazz, Germaine Bazzle é mais um grande talento nascido no celeiro musical de Nova Orleans. 
Sua opção de dedicar-se mais ao ensino de canto do que aos palcos e estúdios explica porque ela não se tornou mundialmente famosa.
Seu grande alcance vocal e a maestria no controle da dinâmica tornaram seus scats lendários, influenciada por grandes nomes como Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald e Billy Eckstine, assumiu um repertório de jazz clássico e canções populares americanas.
Ela já gravou com Wynton Marsalis e Dianne Reeves, e é atração esperada e aplaudida todos os anos no New Orleans Jazz Fest, o maior evento do gênero no mundo.
Com GermaineBazzle (voz), Mitch Player (baixo), Ocie Davis (bacteria), Larry Sieberth (piano) e Christian Winther (sax).

Glen David Andrews – Seu projeto, “Redemption”, de 2014, relaciona sua própria vida a de sua cidade, recuperada após uma grande tragédia. O músico que renasceu do abuso de drogas e de álcool, assim como Nova Orleans ressurgiu das cinzas deixadas pelo furacão Katrina.
Andrews vem de uma família de músicos e nasceu no que muitos consideram ser a mais antiga comunidade negra nos Estados Unidos, Treme, onde a luta pela sobrevivência é diária. Junto com seu primo mais novo, Troy "Trombone” Shorty, absorveu lições musicais da vida, aprendendo a história da tradição de uma banda de metais, a partir de figuras icônicas como Tuba Fats. Ele também aprendeu o poder da cultura do carnaval da cidade, o Mardi Gras.
Com Glen David Andrews (trombone e voz), Ron Williams (baixo e direção musical), Josh Starkman (guitarra), James Martin (saxophone), Glenn Hall (trumpete) e Walter Harris (bacteria).

Mia Borders - Com sua voz infinitamente doce e composições com molduras emocionais, Mia Borders encarna o espírito de sua cidade, New Orleans.
Depois de entrar na cena musical em 2005, com “Good Things”, Borders lançou vários álbuns e se apresentou por todo  EUA.
Seu mais recente trabalho, Quarter - Life Crisis (2013), desenvolvido por Warren Riker e produzido por Anders Osborne, mostra o lado ousado da artista, com uma coleção de canções mais pessoais e intimistas. Um registro de boa música e de grande intensidade.
Com Mia Borders (voz e guitarra), Jesse Morrow (baixo), Robert Lee (bacteria), Takeshi Shimmura (guitar).

Rockin ' Dopsie Jr. & The ZydecoTwisters - Desde a morte de Alton Rubin, em 26 de agosto de 1993, a família Dopsie prometeu manter sua memória viva através da banda Rockin ' Dopsie Jr. & The ZydecoTwisters, liderada por seus filhos Dopsie Jr. (acordeonista, vocalista e tocador de washboard) e Alton Jr (bateria).
Ao fazê-lo, a banda tornou-se um fenômeno que rendeu notoriedade internacional, apresentando um Zydeco (estilo de música folk norte-americana derivado da população francesa da Louisiana) com a convicção e a autenticidade de sua rica herança.
Um aspecto que diferencia a Rockin ' Dopsie, Jr. & The ZydecoTwisters, é que nenhuma outra banda de Zydeco foi liderada por um músico que também toca com primazia washboard.
A performance do grupo no último New Orleans Jazz and Heritage Festival, em 2014, honrou a memória de Rockin ' Dopsie, e os músicos esperam reedita-la no Bourbon Street Fest desse ano.
Com Rockin' Dopsie Jr (voz e washboard/percussão), Michael Rubin (acordeon), Alton Rubin Jr (batería), James Charles Hudson (trumpete), Milton Lewis (sax), Shelton Sonnier (guitarra), Keith Vinet (teclado) e Alonzo Johnson Jr (baixo).
 
Walter “Wolfman” Washington - Tornou-se uma lenda local nos clubes de blackmusic de Nova Orleans nos anos 70/80, e lançou uma série de álbuns que foram bem sucedidos. Guitarrista inovador e cantor de primeira, transita com fluência pelo R&B, soul, funk, jazz, e blues.
Trabalhou com grandes ícones, como o vocalista Johnny Adams, e hoje é um dos mais representativos músicos da música negra norte-americana.
Nasceu e cresceu em Nova Orleans, onde começou a cantar no coro de igreja ainda criança. Com o passar dos anos, apaixonou-se pelo Blues e R&B e aprendeu a tocar guitarra. No início dos anos 1960, Washington se tornou membro da banda de Lee Dorsey e depois trabalhou coma cantora Irma Thomas.
Com Walter “Wolfman” Washington (guitarra e voz), Jimmy Carpenter (sax e voz), Antonio Gambrell (trumpete e voz), Wayne Maureau (bateria) e Jack Cruz (baixo e voz).