segunda-feira, 12 de março de 2012

Ecad quer cobrar de quem compartilha vídeos na internet


Eugênio Martins Júnior

Volto a dar espaço para a sempre polêmica cobrança do ECAD em atividades que envolvem música. Dessa vez o órgão de arrecadação quer cobrar pelo uso e difusão de vídeos postados no Youtube. Os sites e blogs serão os mais afetados.
Como produtor musical, sempre respeitei a cobrança das taxas cobradas pelo ECAD por acreditar que uma composição é propriedade intelectual de seu autor e uma de suas fontes de renda. Mesmo não concordando com alguns cálculos ou algumas metodologias aplicadas, sempre paguei os boletos que me foram enviados.
Por outro lado, convivo com artistas diariamente e sei que eles raramente ou nunca recebem os recursos advindos dessa arrecadação. Tanto as regras de arrecadação, quanto a distribuição não são claras e os critérios não favorecem quem realmente trabalha, no caso, os artistas e os produtores.
Como já disse antes nesse mesmo espaço, não dá mais para conviver com essas taxas abusivas e que encarecem os espetáculos. Assim como a emissão indiscriminada da carteirinha de estudante, o ECAD é contra a cultura.
Só mesmo as pessoas que não trabalham na área cultural e os oportunistas é que defendem tais práticas. Aos primeiros, o benefício da ignorância. Aos outros, o repúdio.
É bom entender que tais cobranças são repassadas ao consumidor de cultura que sempre acaba pagando a conta. Não é justo.
Veja também: http://mannishblog.blogspot.com/2011/03/discussao-sobre-nova-regulamentacao-de.html


Segue texto publicado pela direção do youtube.

Postado por: Marcel Leonardi, diretor de políticas públicas e relações Governamentais do Google Brasil

Os videos online desenvolveram um novo universo de oportunidades para criadores de conteúdo. Eles possibilitam que artistas, músicos, cineastas, ativistas de direitos humanos, líderes mundiais e pessoas comuns levem seu trabalho para uma audiência global. No YouTube, nos esforçamos para apoiar esse ambiente, onde qualquer um pode se engajar, criar e dividir conteúdo. É por isso que vemos com surpresa e apreensão o recente movimento do ECAD na cobrança direta a usuários da ferramenta de inserção ("embed") do Youtube. Gostaríamos de esclarecer qualquer incerteza sobre algumas questões que aconteceram em alguns sites e blogs que inserem vínculos (embedam) a vídeos do YouTube, promovendo visualizações e ajudando a dividir seus pensamentos e opiniões por meio de vídeos:

1- Google e ECAD têm um acordo assinado, mas ele não permite nem endossa o ECAD a cobrar de terceiros por vídeos inseridos do YouTube. Em nossas negociações com o ECAD, tomamos um enorme cuidado para assegurar que nossos usuários poderiam inserir vídeos em seus sites sem interferência ou intimidação por parte do ECAD. Embora reconheçamos que o ECAD possui um papel importante na eventual cobrança de direitos de entidades comerciais, nosso acordo não permite que o ECAD busque coletar pagamentos de usuários do YouTube.

2- O ECAD não pode cobrar por vídeos do YouTube inseridos em sites de terceiros. Na prática, esses sites não hospedam nem transmitem qualquer conteúdo quando associam um vídeo do YouTube em seu site e, por isso, o ato de inserir vídeos oriundos do YouTube não pode ser tratado como “retransmissão”. Como esses sites não estão executando nenhuma música, o ECAD não pode, dentro da lei, coletar qualquer pagamento sobre eles.

3- O ECAD pode legitimamente coletar pagamentos de entidades que promovem execuções musicais públicas na Internet. Porém, o entendimento do ECAD sobre o conceito de “execução pública na Internet” levanta sérias preocupações. Tratar qualquer disponibilidade ou referência a conteúdos online como uma execução pública é uma interpretação equivocada da Lei Brasileira de Direitos Autorais. Mais alarmante é que essa interpretação pode inibir a criatividade e limitar a inovação, além de ameaçar o valioso princípio da liberdade de expressão na internet.

Nós esperamos que o ECAD pare com essa conduta e retire suas reclamações contra os usuários que inserem vídeos do YouTube em seus sites ou blogs. Desse modo, poderemos continuar a alimentar o ecossistema com essas centenas de produtores de conteúdo online. No YouTube, nós nos comprometemos a levá-los cada vez mais próximos a seu público graças à inovação tecnológica e a características sociais como compartilhamento, discussão e até inserção em outros sites, caso o próprio vídeo permita.

Continuaremos a oferecer a cada autor de conteúdo a opção de decidir se eles querem que seus vídeos tenham a opção de serem inseridos (embedados) ou também disponíveis para dispositivos portáteis ou telas maiores, usando o botão “editar informações” em cada um de seus vídeos. Essas opções também podem ser acessadas pelo http://www.youtube.com/my_videos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Soul brother Curtis Salgado canta no Brasil com a Igor Prado Band em março



Texto: Eugênio Martins Júnior
Fotos: Divulgação/Curtis Salgado

Jake and Elwood são dois caras da pesada. Jake acaba de sair da cana e seu irmão, Elwood, vai buscá-lo em um velho carro de polícia comprado em um leilão. Não demora muito para que ambos estejam novamente envolvidos em muitas confusões.
Perseguidos por ex noivas, neo-nazistas, neo-cowboys, o fisco norte americano e por fim, todos os tiras de Chicago, Jake e Elwood precisam montar sua antiga banda para salvar o antigo orfanato onde passaram a infância.
No meio de tudo isso, muita música. Com o melhor do soul e do blues norte americano: Ray Charles, John Lee Hooker, Aretha Franklin, James Brown, Matt Guitar Murphy, Donald “Duck” Dunn, Steve Crooper, Lou Marini, Cab Calloway e outros tantos. Na trilha sonora, Taj Mahal, Sam e Dave, Henry Mancini.
The Blues Brothers (Os Irmãos Cara de Pau) foi o filme que popularizou o blues em todo o mundo e se tornou um clássico instantâneo da comédia. A saga dos dois irmãos trapalhões fanáticos por blues chegou ao Brasil em 1981.
O que pouca gente sabe é que a convivência entre o ator John Belushi (Jake) e o cantor de soul music Curtis Salgado foi o embrião desse sucesso do cinema. Ambos passaram a andar juntos nos anos 70 após Belushi assistir a uma apresentação de Salgado em sua cidade natal. Tornaram-se os melhores amigos desde criancinha e o cantor introduziu o ator no mundo do blues. Mais uma das histórias geradas pelo blues.
Vencedor de um prêmio Grammy, o cantor enérgico, compositor e gaitista, Curtis Salgado é respeitado por suas performances ao vivo. Não que seus álbuns não mostrem energia, nada disso. Clean Gateway, o mais recente trabalho, traz Curtis em sua melhor forma, após combater e vencer um câncer agressivo no fígado.
Abaixo, entrevista exclusiva com Curtis Salgado, que vem ao Brasil em março para uma série de shows. A iniciativa é do guitarrista Igor Prado e sua banda. Sempre eles. Os shows acontecem em 22/03 - Ribeirão Preto (SP) – Sesc; 23/03 – Brasília; 24/03 - Goiânia - Bolshoi Pub; 27/03 - São Paulo - Sesc Vila Mariana; 28/03 - Bauru (SP) – Sesc; 29/03 - Backstage Club - Santiago-Chile; 30/03 - Backstage Club - Santiago-Chile; 31/03 - Caxias do Sul (RS) - Mississipi Blues Bar


Eugênio Martins Júnior - Tenho uma teoria, mas não sei se é verdadeira: a soul music veio do blues, como todos os outros gêneros musicais nos Estados Unidos. Mas, de alguma forma a soul music acabou influenciando o blues. Um dos melhores exemplos é a abordagem do Robert Cray e até mesmo os últimos trabalhos de Buddy Guy. Você concorda?
Curtis Salgado -
Acho que essa teoria de certa forma é verdadeira. Música gospel, blues, jazz funk, rock and roll, todos vieram da igreja. Desde os primeiros spirituals, passando pelo blues & jazz e ragtime, acabaram se transformando em música gospel por meio dos blues. Em 1930 um homem chamado Thomas Dorsey começou a colocar acordes de blues nos spirituals e basicamente mudou-os para o que hoje conhecemos como música gospel. Isso influenciou e criou o nascimento da soul music. Ray Charles foi considerado um dos criadores da soul music e ele transformou o evengelho em rythmn and Blues. Pessoas como Robert Cray e eu, colocamos muita soul em nossa música. Toda essa mistura acaba se auto-influenciando. Em Miles Davis você tem um trompetista de jazz, mas ele também é um músico de blues muito profundo.

EM - Havia uma época que a soul music era musica de protesto. Havia Curtis Mayfield, Gil Scott Heron e o maior de todos, o cantor e compositor Marvin Gaye. Parece que atualmente essa função ficou com o rap e isso também já está mudando. Não há mais música de protesto nos Estados Unidos com todas essas guerras acontecendo?
CS -
Eu concordo com você com relação ao rap ter tomado a bandeira do protesto. Uma dos meus grupos favoritos é o Rage Against the Machine. Você está certo, as fileiras estão se afinando, no entanto, existem pessoas lá fora escrevendo canções de protesto como Bruce Springsteen. Ele acabou de gravar um álbum de protesto. Ele é o único artista de renome que posso dizer que vende discos para as massas. Minha teoria é que as pessoas não querem mais ouvir isso. Há muito exagero de más notícias na mídia e as pessoas estão um pouco dormentes.

EM - Quais são as suas influências na soul music e porque?
CS -
Tenho um ponto de vista diferente com relação à soul music. Soul music para mim é alguém que canta com a emoção que vem do coração e que faz o ouvinte acreditar. Acho que Hank Willians é um cantor soul. Quando Hank canta "I'm So Lonesome I Could Cry", eu acredito. Quando Luciano Pavarotti canta uma canção chamada Uma Frativa La Grima, uma ária, eu acredito que ele está sofrendo. Eu não falo italiano, mas sei que há soul ali. Vejo blues também. Se a audiência acredita que aquilo vem do coração, há soul ali. O Igor Prado me mostrou um cantor chamado Tim Maia. Um cantor de soul brasileiro. Ele toca o coração das pessoas. Então, não me importo pelo tipo de música. Se as pessoas são tocadas por ela, é soul music.
Mas vou te dar alguns nomes que são minhas influências. As principais são Sam Cooke, Otis Redding, Ray Charles, O.V. Wright, Al Green, Wilson Pickett, James Carr, Johnny Taylor, Jay Blackfoot, Bill Coday. A lista vai embora. Há um monte de nomes do blues e do soul. 


 Curtis Salgado com Steve Miller na guitarra

EM - Quando você começou a tocar harmônica?
CS -
Tinha quinze anos de idade e minha mãe trouxe para casa o livro Como Tocar Harmônica, de um cara chamado Tony "Little Son" Glover. Meu irmão e minha irmã estavam sempre ouvindo blues e me davam discos de Muddy Waters, Little Walter e Sonny Boy Williamson, o elenco básico do blues.

EM - Você parece daquelas pessoas que coloca mãos à obra. Conte-me sobre o festival que organizou em sua cidade natal, Eugene, e se ele ainda existe. E parece que você também participou da formação da Robert Cray Band?
CS -
Quando eu tinha 20, 22 anos de idade, muitos de meus ídolos no blues viviam na área da baia de São Francisco (Bay Area, San Francisco/Oakland) e Los Angeles. A única forma de aprender como tocar blues além de ouvir os discos, era trazer meus heróis do blues para tocar comigo. Então eu tive a ideia de colocá-los juntos em um festival. Trouxemos Albert Collins, Luther Tucker, Sonny Rhodes, Little Frankie Lee, Jimmy McCracklin, Floyd Dixon e muitos mais. Infelizmente o festival parou em 1980/81.
A banda de Robert Cray foi formada exatamente quando eu o conheci. Robert e sua banda viviam a duas horas e meia ao norte de onde eu morava, em uma cidade chamada Tacoma. Eles se mudaram para Eugene, no Oregon, e eu estava em uma banda chamada Nighthawks, não confunda com os Nighthawks de Washington. Robert Cray, eu e seu baixista, Richard Cousins, nos tornamos amigos rapidamente e eu mudei para o apartamento de Cousins. Então, estava escrito, três ou quatro anos depois eu me juntaria à Robert Cray Band.

EM - Na capa de Clean Gateway você está olhando pela janela como se estivesse olhando para o futuro depois de todos os problemas de saúde pelos quais passou. A capa tem esse significado?
CS -
Sim, essa era a ideia.


EM - E a história com o John Belushi. Você o conheceu e ensinou a ele algumas coisas sobre o blues e alguns meses depois ele estava filmando The Blues Brothers?
CS –
Conheci Belushi quando ele estava filmando a comédia Animal House (O Clube dos Cafajestes). Não o conhecia porque tocava todas as noites de sábado e nunca assistia o Saturday Night Live. Então para mim ele era apenas mais um fã. Por isso nos demos bem. Fiquei sabendo que ele fazia parte do filme e fiquei interessado nele e ele em mim. Nos tornamos amigos e eu o coloquei dentro do blues. Dois anos depois ele começou a filmar The Blues Brothers. 

EM - Dizem que as atuais herdeiras da soul music são Sade, Amy Winehouse, Sharon Jones e Joss Stone. Você concorda?
CS -
Sim, concordo.

EM - E quem são os herdeiros da soul music? Não vale mencionar Curtis Salgado.
 CS - Existem alguns cantores de soul de olhos azuis que me chamaram a atenção. Há um garoto de 22 anos chamado Alan Stone que tem uma alta e bela voz. Soa como Eddie Kendricks dos Temptations e ele escreve seu o próprio material. Outro cara chamado Mark Broussard que canta muito. Ele pode soar como Donny Hathaway ou Otis Redding. Há um amigo meu que ainda não gravou, seu nome é Tim Pike. Ele toca guitarra e canta e tem uma voz impressionante. Há muitos mais.

EM - Você está prestes a fazer uma turnê pela América do Sul, incluindo Brasil e Chile, com uma banda daqui. Como você conheceu os caras e como começou a parceria?
CS -
Tenho um amigo chamado Rick Estrin. Ele me contou sobre o Igor Prado e me disse que a banda toca um rythmn and blues maravilhoso. E outro amigo, o Lynwood Slim, me disse a mesma coisa. Há dois anos mandei um e-mail ao Igor, mas ele não respondeu. Eu estava tocando no House of Blues de Chicago, com o Nick Moss, e Igor Prado estava no clube. De repente Nick o convidou para subir no palco e ele colocou o teto abaixo. Eu perguntei se ele me levaria ao Brasil e ele disse que sim. Então estou muito excitado e honrado que ele conseguiu fazer isso.

EM - Como serão os shows 50% blues e 50% soul music?
CS -
Com a minha banda toco de tudo um pouco do que se encaixa no que chamamos de rythmn and blues. Blues, soul, funk e rock and roll.
 John Lee Hooker em The Blues Brothers

Curtis interview
Eugênio Martins Júnior - I have a theory, but I don’t know it is true: Soul Music came from blues like every musical genre in the United States. But, in your way, Soul Music influenced the blues. Robert Cray is one of best and example and last Buddy Guy albuns too. Do you agree?
Curtis Salgado -
To answer your first question about the theory, I think that your theory is in some ways true.  Gospel music, Blues, Jazz, Old Funk, Rock & Roll all come from the church. Its the early spirituals, and from there into the Blues & Ragtime into Jazz and then spritual music turning into Gospel Music, by way of the Blues. In the 1930's a man by the name of Thomas Dorsey started putting blues chords in spirituals and basically changed spirituals into what we now know as Gospel Music. That influenced and created the birth of Soul Music. Ray Charles was considered one of the creators of Soul Music and he put Gospel changes into Rythm and Blues. To someone like Robert Cray and myself, our Blues Music's got Soul in it, and our Soul Music's got Blues in it. All of its mixed together and they all influence each other. In Miles Davis you have a Jazz trumpet player, playing Jazz but he is a deep Blues player also.

EM – There was a time when soul music was a song of protest. There was Curtis Mayfield, Gil Scott Heron, and the greatest of all, the singer-songwriter Mavin Gaye. It seems that todaythis role was to rap and that is also thinning. There is no more protest music in the United States with all these wars going on?
CS -
I agree with you, and Rap kind of took over the protest stand. One of my favorite groups is Rage Against the Machine. You are right, the ranks are thinning, however there are people out there writing protest songs like Bruce Springstein.  He just finished a protest album. He is about the only big name artist that I can think of that sells records to the masses.  My theory is that people don't want to hear it anymore. There is so much media overkill of bad news, they're numb.

EM - What are your influences in the world of soul music and why?
CS -
I have a different type of view on what I feel is Soul Music. Soul Music to me is anybody who sings with emotion that comes from the heart and the listener truly believes.  I think Hank Williams is a Soul singer.  When Hank sings I'm So Lonesome I Could Cry, I believe it.  When Luciano Pavarotti sings a song called Uma Frativa La Grima, an aria, I believe he is hurting.  I don't speak italian, but I know its got Soul in it.  I hear Blues in it too.  If the audience believes it and it comes from the heart, thats Soul Music.  Igor Prado turned me on to a Brazilian singer named Tim Maia.  That's Brazilian Soul Music.  He's reaching out to people and moving their hearts.  So I don't care what kind of music or song it is,  again if people believe it and are moved by it, that's Soul Music.
I'll give you a few of the names of my influences.  The main ones are Sam Cooke, Otis Redding, Ray Charles, O.V. Wright, Al Green, Wilson Pickett, James Carr, Johnny Taylor, Jay Blackfoot, Bill Coday.  The list goes on and on.  There's a lot of Blues singers out there that are also Soul singers.

EM - When you started to play harmonica?
CS -
I was fifteen years old and my mother brought me home a book on How to Play a Blues Harmonica by a guy named Tony "Little Son" Glover.  My brother and sister were already listening to the Blues and got me the records of Muddy Waters, Little Walter and Sonny Boy Williamson, all the usual cast of Blues characters.

EM – You seem to be those people who put hands to work. Tell me about the festival held in his hometown and if it still exists. And it seems that you participated in the formation of theRobert Cray Band as well.
CS - When I was 20-22 years old, a lot of my Blues heroes lived in the Bay Area ( San Francisco/Oakland) and Los Angeles.  The only way to learn how to play the Blues besides listening to records was to bring my Blues heroes up and play with these guys.  So I got the idea to bring these guys up and we started putting together a Blues Festival We brought up Albert Collins, Luther Tucker, Sonny Rhodes, Little Frankie Lee, Jimmy McCracklin, Floyd Dixon and plenty more.  Sadly, the festival stopped by 1980-81.
The Robert Cray Band was already formed when I met them.  Robert and the band lived two and half hours north of me in a town called Tacoma, Washington.  They moved down to Eugene, Oregon and I was in a band called the NightHawks, not to be confused with the NightHawks from Washington D.C.  Robert Cray and his bass player Richard Cousins and myself became fast friends.  I moved into an apartment with Richard Cousins.  So the writing was on the wall, 3 or 4 years later I ended up joining the Robert Cray Band.

EM – On the cover of Clean Gateway you're looking out the window as if looking to the future after all the problems it has passed. The cover has this meaning.
CS -
Yes, that's the idea we were shooting for.

EM – As the story with John Belushi? You meet and you taught about the blues and months later he was filming The Blues Brothers?
CS -
I met John Belushi during the filming of a comedy movie called Animal House.  When I met him, I did not know who he was  because I worked on Saturday nights playing music so I never saw the  comedy show called Saturday Night Live.  So to me, he was just a fan in the audience.
This is why we got along.  I knew that he was part of the movie and so I was interested in him and he was interested in me.  We became friends and I started turning him on to the Blues.  Two years later he would film the Blues Brothers movie.

EM - We heard today that singers like Sade, Amy Winehouse, Sharon Jones, Joss Stone are the heirs of the soul. Do you agree?
CS -
Yes, I do agree.

EM – And men, who are the heirs of soul music? Not worth talking about Curtis Salgado.
CS -
There is some blue-eyed soul singers out there who knock me out.  A 22 year old kid by the name of Alan Stone has a beautiful, high voice. Sounds like Eddie Kendrick's of the Temptations and writes his own material. Another guy named Mark Broussard sings his ass off. He can sound like Donny Hathaway or Otis Redding. There is a friend of mine that doesn't have any records out by the name of Tim Pike.  He plays guitar and sings, and has a amazing voice. There's plenty more.

EM - You are about to take a tour with a blues band from Brazil. How did you meet these guys and how did this partnership?
CS -
There's a friend of mind and his name is Rick Estrin. He told me about Igor Prado and told me that there is this band that is just plain amazing Rythm and Blues.  And the another friend of mine name Linnwood Slim told me the same thing. So 2 years ago i wrote Igor an email but never received a response. I was playing the House of Blues in the city of Chicago with a guy named Nick Moss when suddenly Igor walks into this club.Nick invited him up on stage to play and he blew the roof down! I asked Igor if he would take me to Brazil. He told me he would get back to me, and I'm so excited and honored that he did.

EM - How are the gigs, 50% blues/50% soul music?
CS -
When I play music with my own band, we play a little bit of everything that's in the name of Rythm and Blues. Blues, Soul, Funk and Rock and Roll.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Site CulturalMente Santista promove encontros para discutir a cultura na região

Eventos celebrarão os três anos do site CineZen e reunirão mais de 30 nomes relevantes da cultura na região, entre artistas, produtores culturais e jornalistas. Os encontros acontecem entre 27 de março e 07 de abril em diversos locais da cidade.


 O que todo mundo envolvido em cultura quer ver: teatro cheio

O site CineZen (www.cinezen.net) completará três anos de existência em 29 de março. Para celebrar a data e a criação de seu “irmão mais novo”, o site CulturalMente Santista (www.santoscultural.net),foi programada uma série de nove encontros, entre 27 de março e 7 de abril, que reunirão mais de trinta nomes relevantes da cultura na Baixada Santista, entre artistas, produtores culturais e jornalistas do setor. Trata-se da primeira edição do CulturalMente Santista, projeto idealizado pelo jornalista AndréAzenha com o objetivo de divulgar e abrir espaço para artistas da Baixada exporem suas opiniões e projetos.
Os bate-papos abordarão os diversos setores culturais, com formadores de opinião e pessoas que atuam de forma preponderante para a disseminação cultural. Os eventos acontecerão em espaços que contribuem para a cultura. Uma característica que tem marcado os eventos promovidos pela CineZen é a solidariedade: seis deles serão beneficentes; os demais, gratuitos. Além dos debates, haverá apresentações de alguns dos artistas, bem como sorteio de brindes, outra característica dos eventos CineZen. Este que vos escreve participa do encontro sobre produção cultural em Santos e região, dia 29 de março. 

Segue programação completa:

27/03 (terça) 20h
- Produção e espaços de cinema em Santos e região
Local: Auditório do Sesc
Debatedores:
- Junior Brassalotti: diretor de produção do Curta Santos, ator
- Nívio Mota: coordenador do Museu da Imagem e do Som de Santos e do Cine Arte
- Silvio Luiz: responsável pela área de audiovisual do Sesc Santos
- Thalita Afonso: produtora do Instituto Querô
Haverá exibição de curta-metragem antes do bate-papo
Mediação: André Azenha
Gratuito
PS: Início da exposição fotográfica de Rafael Ponzio, com fotos distribuídasentre o Almanaque e a Millor Revistaria e Cybercafé.

28/03 (quarta), 20h
- Produção e criação teatral em Santos e região
Local: Café Teatro Rolidei (Av. Sen. Pinheiro Machado, 48, terceiro piso, Teatro Municipal)
Debatedores:
- Claudia Alonso: coordenadora do grupo Orgone, atriz
- Miriam Vieira: atriz, diretora de teatro, em cartaz com a peça “Reclame”
- Marcio de Souza, diretor do teatro Guarany, professor, ator, produtor
Mediação: André Azenha
Gratuito, mas quem quiser pode doar uma camiseta branca em prol da AssociaçãoProjeto TAMTAM
29/03 (quinta), 20h
- Produção cultural em Santos e região
Local: Auditório do Sesc
Debatedores:
- Eugênio Martins Jr.: Dirige uma empresa de produção cultural, criador doprojeto Jazz, Bozza e Blues, jornalista, assina o Mannish Blog
- Luiz Fernando Almeida: Ator, produtor, dirige a Superbacana Produções
- Toninho Campos: diretor do Cine Roxy, realizou os primeiros grandes shows derock nacional em Santos
Gratuito

30/03 (sexta), 20h
- Artes plásticas em Santos e região
Local: Open House Idiomas (Rua Minas Gerais, 85, Boqueirão)
Debatedores:
- Waldemar Lopes: pintor, já expôs em locais como Beneficência Portuguesa,Parque Balneário, entre outros
- Ana Akaui, pintora, da Oficina 44
- Chico Lobo: escultor, da Oficina 44
Mediação: André Azenha
Entrada: Um quilo de alimento não perecível em prol da Casa Vó Benedita

31/03 (sábado), 17h – dois eventos
- Jornalismo e crítica cultural em Santos e região
Local: Livraria Realejo (andar superior, Rua Marechal Deodoro, 2, Gonzaga)
Debatedores:
- Chico Marques: Professor, comentarista musical do Jornal da Orla, assina oblog Alto e Claro
- Gustavo Klein Carlan: jornalista, editor do caderno Galeria, do Jornal ATribuna
- Ricardo Prado: Jornalista, assina o Cineblog da Tribuna e edita oCinecartógrafo
Mediação: Marco Santana: jornalista, editor do Jornal da Orla
Entrada: Um quilo de alimento não perecível em prol da Casa Vó Benedita
OBS: no mesmo dia, a partir das 19h15, na Realejo
- Lançamento da Revista Literária Mirante 76, mais antiga publicação literáriaindependnete do país, editada por Valdir Alvarenga e Sidney Sanctus
Gratuito

03/04 (terça), 19h30
- Design, ilustração e Infografia em Santos eregião
Local: Cineclube Lanterna Mágica (Rua Cesário Mota, 8, quinto andar, Unisanta, Bloco E)
Debatedores:
- Márcia Okida: Coordenadora e idealizadora do Curso deGraduação de Produção Multimídia da Unisanta
- Alexandre Bar: Professor, desenhista
- André Reis: Professor
Mediação: André Azenha
Gratuito

05/04 (quinta), 20h
- Criação literária em Santos e região
Local: Millor Revistaria e Cybercafé (Rua Marechal Deodoro, 7, Gonzaga)
Debatedores:
- Ademir Demarchi: Escritor, editor, criador do selo Sereia Ca(n)tadora e darevista Babel
- Madô Martins: Jornalista, escritora, publicou dez livros, cronista de ATribuna
- Regina Alonso: Escritora com vários livros publicados e prêmios conquistados,coordena os grupos Outras Palavras, Café com Letras, Poetas Vivos
Mediação: Marcelo Rayel: escritor, colunista do CineZen
Entrada: Um quilo de alimento não perecível em prol da Casa Vó Benedita

06/04 (sexta), 20h
- Criação e espaços de música em Santos e região
Local: Almanaque (novo endereço, na Rua Euclides da Cunha, 97 Gonzaga)
Debatedores:
- Danilo Nunes, músico, cantor, compositor
- Julinho Bittencourt: músico, cantor, compositor, jornalista, fundador doTorto MPBar
- Wagner Parra: Produtor, DJ, dirige a Disqueria
Mediação: André Azenha
Entrada: Um quilo de alimento não perecível em prol da Casa Vó Benedita

07/04 (sábado), 20h
- Tendências do mercado editorial em Santos e região
Local: Ao Café (Av. Siqueira Campos, 462, Boqueirão, esquina do canal 4 com a Lobo Viana)
Debatedores:
- José Luiz Tahan: Livreiro, editor, criador e direto da Realejo Livros, daRealejo Edições e da Tarrafa Literária, cronista
- Valdir Alvarenga: Escritor, editor da revista literária Mirante
- Vieira Vivo: escritor, editor da revista Cabeça Ativa e da Edições CostelasFelinas
Mediação: Marcelo Rayel
Entrada: Um quilo de alimento não perecível em prol da Casa Vó Benedita