Texto: Eugênio Martins Júnior
Fotos: Eugênio Martins Júnior e Cezar Fernandes
Celso Blues Boy começou a coisa toda. Incorporou o blues no nome no início dos anos 80 e atualmente é considerado uma lenda do blues e do rock nacional. É autor de músicas clássicas do rock nacional cantadas até hoje, muita zoação e protesto, como o rock deve ser. São elas: Aumenta Que Isso Aí é Rock and Roll, Blues Motel, Marginal, Fumando no Escuro.
Todas cantadas em uníssono em duas apresentações recentes e antológicas no Festival Rio das Ostras Jazz e Blues. Uma no palco principal, na Praia de Costazul; a outra, mais perto do público na Lagoa do Iriry, onde o público enlouqueceu e Celso quase teve de sair escoltado, tamanha a sanha assassina dos fãs.
Passaram-se doze anos entre o lançamento de Nuvens Negras Choram e seu mais recente trabalho, Por Um Monte de Cerveja. O novo álbum tem a mesma pegada dos anteriores e com letras que vão direto ao ponto, como a faixa título. “Não bebo tequila, nem uísque também, não quero rum, nem vem que não tem. Eu não tô a fim, dessa garrafa de gim. Não sei qual é a graça, de um porre de cachaça. Vou procurar, de vela acesa, qualquer lugar, onde esteja, um monte de cerveja. Invadindo a minha mesa. Jorrando como fonte, ahhh, um monte de cerveja”. Pura poesia bukowskiana. O disco tem ainda a participação dos Detonautas, que tocam em Odeio Rock, n, Roll.
Atualmente Celso luta contra uma doença grave. Começou a entrevista com muita dificuldade na fala. Entre uma xícara de café e um cigarro e à medida que o papo foi engrenando sua voz foi saindo e ele se soltando. Em cima do palco o cara continua o mesmo. A irônica e emblemática A Vida Faz Mal à Saúde explica tudo isso.
Essa entrevista é a primeira de uma série realizada no festival Rio das Ostras Jazz e Blues 2012. Pra mim, foi emocionante estar ao lado “do Cara”.
No final do encontro Celso me perguntou de onde eu sou e respondi que sou de Santos. Celso contou que o motivo dele ter parado de tocar slide foi por ter sofrido um acidente em um show em Santos. Uma escada mal colocada o fez tropeçar e quebrar alguns ossos da mão. Pela descrição do local, acho que foi na danceteria Heavy Metal. O fato é que Santos teve o privilégio de ter sido a última cidade a ver Celso tocando slide. E isso é bom. Mas também foi culpada por ele nunca mais ter tocado slide. E isso é ruim.
Sem mais conversa fiada, o maior guitarrista de blues do Brasil, o cara que só foge do diabo e de uísque paraguaio, Celso Blues Boy.
Eugênio Martins Júnior - Vários artistas que tocavam no Circo Voador nos anos 80 foram convidados para tocar no Rock In Rio, mas você que já tinha uma estrada e era um cara que todos gostavam, não. Como você se sentiu ficando de fora daquele megaevento?
Celso Blues Boy - Acontece. A Rita Lee desistiu e eu fui chamado pra fazer. Mas ela voltou atrás e pelo que eu ouvi dizer, parece que havia dinheiro de gravadora, não sei. Disseram que o refrão mais cantado durante todos os dias do Rock In Rio era Aumenta que Isso Aí é Rock And Roll. Isso obviamente me deixou feliz.
EM - Quando foi que a guitarra entrou na tua vida?
CBB - Toco desde pequeno, desde os quatro anos. Ganhei da minha avó.
EM – Desde então não fez outra coisa na vida?
CBB – Nem poderia. Se guitarra eu já não sei, imagina o resto (risos).
EM - Antes de se bandear para o blues, você havia trabalhado com o Raul Seixas e Renato e seus Blue Caps. Já era ligado na cena roqueira. Morar no Rio é muito mais fácil, não é verdade?
CBB – Sou carioca, mas morava em Blumenau. Eu tocava e gostava de escutar. Depois vim para o Rio e o Sá e o Guarabira me chamaram. Fazia baile antes e estava tocando no conjunto Legião Estrangeira, 72, 73, por aí.
EM – Quem te deu o apelido de Celso Blues Boy foi o Sá. Porque, você atazanava a vidas dos caras ouvindo blues o dia inteiro?
CBB – O Sá e o Guarabira foram verdadeiros pais pra mim. Um dia o Sá falou: “Pô, se você for fazer um xote vai ficar parecido com blues” (risos).
EM – Já tinha uma pegada blueseira?
CBB – Já, eu conhecia sem saber. Porque um tio avô que não tinha filhos mandava uns discos pra mim dos Estados Unidos. Eu escutava o dia inteiro, mas não sabia nada, não conhecia nada. Quando retornei ao Rio muitos anos depois, não me lembro com que idade, acho que 16, tinha um pessoal que tinha voltado de morar nos Estados Unidos e me chamaram pra uma festa na casa deles. Então tinha bateria, contrabaixo, aquelas festas dos anos 70. Aí eles me mandaram tocar. Comecei a tocar, o outro também e um outro disse: “Ué, vocês do Brasil já conhecem blues?”. Eu disse que não conhecia e ele me disse que o que eu estava tocando era blues. Eu disse que era de um disco que tinha lá em casa. Um dia eu mostrei o disco para um dos caras e ele disse: “Isso é B.B. King, rapaz”.
EM – Você viajou muito para o exterior pra tocar?
CBB – Sim, mas faz muito tempo que não vou. Parei porque não pode fumar no avião.
EM – Então você está nessa de blues antes do Aero Blues?
CBB – No meio dos anos 70 abriu o primeiro pub de blues, era o Appaloosa. Aí eu fiz o Aero Blues que tinha um monte de música minha e que depois até cheguei a lançar na carreira solo. A gente tocava lá de terça a domingo com a banda residente que era o Aero Blues. A gente tinha um público muito grande e nos finais de semana fazíamos três, quatro shows. O Brilho da Noite já era uma música muito cantada, mesmo antes de ser gravada era muito conhecida. Começou a chegar gente de fora, os músicos queriam tocar com a gente, o Azimuth, o Sérgio Batista... Foi uma época boa porque juntava muita gente. Justamente pela novidade do blues.
EM – Havia uma demanda reprimida ali e foi só alguém chutar a porta?
CBB – E a gente nem sabia o que estava acontecendo.
EM – Fale sobre a emoção de dividir o palco com o mestre B.B. King.
CBB – Toquei em vários shows com ele durante muito tempo. Aqui no Brasil e fora. Na verdade ele queria que eu fizesse uma carreira fora que ele bancaria. Só que eu estava em meu segundo LP, fazendo muito sucesso e não tinha como. Mas ficamos amigos. Ele veio gravar no meu disco, é uma pessoa muito generosa.
EM – Você acompanha a cena brasileira de blues?
CBB – Eu moro em uma chacarazinha há 16 anos. Só saio de casa para o aeroporto, vou tocar e volto pra casa.
EM – E em casa, você toca?
CBB – Todos os dias. Mas eu toco no Brasil inteiro. Vou faço o show e volto. Pouco acompanho. Só os caras que eu já conhecia.
EM – Como é a história do convite da banda Commitments?
CBB – Era o último show do guitarrista deles. E o Cezar Castanho estava fazendo esse evento. Os caras não entenderam nada. Eu fui me encontrar com o B.B. King no salão do hotel onde estava hospedado, mas sem ele saber. Os caras estavam lá e eu vi o empresário do B.B. King conversando com eles. Nessa passa o próprio B.B. King e o lobby do hotel era grande, ele olhou para o lado, me viu e veio me abraçar. Foi aí que os caras não entenderam nada: “Pô, quem é esse cara que o B.B. King para no meio do caminho e vai abraçar”. Aí o empresário falou para eles que a gente já se conhecia há muito tempo. Os caras me convidaram para tocar com eles no dia seguinte. Aí eu fui, toquei e eles me convidaram pra entrar na banda. Eu disse que não tinha condições porque tinha uma carreira sólida.
EM – Você ganhou dinheiro tocando o blues no Brasil?
CBB – Na realidade eu nunca fiz parte do cenário do blues. Eu apareci no rock Brasil (nos anos 80) com Aumenta Que Isso Aí é Rock and Roll, e porque no meu repertório tem rock e blues, a grande massa começou a conhecer o blues. Qual é mesmo a tua pergunta?
EM – Se você ganhou dinheiro com o Blues?
CBB – Saí de casa aos 16 anos e tudo o que eu tenho, e sempre tive uma vida boa, quem me deu foi a música. Pra tirar teve muita gente, mas para dar só mesmo a música (risos).
EM – 1989 foi um ano chave. Houve um grande festival de blues em Ribeirão Preto e dois lançamentos importantes, um do Blues Etílicos e outro do André Christovam, ambos cantados em português. Naquela época você estava no auge. Como você se sentiu quando viu tudo isso? Como se tivesse comprido bem sua tarefa?
CBB – O filho do Erasmo tocava nessa banda (um dos fundadores do Blues Etílicos foi o baterista Gil Eduardo), e o Erasmo e a Narinha me encontraram e pediram pra eu dar uma força. Aí eu levei pra televisão, pra jornal, aparecia pra dar muita canja. Foi isso.
CBB – Você é de onde, Eugênio?
EM – Sou de Santos, cidade com cena roqueira forte, mas não de blues ou blues rock.
CBB – É verdade, mas eu nunca mais voltei lá. Quem sabe alguém lendo o teu blog não me convida pra tocar lá. Quero ver se eu vejo um jogo do Neymar.
Todas cantadas em uníssono em duas apresentações recentes e antológicas no Festival Rio das Ostras Jazz e Blues. Uma no palco principal, na Praia de Costazul; a outra, mais perto do público na Lagoa do Iriry, onde o público enlouqueceu e Celso quase teve de sair escoltado, tamanha a sanha assassina dos fãs.
Passaram-se doze anos entre o lançamento de Nuvens Negras Choram e seu mais recente trabalho, Por Um Monte de Cerveja. O novo álbum tem a mesma pegada dos anteriores e com letras que vão direto ao ponto, como a faixa título. “Não bebo tequila, nem uísque também, não quero rum, nem vem que não tem. Eu não tô a fim, dessa garrafa de gim. Não sei qual é a graça, de um porre de cachaça. Vou procurar, de vela acesa, qualquer lugar, onde esteja, um monte de cerveja. Invadindo a minha mesa. Jorrando como fonte, ahhh, um monte de cerveja”. Pura poesia bukowskiana. O disco tem ainda a participação dos Detonautas, que tocam em Odeio Rock, n, Roll.
Atualmente Celso luta contra uma doença grave. Começou a entrevista com muita dificuldade na fala. Entre uma xícara de café e um cigarro e à medida que o papo foi engrenando sua voz foi saindo e ele se soltando. Em cima do palco o cara continua o mesmo. A irônica e emblemática A Vida Faz Mal à Saúde explica tudo isso.
Essa entrevista é a primeira de uma série realizada no festival Rio das Ostras Jazz e Blues 2012. Pra mim, foi emocionante estar ao lado “do Cara”.
No final do encontro Celso me perguntou de onde eu sou e respondi que sou de Santos. Celso contou que o motivo dele ter parado de tocar slide foi por ter sofrido um acidente em um show em Santos. Uma escada mal colocada o fez tropeçar e quebrar alguns ossos da mão. Pela descrição do local, acho que foi na danceteria Heavy Metal. O fato é que Santos teve o privilégio de ter sido a última cidade a ver Celso tocando slide. E isso é bom. Mas também foi culpada por ele nunca mais ter tocado slide. E isso é ruim.
Sem mais conversa fiada, o maior guitarrista de blues do Brasil, o cara que só foge do diabo e de uísque paraguaio, Celso Blues Boy.
Eugênio Martins Júnior - Vários artistas que tocavam no Circo Voador nos anos 80 foram convidados para tocar no Rock In Rio, mas você que já tinha uma estrada e era um cara que todos gostavam, não. Como você se sentiu ficando de fora daquele megaevento?
Celso Blues Boy - Acontece. A Rita Lee desistiu e eu fui chamado pra fazer. Mas ela voltou atrás e pelo que eu ouvi dizer, parece que havia dinheiro de gravadora, não sei. Disseram que o refrão mais cantado durante todos os dias do Rock In Rio era Aumenta que Isso Aí é Rock And Roll. Isso obviamente me deixou feliz.
EM - Quando foi que a guitarra entrou na tua vida?
CBB - Toco desde pequeno, desde os quatro anos. Ganhei da minha avó.
EM – Desde então não fez outra coisa na vida?
CBB – Nem poderia. Se guitarra eu já não sei, imagina o resto (risos).
EM - Antes de se bandear para o blues, você havia trabalhado com o Raul Seixas e Renato e seus Blue Caps. Já era ligado na cena roqueira. Morar no Rio é muito mais fácil, não é verdade?
CBB – Sou carioca, mas morava em Blumenau. Eu tocava e gostava de escutar. Depois vim para o Rio e o Sá e o Guarabira me chamaram. Fazia baile antes e estava tocando no conjunto Legião Estrangeira, 72, 73, por aí.
EM – Quem te deu o apelido de Celso Blues Boy foi o Sá. Porque, você atazanava a vidas dos caras ouvindo blues o dia inteiro?
CBB – O Sá e o Guarabira foram verdadeiros pais pra mim. Um dia o Sá falou: “Pô, se você for fazer um xote vai ficar parecido com blues” (risos).
Palco Lagoa do Iriry com Jefferson Gonçalves
EM – Já tinha uma pegada blueseira?
CBB – Já, eu conhecia sem saber. Porque um tio avô que não tinha filhos mandava uns discos pra mim dos Estados Unidos. Eu escutava o dia inteiro, mas não sabia nada, não conhecia nada. Quando retornei ao Rio muitos anos depois, não me lembro com que idade, acho que 16, tinha um pessoal que tinha voltado de morar nos Estados Unidos e me chamaram pra uma festa na casa deles. Então tinha bateria, contrabaixo, aquelas festas dos anos 70. Aí eles me mandaram tocar. Comecei a tocar, o outro também e um outro disse: “Ué, vocês do Brasil já conhecem blues?”. Eu disse que não conhecia e ele me disse que o que eu estava tocando era blues. Eu disse que era de um disco que tinha lá em casa. Um dia eu mostrei o disco para um dos caras e ele disse: “Isso é B.B. King, rapaz”.
EM – Você viajou muito para o exterior pra tocar?
CBB – Sim, mas faz muito tempo que não vou. Parei porque não pode fumar no avião.
EM – Então você está nessa de blues antes do Aero Blues?
CBB – No meio dos anos 70 abriu o primeiro pub de blues, era o Appaloosa. Aí eu fiz o Aero Blues que tinha um monte de música minha e que depois até cheguei a lançar na carreira solo. A gente tocava lá de terça a domingo com a banda residente que era o Aero Blues. A gente tinha um público muito grande e nos finais de semana fazíamos três, quatro shows. O Brilho da Noite já era uma música muito cantada, mesmo antes de ser gravada era muito conhecida. Começou a chegar gente de fora, os músicos queriam tocar com a gente, o Azimuth, o Sérgio Batista... Foi uma época boa porque juntava muita gente. Justamente pela novidade do blues.
EM – Havia uma demanda reprimida ali e foi só alguém chutar a porta?
CBB – E a gente nem sabia o que estava acontecendo.
EM – Fale sobre a emoção de dividir o palco com o mestre B.B. King.
CBB – Toquei em vários shows com ele durante muito tempo. Aqui no Brasil e fora. Na verdade ele queria que eu fizesse uma carreira fora que ele bancaria. Só que eu estava em meu segundo LP, fazendo muito sucesso e não tinha como. Mas ficamos amigos. Ele veio gravar no meu disco, é uma pessoa muito generosa.
EM – Você acompanha a cena brasileira de blues?
CBB – Eu moro em uma chacarazinha há 16 anos. Só saio de casa para o aeroporto, vou tocar e volto pra casa.
EM – E em casa, você toca?
CBB – Todos os dias. Mas eu toco no Brasil inteiro. Vou faço o show e volto. Pouco acompanho. Só os caras que eu já conhecia.
EM – Como é a história do convite da banda Commitments?
CBB – Era o último show do guitarrista deles. E o Cezar Castanho estava fazendo esse evento. Os caras não entenderam nada. Eu fui me encontrar com o B.B. King no salão do hotel onde estava hospedado, mas sem ele saber. Os caras estavam lá e eu vi o empresário do B.B. King conversando com eles. Nessa passa o próprio B.B. King e o lobby do hotel era grande, ele olhou para o lado, me viu e veio me abraçar. Foi aí que os caras não entenderam nada: “Pô, quem é esse cara que o B.B. King para no meio do caminho e vai abraçar”. Aí o empresário falou para eles que a gente já se conhecia há muito tempo. Os caras me convidaram para tocar com eles no dia seguinte. Aí eu fui, toquei e eles me convidaram pra entrar na banda. Eu disse que não tinha condições porque tinha uma carreira sólida.
Momento relax com a cantora Lica Cecato
EM – Você ganhou dinheiro tocando o blues no Brasil?
CBB – Na realidade eu nunca fiz parte do cenário do blues. Eu apareci no rock Brasil (nos anos 80) com Aumenta Que Isso Aí é Rock and Roll, e porque no meu repertório tem rock e blues, a grande massa começou a conhecer o blues. Qual é mesmo a tua pergunta?
EM – Se você ganhou dinheiro com o Blues?
CBB – Saí de casa aos 16 anos e tudo o que eu tenho, e sempre tive uma vida boa, quem me deu foi a música. Pra tirar teve muita gente, mas para dar só mesmo a música (risos).
EM – 1989 foi um ano chave. Houve um grande festival de blues em Ribeirão Preto e dois lançamentos importantes, um do Blues Etílicos e outro do André Christovam, ambos cantados em português. Naquela época você estava no auge. Como você se sentiu quando viu tudo isso? Como se tivesse comprido bem sua tarefa?
CBB – O filho do Erasmo tocava nessa banda (um dos fundadores do Blues Etílicos foi o baterista Gil Eduardo), e o Erasmo e a Narinha me encontraram e pediram pra eu dar uma força. Aí eu levei pra televisão, pra jornal, aparecia pra dar muita canja. Foi isso.
CBB – Você é de onde, Eugênio?
EM – Sou de Santos, cidade com cena roqueira forte, mas não de blues ou blues rock.
CBB – É verdade, mas eu nunca mais voltei lá. Quem sabe alguém lendo o teu blog não me convida pra tocar lá. Quero ver se eu vejo um jogo do Neymar.
Muito boa a entrevista e a matéria!
ResponderExcluirObrigago. Foi demais assitir dois shows seguidos do cara. E ainda poder entrevistá-lo e dpois jogando conversa fora.
ResponderExcluirMuito bom! Esta deve ter sido uma das ultimas entrevistas que ele deu...
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