Considerado um dos grandes nomes da vanguarda do jazz por sua capacidade de improvisação, o saxofonista Sam Rivers morreu de pneumonia aos 88 anos de pneumonia em Orlando, estado da Flórida, EUA. Nascido em uma família de músicos, Rivers integrou a banda da diva Billie Holiday nos anos 50 e tocou com Miles Davis nos 60. Adepto do Be Bop, o saxofonista de Oklahoma gravou uma série de álbuns inovadores de sua própria autoria para o selo Blue Note, entre eles Fuchsia Swing Song. Também tocou junto com o baixista Dave Holland e o baterista Tony Williams. Em 1970, Rivers e sua esposa Bea compraram um apartamento no coração de Nova York, vindo a se tornar um local de encontro para músicos e aficionados por jazz. O nome do lugar era Studio Rivbea. Em pouco tempo, este lugar se converteu na pedra angular do movimento "Loft jazz scene", que se popularizou nos anos 70 em Nova York e que consiste em fazer shows em grandes apartamentos, que são de fato reciclagens de fábricas e armazéns em desuso. Nos anos 80, Rivers tocou durante quatro anos com a banda United Nations de Dizzy" Gillespie, para logo se estabelecer em Orlando e formar sua própria banda. "Para mim, meu pai esteve de férias a vida toda", disse sua filha e empresária Monique Rivers Williams na segunda-feira, ao jornal The Orlando Sentinal, ao informar sobre o falecimento. "Ele costumava me dizer: 'Estou trabalhando, mas aproveito cada momento dele'", explicou. "Aposentaria não fazia parte de seu vocabulário. Ele costumava me perguntar: Para que temos essa palavra?", acrescentou.
Flávio Guimarães é o gaitista mais respeitado da cena blueseira brasileira. Tanto aqui como lá fora. Integrante do pioneiro grupo Blues Etílicos, está por aí há 25 anos, tocando, gravando e escrevendo a história do gênero no Brasil.
Participou de um dos primeiros e mais importantes festivais de blues realizados no país, o Festival Internacional de Blues de Ribeirão Preto, em 1989, onde eu mesmo tive o prazer de assistir a lenda viva, o guitarrista e cantor Albert Collins.
O show teve a participação da guitarrista, na época principiante, Debbie Davis, e foi a primeira vez que vi um músico usar um cabo de trinta metros para descer e tocar no meio da multidão. Mr Collins incendiou a já quente e abafada noite de Ribeirão Preto. Pois é, não falei que o cara participou da história. Flávio conta um pouco desse grande evento na entrevista abaixo.
Considerado um dos músicos mais técnicos em seu instrumento, em seus trabalhos mais recentes, Flávio Guimarães e Prado Blues Band, The Blues Follow Me e Flávio Guimarães and Friends, o gaitista carioca mergulhou profundamente no estilo tradicional de tocar a harmônica blues.
Ele também é responsável por um dos eventos ligados ao blues mais legais realizados em São Paulo, o Encontro Internacional de Harmônica, no Sesc Pompéia, que reúne nomes do Brasil, América do Sul e Estados Unidos e que em 2011 chegou à décima edição.
Joe Filisko, Mitch Kashmar, Gonzalo Araya, Adrian Jimenez, Rick Estrin, Andy Just, Ivan Márcio, Big Chico, Harmônicos e muitos outros já participaram.
Eugênio Martins Júnior – Como foi que você chegou à harmônica? Flávio Guimarães – Desde a infância, na minha casa, havia bons discos. Desde música brasileira até de jazz. Meu pai ouvia jazz, me lembro de ter ido com ele aos, sei lá, dez anos de idade, ver uma banda de Dixieland americana, de New Orleans, no Teatro Municipal do Rio. Ele deu um jeito de eu entrar, era um cara que curtia jazz, então eu já tinha essa sonoridade do jazz na minha cabeça. E o tipo de jazz que meu pai ouvia, um jazz mais antigo, tinha blues no meio. No caso da harmônica eu já tinha vários amigos músicos e eu atacava de roadie de vez em quando. Um dia assisti a um show do Rildo Hora no Parque da Catacumba e achei incrível o som que saia do instrumento. Um instrumento que ficava quase invisível na mão. Ali me despertou o interesse. Menos de um mês depois assisti o Maurício Einhorn e o procurei para ter aulas. Tive muitas aulas com o Maurício ao longo de vários anos, ia e voltava, mas fiz um aprendizado formal de (harmônica) cromática com ele. Naquela época, em 1983, por aí, a gente não tinha muita importação no Brasil, os discos de blues eram raros. Que eu me lembre, o que saiu no Brasil com gaita, eram os discos do Muddy Waters e do Johnny Winter, acho que o White, Hot and Blues, um disco muito bom com o Pat Ramsey na gaita. Esses discos foram lançados no Brasil e tocaram na Rádio Fluminense, a Maldita. Não sabia se era gaita ou se era guitarra. Um dia um amigo me deu uma fita do Sugar Blues e eu mostrei ao Maurício e perguntei se era gaita diatônica. Ele disse não de jeito nenhum, isso é uma gaita (Hohner) Koch. É uma diatônica de chave. Fiquei louco atrás dessa gaita e naturalmente descobri que não era Koch coisa nenhuma. O Maurício nunca havia visto ninguém tocar de fato uma diatônica bem e não acreditou que era. Ela chamava a gaita diatônica de “porrinhola”. Dizia que era um brinquedo. Aí eu comprei umas duas gaitas diatônicas e comecei a aprender de ouvido com Bob Dylan, Neil Young. O Primeiro LP dos Rolling Stones tinha o Brian Jones tocando gaita. Aí cheguei em Muddy Waters. Através da loja do Carlitos Patroni, a Chess Carlitos, no Rio, conheci Charlie Musselwhite, Big Walter Horton, Sonny Boy Willianson, Little Walter e fui aprendendo de ouvido. Quando eu já tinha tomado gosto pela coisa, para tristeza do Maurício, comecei a tocar a cromática. Continuo tocando cromática, voltei para ela, mas a sonoridade da diatônica me apaixonou.
EM – Então na diatônica você começou como autodidata? FG –Comecei como autodidata em 85 e tive a idéia de montar uma banda de blues sem pretensões profissionais, só para me divertir. Já conhecia o baixista Cláudio Bedran e nós conhecemos o Otávio Rocha que tinha um estúdio em sua casa. Começamos a ensaiar e aquilo foi o embrião do Blues Etílicos. Um ano depois a banda estava formada. Dois anos depois o Blues Etílicos estava lançando o disco. Três anos depois estávamos sendo contratados por uma gravadora de São Paulo, a Eldorado. Ou seja, a brincadeira e o profissionalismo foram dois ou três anos. Começamos a tocar em São Paulo, fazer programas especiais na TV Manchete, TV Cultura, depois MTV e aconteceu o boom no Brasil, nessa época.
EM – Então o Blues Etílicos foi a banda seminal do blues no Rio e em São Paulo foi o André Christovam? FG – Sim, o único cara que a gente ouviu falar que estava ligado ao blues e que havia acabado de chegar dos Estados Unidos era o André. Conheci-o em 88. O segundo disco do Blues Etílicos foi por uma grande gravadora, na época a Eldorado era grande, saiu praticamente junto com o nosso. O André participou do nosso e eu participei do dele.
EM - Hoje as bandas de blues brasileiras têm em quem se inspirar ou até mesmo quem pode dar uma força no começo da carreira. Na época em que o Blues Etílicos começou não havia isso. Conta como foi esse momento. A criação do Blues Etílicos? FG – Existia uma ascendência do rock brasileiro dos anos 80 que era muito forte. Mas como não era o nosso universo, nós não tínhamos a pretensão de virar um artista de rock, com aquela coisa do rock da época com um cantor dançando na frente, com pose e atitude rock and roll. A gente não se identificava com aquilo, mas éramos apaixonados pelos discos de blues do Muddy Waters, Johnny Winter, Little Walter. A gente montou uma banda de blues cuja intenção era tocar nos finais de semana em um bar ou outro no Rio de Janeiro. Naquele momento que montamos a banda não imaginávamos que aquilo ia virar a nossa profissão. Todos com vinte e poucos anos de idade. Aconteceu que a gente começou a tocar, o bar começou a encher, começou a entrar dinheiro. Uma loja de discos do Rio, a Satisfaction, resolveu bancar um LP independente e esse LP atraiu a atenção de uma gravadora. Aí quem estava com vinte e poucos anos, sendo impelido a trabalhar de segunda à sexta, oito horas por dia ou mais, para poder ganhar algum dinheiro, estava ganhando mais tocando do que trabalhando. Pensamos: “Pô, isso é muito melhor do que trabalhar!”. Sem conta que sempre ficamos em bons hotéis, comemos bem, tem cerveja de graça, conhecemos mulheres interessantes, fomos bem tratados. Isso aqui é vida, trabalhar, tô fora.
EM – O André Christovam me disse que os álbuns dele Mandinga e A Touch of Glass e Água Mineral e San-Ho-Zay do Blues Etílicos venderam mais de 40 mil cópias. Juntos, os quatro venderam mais do que todos os discos de blues nacionais e internacionais lançados no Brasil até então. Vinte anos depois, como você lembra dessa época? FG – Saiu uma matéria na Folha de S. Paulo, acho que em 92, e tinha os discos de blues mais vendidos no Brasil. Em primeiro lugar estava um disco do B.B. King que vendeu 50 mil cópias. Depois vinha o Blues Etílicos San-Ho-Zay com 35 mil cópias. A contagem era feita em cima de LPs e fitas cassetes. Lembro que o Água Mineral vendeu 25 mil cópias. Imagino que o Mandinga, do André, tenha vendido em torno de 20 mil. O André teve mais espaço na mídia do que o Blues Etílicos, mas acho que, não só naquela época, o fato de sermos uma banda era uma coisa inédita. O artista isolado faz o seu trabalho e tem seu fã clube, mas uma banda tem um potencial maior e, claro, tem a galera que gosta do Greg Wilson, um cantor americano que toca guitarra pra caramba, uns gostavam da slide do Otávio, outros gostavam da gaita. Nessa soma toda a gente acabava ganhando. A importância do André na cena do blues paulista é até maior do que a nossa e fizemos vários eventos bem sucedidos, inclusive juntos. Os shows das duas bandas, um dia o André abria e no outro era a gente. Levamos o André pra tocar no Rio e ele trouxe a gente pra tocar em São Paulo, foi um período muito legal.
EM – Gostaria que você lembrasse aquela viagem à Ribeirão Preto. Com todos aqueles cobras viajando juntos e aqueles shows. FG – O Festival de Blues de Ribeirão Preto, produzido pelo César Castanho, em 1989, foi o grande divisor de águas para o blues no Brasil. Além de ter tido o melhor cast de todos os tempos, com Buddy Guy, Albert Collins, Etta James, Magic Slim com uma banda maravilhosa, o Teardrops em sua formação original com o John Primer na guitarra, a guitarrista Debbie Davis. O clima do festival foi muito bom, teve interação entre os músicos, jam sessions e tal. O Blues Etílicos abre o festival na primeira noite para o Buddy Guy e ele me convida ao palco pra tocar com ele. Entrei com as mão e pernas tremendo e quando saí o Junior Wells me deu um tapinha no ombro e entrou no palco. Foi emocionante, o festival colocou o Brasil no mapa do blues aqui no Brasil. Por que? Passou duas vezes no Fantástico, quatro vezes no Jornal Nacional, no Jornal da Cultura, na Folha de S. Paulo. Um mês antes do festival foi fretado um avião para Ribeirão Preto pra uma coletiva de imprensa. A imprensa cobriu 100% do festival. O Blues estourou no Brasil, naquele momento a gente pegou a crista da onda. O César castanho manteve bons festivais até meados dos anos 90. Teve também um festival muito bom que foi o Top Cats, que trouxe o Willian Clarke, Little Charlie and The Nightcats, Robert Cray e muita gente boa. O Bourbon Street entrou na jogada e foram anos muito bacanas e o blues seguiu crescendo aproximadamente até 2002. Aí acontece uma mudança dentro do cenário do blues, houve um excesso de bandas novas surgindo e essas bandas ocuparam o espaço das bandas anteriores, porque as bandas que vinham antes, nós o André o Nuno Mindelis, tinham um cachê um pouco menor do que as bandas de rock. Entrou uma geração nova de músicos de blues que se dispõe a tocar de graça nos bares ou por pequenas percentagens de bilheteria ou de graça mesmo. Então o dono de bar começa a pensar porque ele vai pagar alguém se eu tenho esses caras que tocam de graça. Essas bandas, muitas vezes, eram formadas por médicos, dentistas, jornalistas, bancários que curtiam blues e montavam suas próprias bandas para divertimento. E eram tantas bandas ruins tocando em São Paulo que o público de blues se evadiu, os bares fecharam ou mudaram sua programação, colocando bandas de cover de rock.
EM – Que também é ruim. FG – Sim e houve uma ressaca. Os grandes meios de comunicação começaram a considerar o blues uma coisa que não era mias relevante no cenário cultural brasileiro. Claro que com o tempo, o joio se separa do trigo e quem curte tocar e toca com qualidade se manteve. Também surgiu uma nova geração de músicos que levam o blues à sério, Igor Prado, Ivan Márcio, Flávio Naves. Uma galera que ta aí pra viver de música e o blues volta a ter qualidade no Brasil. As bandas mais amadoras foram desistindo. Isso foi um ciclo que aconteceu no blues do Brasil.
EM – E com relação às letras em português, você acha que atrapalhou ou ajudou? O André me disse que se vocês continuassem a fazer letras em português o sucesso continuaria. FG – Eu concordo com ele. O André é um grande letrista em português, aquele disco Mandinga. Acho que as letras dele era superior às nossas, mas o nosso lance do humor despretensioso. Acho que nós desistimos de fazer letras em português por dois motivos: um público mais radical que queria ouvir blues em inglês e a outra é que a música popular brasileira tem uma exigência muito alta no quesito letra. Quer dizer, não há essa exigência quando é o sertanejo, o pagode, nada disso. Como a gente estava em um seguimento, digamos, de música com qualidade, porque era considerado dessa forma pelas gravadoras, rádios e jornais, então queriam que a gente fizesse letras com a profundidade e a riqueza métrica e poética do Caetano Veloso ou do Chico Buarque e a gente não tinha isso. Até porque o blues original não é profundo, são letras muito simples, muito populares, com duplo sentido e com bom humor. Não só concordo com o André, como acho curioso que 90% dos trabalhos de blues no Brasil não são autorais. Trabalhos de blues em português são raríssimos. É um entrave pra você expandir o público. No caso do blues, quando você entende a letra, o humor, o duplo sentido, a malícia. Às vezes o cara entende ao pé da letra e aí a letra fica tosca. Mas é como o nosso forró, tem uma sacanagem, tudo com conotação sexual. Quando você entende, você se diverte. O blues nada mais é do que uma boa história contada e com uma instrumentação rica, um bate bola legal. Realmente, o blues brasileiro acabou sendo uma coisa de solistas de guitarra, solistas de gaita, tendo mais destaque que a letra ou o cantor. Perdeu um pouco o sentido, mas faz parte.
EM - Em que momento você sentiu que era a hora de sair em carreira solo? FG – Em 94 gravei o Little Blues que saiu em 95. Depois tive um hiato de cinco anos e em 2000 lancei o On The Loose. Quando rolou essa ressaca de blues, tanto eu quanto o Blues Etílicos, tentamos fazer uma coisa mais dentro do universo da música popular brasileira, sem muita definição, mas não era blues, os discos Cor do Universo e o Navegaita. Foram tentativas positivas porque geraram boas músicas, coisas interessantes como O Repente, Balada de Robert Johnson, misturas originais e criativas que achei que foram válidas. Deu certo até certo ponto, mas a gente retornou ao segmento blues. Era isso que gerava o nosso sustento e nossa alegria. O Blues Etílicos é uma das raras bandas no Brasil que tem material próprio, temos um DVD que tem um monte de músicas nossas e parcerias. Existe uma mistura com a música brasileira sem forçar a barra, onde o blues se integra naturalmente. Uma mistura que deu certo.
EM – Nesse tempo em que você está em carreira solo, se distanciou um pouco do teu estilo inicial. Quer dizer, antes você era muito mais técnico, com solos mais fortes, cheios de notas e tal. Mas agora está com um estilo mais tradicional. Você concorda? FG - No início tocava rock e blues rock com embocadura de bico, muitas vezes focado em velocidade e técnica. Timbre e melodia vêm substituindo essa fase que considero como uma espécie de adolescência na gaita.
EM – Tua parceria com a Prado Blues Band vem de encontro ao que eu perguntei antes. Entre as tuas parcerias, essa é, sem dúvida, a mais prolífica, já rendeu participações de ambos os lados. Gostaria que falasse sobre isso. FG -O Blues é um tipo de música que se toca em time. Pra blues tradicional, Igor e Cia. preencheram uma lacuna que faltava no Brasil. Sabem acompanhar um gaitista tradicional como poucos.
EM – O CD Flávio Guimarães and Friends acaba de sair do forno. Como nasceu a idéia de gravar todas essas parcerias. Ou elas já estavam no baú só esperando a oportunidade de serem publicadas? FG -Tive a sorte e felicidade de trabalhar e aprender com alguns dos melhores mestres da gaita blues e esse CD registra nossa parceria.
EM – Nesse CD tem Rick Estrin, Peter Madcat Charlie Musselwhite, Joe Filisko, Steve Guyger, Gary Smith e sei que cada momento deve ter sido especial. Mas qual foi o mais emocionante? FG - Todos foram momentos especiais e inspirados. Mesmo achando que o CD tem um certo excesso de gaita, acho que vale muito a pena pelo contraste de estilos e pelo valor histórico de reunir tantos ícones da gaita blues num mesmo CD.
EM – O Brasil tem uma cena blues hoje? FG - Sem dúvida o Brasil se tornou um dos 10 maiores mercados de blues no mundo. Ainda existe muito amadorismo, mas cada vez mais estamos nos profissionalizando.
EM – Você é o principal nome da harmônica blues no Brasil. Já pensou em gravar ou até mesmo fazer uma temporada nos Estados Unidos? Conhecimento é o que não lhe falta? FG - Já toquei nos EUA, oficialmente em festivais e bares de blues com remuneração além de muitas canjas em bares. Tocar blues na Europa e EUA é pura curtição, bom pra quem não tem filhos ou outros compromissos financeiros. Vale pela experiência e intercambio, mas, em geral, se computarmos as despesas e os presentes que trazemos pra família, o músico brasileiro volta com menos dólares do que levou.
EM – Qual é o equipamento que você usa no palco? FG - Amplificador Serrano e mic Astatic JT 30 é minha configuração ideal.
EM – Qual é a tua orientação para desenvolver aquele timbre super? FG - 100% tongue blocking pra se tocar blues é a resposta. Tem uns 10 caras no Brasil apenas que conseguem tocar dessa forma. Em CDs e gravações podemos maquiar o timbre com alguns recursos de gravação e mixagem, mas ao vivo o buraco é mais embaixo.
Hubert Sumlin, um dos últimos ícones da guitarra blues, morreu ontem aos 80 anos em Nova Jersey (EUA).
Parceiro de Howlin 'Wolf, participou das lendárias sessões na Ches Records que registraram clássicas canções como o Wang Dang Doodle, Spoonful e Backdoor Man.
Seu jeito de tocar foi referência para gerações de guitarristas, entre eles, Budy Guy e Jimi Hendrix. Além deles, Keith Richards, dos Rolling Stones, Jimi Hendrix e Frank Zappa já disseram ser influenciados pelo músico, que ficou no 43º lugar na mais recente lista dos 100 maiores guitarristas da revista "Rolling Stone.
Sumlin foi um dos principais nomes da cena blues de Chicago, tendo conseguido um espaço no Hall da fama do blues em 2008.
Nasceu no Mississippi, foi criado em Arkansas e se mudou para Chicago para tocar com Howlin 'Wolf. Após a morte de Wolf, em 1976, continuou a tocar com o resto da banda, quando adotaram o nome The Gang Wolf.
Ele foi diagnosticado com câncer nos pulmões em 2002 e teve um pulmão retirado, mas continuou tocando.
Aqui o assunto é música - todos os gêneros - e alguma literatura. Não vejo sentido em reproduzir o que já foi colocado na rede, por isso, produzo meu material. Produzo shows, entrevisto artistas e escritores e garimpo notícias e quando não tenho o que dizer, não digo nada. As postagens não obedecem uma periodicidade. O Nome Mannish Blog foi tirado da música Mannish Boy, de Muddy Waters, blueseiro do Mississippi considerado o elo entre o blues rural e o blues moderno. Espero que gostem do espaço e colaborem enviando informações.
Todas as despesas desse blog são custeadas pelo meu trabalho. Se você acha que deve pagar por essas informações, deposite qualquer quantia em: Banco Itaú - AG: 0268 CC: 31501-7 CNPJ: 14.240.073/0001-65. Obrigado e abraço.
Produtor cultural, criador dos Projetos Jazz, Bossa & Blues, Clube do Blues de Santos e Jazztimes. Jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Santos. MTB - 33.533
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