quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Stanley Jordan - 29/11/2006 - Teatro Coliseu de Santos

Onze dias após o show do John Pizzarelli aprontamos mais uma, o show do guitarrista Stanley Jordan no Teatro Coliseu marcou a primeira vinda dele a Santos.
Herói da minha adolescência, desde o lançamento do Magic Touch, em 1985, recebê-lo por aqui era a realização de um sonho. Depois de muita negociação, pechinchando mesmo, consegui enfiar esse show em Santos como parte da turnê brasileira.
Stanley veio acompanhado pelo baterista do Azimuth, Ivan "Mamão" Conti, e pelo baixista Dudu Lima. Na produção Stênio Mattos e Big Joe Manfra. Um dia antes do show fizemos uma visita a ala de oncologia da Santa Casa de Santos, onde Jordan tocou e falou com as mães e crianças.
Curiosidades: 
Ele é vegetariano e minha mãe fez uma sopa de legumes em quantidade generosa, bem temperada, em um caldeirão enorme que ele comeu como se não existisse amanhã.
Uma ano depois, 29/11/2007 fizemos um bate papo com Zuza Homem de Mello em parceria com a Livraria Realejo, lançamento do livro Música nas veias: Memórias e Ensaios.
Em 29/11/1986 assisti um show da Siouxsie and the Banshees no Caiçara Clube em Santos.
Em 29/11/2011 meu pai morreu.
E hoje, 29/11/2018 vou assistir ao show da JJ Thames e encontrar o amigo Igor Prado em sampa.
Fotos: Leandro Amaral.









   

domingo, 25 de novembro de 2018

Super fim de ano no Bourbon Street

O Bourbon Street Music Club, uma das casas de shows mais legais do Brasil, preparou um fim de ano brilhante para os amantes da boa música (leia-se, aquela que a gente gosta)



O mês começa nos dias 04 e 05 com a banda Playing For Change, formada por músicos de rua de todo o mundo. A banda já esteve no Brasil várias vezes lotando os lugares por onde passou. 
No dia 09 João Sabiá faz seu primeiro show na casa e convida Pedro Mariano. 
No dia 11 a cantora Marley Munroe e o músico Adam Lasher se apresentam no lançamento do mais novo EP de Marley, gravado em Los Angeles. O cantor e guitarrista Adam Lasher é sobrinho de Carlos Santana. Na direção musical, Álvaro Kapaz, guitarrista brasileiro formado na Berklee College of Music.
Na quinta-feira, dia 13, Ed Motta, apresenta seu novo show no aniversário de 25 anos da casa.
Como em todos os anos, o Bourbon Fest traz boas atrações internacionais. Em 2018 o Nu Beginnings abre o festival na casa no dia 14. No dia 15 é a vez do saxofonista de New Orleans, Gary Brown, dar o ar da graça. E no encerramento do festival, dia 16, Gary Brown e Nu Beginnings se apresentam gratuitamente na Rua dos Chanés.
O blues brasileiro tem espaço em duas datas. Dias 18 e 27 com os shows de Nuno Mindelis e Paulo Meyer, respectivamente.
Uma das melhores bandas que interpretam as musicas geniais de Frank Zappa, a The Central Scrutinizer Band, toca na casa no dia 19.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

John Pizzarelli 18/11/2006 - Teatro Coliseu de Santos

John Pizzarelli - Novembro de 2006 foi um mês prolífico. Produzi dois grandes shows internacionais no Teatro Coliseu, em Santos. No dia 18, John Pizzarelli e Banda; dia 29, Stanley Jordan e Banda. Era a primeira vez de ambos em Santos. A casa encheu. O teatro, recém "reinaugurado" após anos de reforma, ainda estava sem estrutura adequada, leia-se falta de portas corta fogo, extintores de incêndio e com instalações elétricas pipocando aqui e ali. A empresa que prestava serviço com o som era a pior possível. O que faltava em competência, sobrava em má vontade. Após um stress violento com o cara, que ainda anda por aí fazendo estrago na noite santista, Santos viu e ouviu um de seus grandes shows. John Pizzarelli (guitarra), Martin Pizzarelli (baixo), Larry Fuller (piano) e Tony Tedesco (bateria), montaram o set juntinho de jazz e quebraram a banca. Nos dias antes da gig acompanhei a banda no Programa do Jô e em uma visita ao Santos Futebol Clube. Stanley Jordan é o assunto da próxima postagem. As foto são do meu brother Leandro Amaral.

 



 



        

O Blues contemporâneo de Guy King aporta no Bourbon Street Music Club nesta terça-feira, 13 de novembro.


Indicado ao Blues Music Award em 2017, o cantor e guitarrista Guy King traz uma sonoridade e moderna ao Blues enquanto mantém forte vínculo com os mestres que vieram antes dele. Suas habilidades musicais naturais e sua mistura única de blues, jazz, Soul e R&B são alguns dos elementos que tornam King tão especial no mundo da música.
Nascido e criado em uma pequena cidade rural em Israel, King chegou pela primeira vez aos EUA, em turnê, aos 16 anos de idade. Após cinco anos voltou aos Estados Unidos e depois de uma curta estadia em Memphis e Nova Orleans, seguiu para o norte em busca de novas perspectivas para sua carreira musical. A cidade escolhida foi a velha Chicago.
Rapidamente ganhou reconhecimento na windy city e se juntou à banda de Willie Kent, atuando como seu guitarrista e líder por um período de seis anos, até o falecimento de Kent, em 2006. King partiu para a carreira solo, tocando nos principais espaços da cidade.
Com uma média de duzentos shows por ano, Guy teve a honra de abrir os shows de BB King, Buddy Guy e tocar no Japão, França, Bélgica, Suíça, Inglaterra, Itália, México, Argentina, Chile e Brasil.
Em 2009 lançou seu primeiro álbum solo "Livin 'It", bem recebido pelo público e pela mídia, e que abriu as portas para os próximos dois álbuns I Am Who I Am And It Is What It Is e By Myself.
Em 2015, Guy assinou com a 'Delmark Records' de Chicago para gravar o álbum 'Truth' produzido por Richard Shurman e que foi lançado em fevereiro de 2016. 'Truth' alcançou a posição nº1 na lista da "Roots Contemporary Blues Chart", e 5º na "Living Blues Chart".
Participou de festivais como: Montreal Jazz Festival, Chicago Blues Festival, King Biscuit Festival (Helena, Arkansas), Blues na Fox, The Paramount Theatre, Polanco Blues Festival (Cidade do México, México), Mississippi Delta Festival (Caxias Do Sul, Brasil), Basel Blues Festival (Suíça) e muitos mais.

Serviço:
Show: Guy King
Data : 13/11/2018 – terça-feira
Horário: 21h30h
Local: Bourbon Street - Rua Dos Chanés, 127 – Moema – SP
Bilheteria Bourbon Street: Rua dos Chanés 194 – de 2ªf.a 6ª.f das 10h às 20h, sábado e feriado das 14h às 20h
Fone para reserva: (11) 5095-6100 (Seg. a sexta) das 10h às 18h
Abertura da casa: 20h
Couvert Artístico: R$60,00 (1º lote)
Venda também pela Ingresso rápido - 11 4003 1212 - www.ingressorapido.com.br
Classificação indicativa : 18 anos e 16 anos acompanhado de responsável
Estacionamento/ Valet: R$ 28,00

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Quero muito

Quero Lou
Quero Iggy
Quero Bowie
Quero Pistols
Quero Clash
Quero Bauhaus
Quero Joy Division
Quero Smiths
Quero Ramones
Quero Blondie
Quero Television
Quero Husker Du
Quero 45 Grave
Quero New Model
Quero Harry
Quero que o Bolsonaro vá tomar no cú
Quero muito

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Ama a zona, vai Tereza

Brasil
Amazônia
Ama a zona

Brasil
Avareza
Vai Tereza


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Eric Gales 28/07/2006 - Teatro Coliseu de Santos

Salveeeee, blues e jazzmaníacos!!
Criei mais essa coluna para divulgar a cena blues, jazz e MPB no Brasil.
São muitos shows e não quero que esses registros se percam.
O objetivo é resgatar algumas fotos de shows bacanas e backstage que registrei na longa e infindável estrada.
A maioria é minha mesmo, mas também vou usar fotos de amigos fotógrafos, devidamente creditadas.
O critérios são: que tenham sidos autorizadas pelos fotógrafos; que eu tenha assistido o show, claro.
Senão qualquer foto vale, não é verdade?

Eric Gales – A ideia era trazer Otis Rush e Charlie Musselwhite, pois fiquei sabendo que ambos viriam ao Brasil em 2006. Peguei o telefone e liguei para o Herbert, diretor artístico do Bourbon Street Music Club e disse que queria fazer os shows em Santos. Definimos que o nome desse projeto seria Jazz, Bossa & Blues. Por algum motivo obscuro, os shows não aconteceram.
Em 28 de julho de 2006 conseguimos fazer o show do guitarrista de Memphis, Eric Gales, com abertura do Mauro Hector Trio (com Glécio Nascimento no Baixo e não me recordo quem foi o baterista).
A banda de Gales tinha Fred Sunwalk (guitarra), Ugo Perrota (baixo) e Alexandre Papel (bateria).
Foi o primeiro show da nova fase do recém e mal reformado Teatro Coliseu de Santos. No final, sugeri a ambos, Red House, versão Jimi Hendrix. Assim foi.
Fotos: Leandro Amaral.



sábado, 3 de novembro de 2018

Com apenas 49 anos, morre Roy Hargrove


Morreu ontem precocemente, aos 49 anos, de ataque cardíaco, um dos grandes trompetistas de jazz da atualidade, Roy Hargrove. 
O texano foi descoberto por Wynton Marsalis quando este visitou a Escola Secundária Booker T. Washington para o Performing and Visual Arts em Dallas. Hargrove dizia que uma de suas principais influências foi o saxofonista David "Fathead" Newman, conhecido por ser sideman Ray Charles por muitos anos. 
Roy Anthony Hargrove ganhou notoriedade mundial depois de ganhar dois prêmios Grammy: em 1998 com o álbum Habana com Crisol, a banda afro-cubana fundada por ele. E em 2002 com o excelente Directions in Music: Live no Massey Hall com os co-líderes Herbie Hancock e Michael Brecker, este, lançado no Brasil. Uma aula de jazz moderno que não pode faltar em nenhuma coleção de discos séria. 
Seu grupo, o The RH Factor, combinava elementos de jazz, funk, hip-hop, soul e música gospel. Seus membros incluíram Chalmers "Spanky" Alford, Pino Palladino, James Poyser, Jonathan Batiste e Bernard Wright. 
Sua primeira gravação foi com o saxofonista Bobby Watson. Entre 1988 e 90 edtudou na Berklee College of Music, em Boston e em 1990 lançou seu primeiro álbum solo, Diamond in the Rough, no selo Novus / RCA. Ele foi contratado pela Lincoln Center Jazz Orchestra e escreveu The Love Suite: Em Mogno, que estreou em 1993.
Em 1994 foi contratado pela Verve, vindo a gravar com Joe Henderson, Stanley Turrentine, Johnny Griffin, Joshua Redman e Branford Marsalis. 
E ao longo da carreira gravou com feras dentro e fora do jazz como Sonny Rollins,Jimmy Cobb, Shirley Horn, Erykah Badu, Common, Roy Hynes, D’Angelo, Ray Brown, Christian McBride, Danny Gatton, Joshua Redman e muitos outros.




Matthew Shipp Ao Vivo é o mais novo CD da série Jazz na Fábrica

São onze temas viajantes em show registrado no Sesc Pompéia em agosto de 2016
  

O lançamento de um disco de jazz em tempos de streaming sempre deve ser comemorado. Mais ainda quando a ousadia parte do Selo Sesc, incentivador e porto seguro da música instrumental brasileira e estrangeira.
Mas calma jovens, o disco também estará disponível nas novas plataformas. Só que  nós, os coroas, gostamos mesmo é do físico, e a embalagem, em formato digipack, vem com livreto recheado de informações, ficha técnica e fotos. As capinhas vermelhas são bem bacanas e ajudam a achar os disquinhos na prateleira. 
O caso em questão é o CD do pianista norte-americano Matthew Shipp, registrado na sua única apresentação na edição de 2016 do Festival Jazz Na Fábrica, no charmoso Sesc Pompéia.
Trata-se do quarto lançamento da série de discos gravados ao vivo que começou com Roscoe Mitchell (2013), passando por Anthony Braxton Quartet (2014) e Willian Parker Quartet (2015).
O ao vivo de Matthew Shipp reúne 11 faixas, com standards do jazz como Angel Eyes, On Green Dolphin Street e Summertime, e composições próprias deste expressivo pianista norte-americano. Pouco menos de uma hora de música em que Shipp evoca ritmos e precisão técnica, contemplando um universo amplo de escolas jazzísticas, do free-jazz à música de câmara.
Matthew Shipp nasceu em 7 de dezembro de 1960 em Wilmington, Delaware. Começou a estudar piano aos cinco anos de idade e aos doze se apaixonou pelo jazz.
Mudou-se para Nova York em 1984 e logo se tornou um dos principais nomes da cena jazzística da cidade como sideman do quarteto de David S. Ware e também do Note Factory, de Roscoe Mitchell, antes de tomar a decisão de se concentrar em sua própria música. Nos anos 2000, Shipp foi curador e diretor do selo "Blue Series", da Thirsty Ear, onde também participou de gravações.
Matthew Shipp é daqueles artistas que trabalham o jazz não apenas como um gênero ou repertório fixo, mas um campo de exploração sonora, o que o faz ser considerado uma das principais referências do piano jazzístico nos dias atuais.
Pupilo de Dennis Sandole, instrutor de saxofone de John Coltrane, e aluno de Joe Maneri, Shipp tem como parceiros grandes nomes da música instrumental contemporânea, como o contrabaixista William Parker e o saxofonista Roscoe Mitchell.
Desde 1988, quando debutou com o álbum Sonic Explorations, Matthew Shipp soma mais de 50 álbuns como bandleader e co-leader em formações diversas (solo, duo, trio, quarteto), sem contar seus 19 discos com o brasileiro Ivo Perelman e outros 19 no quarteto com andado por David S. Ware.
Jazz na Fábrica – O festival transformou o Sesc Pompeia em um espaço de encontro do público com sonoridades cheias de inventividade e improviso musical.
Em todas as suas edições, o festival teve como marca a presença de diferentes vertentes do jazz, buscando no cenário internacional diversos artistas conhecidos por explorar novas possibilidades musicais, sem se deixar esquecer dos grandes nomes que, de uma forma ou outra, participaram da transformação estética do jazz.
A partir de 2018, o festival ganhou uma nova roupagem e amplitude em seu alcance estendendo-se as unidades do interior de São Paulo.


Ao Vivo Jazz na Fábrica, Matthew Shipp
1. Symbol Sistems (Matthew Shipp) 09:39 
2. Angel Eyes (Earl Brent e Matt Dennis) 05:55 
3. Whole Movement (Matthew Shipp) 07:40 
4. On Green Dolphin Street (Bronislaw Kaper e Ned Washington) 06:34 
5. Invisible Night (Matthew Shipp) 07:02   
6. There Will Never Be Another You (Harry Warren e Mack Gordon) 06:32 
7. Blue In Orion (Matthew Shipp) 12:36 
8. Yesterdays (Kern Jerome e Otto Harbach) 03:30 
9. Patmos (Matthew Shipp) 02:13 
10. Gamma Ray (Matthew Shipp) 02:13 
11. Summertime (George Gershwin, Dorothy Heyward, Du Bose Heyward e Ira Gershwin) 02:27


Selo Sesc - Registra o que de melhor é produzido na área cultural. Constrói um acervo artístico pontuado por obras de variados estilos, da música ao teatro e cinema. Em 2018 lançou dezenas de discos, entre eles “Debut” de Paulo Martelli, “A Paixão Segundo Catulo”, dirigido por Mário Sève, “Mar Virtual” de Eugénia Melo e Castro, “Viola Paulista”, dirigido por Ivan Vilela, “Tradição Improvisada”, de Nelson da Rabeca e Thomas Rohrer. Além do Box de DVDs Movimento Violão e os lançamentos exclusivos para o digital: “Basa Black Bossa” de Alexandre Basa e a série “Sessões Selo Sesc”, com gravações de shows ocorridos nas unidades do Sesc: #1: Orquestra Mundana Refugi, #2: Siba e a Fuloresta, #3: Metá Metá. 
Em 2017, o Selo Sesc colocou na praça os CDs “Aluê” (Airto Moreira), “A poesia de Aldir Blanc” (Maria João), “Avenida Atlântica” (Guinga e Quarteto Carlos Gomes), “AM60 AM40 (Antonio Meneses e André Mehmari), “No Mundo dos Sons” (Hermeto Pascoal & Grupo), “Carlos Gomes, Alexandre Levy e Glauco Velásquez”(Quarteto Carlos Gomes), “Fruta Gogoia: Uma Homenagem a Gal Costa” (Renato Braz e Jussara Silveira), “Guarnieri Nepomuceno” (Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e Cristina Ortiz), “Box Villa-Lobos” (Quartetos Bessler-Reis e Amazônia), “Com Alma” (Banda Mantiqueira), “Festival Música Nova” (Ensemble Música Nova), “Saudade Maravilhosa” (Mario Adnet),  e o DVD “Alcance dos Sentidos” (Ivaldo Bertazzo).

Os lançamentos do Selo Sesc Podem ser encontrados em https://www.sescsp.org.br/online/selo-sesc/