Está ficando chata essa história de anunciar velório. Esse ano já perdi as contas de quantos artistas legais passaram dessa pra outra. Não vou dizer que pra melhor porque ninguém voltou pra contar.
O fato é que J.J. Cale morreu aos 74 anos vítima de um ataque do coração e é nosso dever noticiar.
Autor dos clássicos Cocaine e After Midnight imortalizados na voz de Eric Clapton e Call Me the Breeze, popular com Lynyrd Skynyrd. Além de outros de sua lavra, como Mama Don’t, Midnight in Memphis, Magnolia, Crazy Mama, Cajun Moon e mais uma pá.
Nascido em 5 de dezembro de 1938 em Oklahoma, John Weldon Cale começou a tocar guitarra nos clubs de Tulsa nos anos 50 ao lado de Leon Russel. Tornou-se um compositor, guitarrista e vocalista dos mais respeitados, tendo transitado por diversos gêneros musicais.
No começo dos anos 60, em Los Angeles, engenheiro de estúdio e tocou com Delaney & Bonnie gravar After Midnight em 1965.
Seu primeiro album, Naturally, de 1971, emplacou Crazy Mama, uma nova versão de After Midnight e Call me the Breeze.
Nunca teve a intenção de ser famoso. Foi uma grande influência para Eric Clapton, que gravou After Midnight e Cocaine, no álbum ao vivo Just on Night (1979), I’ll Make Love To You Anytime (Backless, 1978), Travelin’ Light (Reptile, 2001) e Angel, que está em seu último album Old Sock (2013).
Gravou com Claptonu The Road To Escondido (2006, Reprise Rec), premiado com o Grammy como melhor álbum de Blues Contemporâneo.
domingo, 28 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Ilha Blues 2013 apresenta James Cotton, Lurrie Bell, Jefferson Gonçalves, Big Chico e muito mais
Pelo oitavo ano consecutivo a Ilha Comprida, balneário do litoral sul de São Paulo, sedia um grande festival de blues: O Ilha Blues Festival Internacional.
O festival é um dos principais eventos do país, pois já recebeu em seu palco o que há de melhor no gênero nos Estados Unidos e no Brasil.
Entre as atrações brasileiras que já passaram por lá, André Christovam, Flávio Guimarães, Nuno Mindelis, Sérgio Duarte & Entidade Joe, Rodrigo Nézio & Duocondé, Robson Fernandes Blues Band, Irmandade do Blues, Jefferson Gonçalves, Blue Jeans, Big Joe Manfra, Igor Prado Band, Adriano Grineberg Quarteto, Flávio Naves Quartet, Taryn Szpilman e outros.
Entre os internacionais, Mud Morganfield, Ted McNeely, Donny Nichilo, Lynwood Slim, Deacon Jones, Dave Riley, Rip Lee Pryor, a cantora Deitra Farr e o gaitista argentino Nico Smoljan & The Shakedancers.
Esse ano o line up do Ilha Blues conta com duas lendas do blues de Chicago, James Cotton e Lurrie Bell, além de Michael Dotson e Eddie Taylor Jr.
O festival acontece no Iate Park Hotel com shows diários e gratuitos a partir das 21 horas. Os ingressos devem ser retirados até duas horas antes do show. O endereço é rua 27 de Outubro, 1000 - Balneário Britânia - Ilha Comprida - SP
Quinta-feira, 25 de julho
General Blues
Jefferson Gonçalves
Adriano Grineberg Quarteto
Sexta-feira, 26 de julho
Fulvio Oliveira & The Wild Blues Band
Artur Menezes
Eddie Taylor Jr
Sábado, 27 de julho
Ari Borger
Nuno Mindelis
Lurrie Bell
Domingo, 28 de julho
Big Chico
Michael Dotson
James Cotton
terça-feira, 16 de julho de 2013
Aos poucos a tradição se vai. Morre aos 94 anos T Model Ford
O ano de 2013 tem sido muito duro com o blues. Depois de Bobby Bland, Magic Slim, Richie Havens, Ann Rabson, Claude Nobs (idealizador do Montreux Jazz Festival) e o brasileiro Ricardo Werther, a família de James Lewis Carter, anunciou a sua morte por insuficiência respiratória. Para quem não sabe, James também é conhceido pela alcunha de T Model Ford.
Carter, que aprendeu a tocar guitarra sozinho, morreu em sua casa em Grenville, no Mississippi, rodeado pela família.
Ele é considerado um importate expoente do blues de raiz feito no Mississippi, verdadeira música tocada nas juke joints, selvagem e chiea de riffs.
Gravou seu primeiro álbum muito tarde, aos 75 anos, chamado Pee Wee Get My Gun, pela Fat Possum Records. Seu segundo disco, You Better Keep Still, que traz Carter na capa com cara de mal, segue a linha do primeiro, dependendo do gosto, pode-se achar suas composições chatas ou hipnóticas. Fico com a segunda opção. Nada tão diferente de outro representante do modern Mississippi sound, R. L. Burnside, aliás, companheiro de gravadora.
Seu amigo Bill Luckett, co-proprietário do Ground Zero Blues Club, em Clarksdale, disse que Carter era "um mestre de blues da velha escola" com fãs no mundo inteiro.
T Model Ford morreu aos 94 anos. Na época de música descartável, ouça, compre ou baixe seus melhores discos: She Ain’t None of Your’n e Bad Man.
Assinar:
Postagens (Atom)