terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aos 20 anos da morte do artista, chega ao Brasil a maior exposição sobre Miles Davis


Chegou ao Brasil a mega exposição iconográfica que pretende capturar a essência Miles Davis, ícone e um dos músicos mais controversos do jazz.
A mostra We Want Miles inclui discos, instrumentos, revistas, fotografias, painéis e vídeos. Tudo dividido em partes, o que permite que mesmo os neófitos possam entrar com facilidade no maravilhoso e misterioso mundo do Príncipe das Trevas, que era como o próprio se intitulava. 
Por exemplo, “In The Studio For Columbia”, uma de suas fases mais prolíficas, contém fotos das sessões das clássicas gravações de Kind Of Blue to Porgy and Bess. 
Entre as preciosidades há o fuglehorn usado por Miles em um de seus maiores discos, Sketches of Spain, parceria com o pianista Gil Evans. Junto ao instrumento a foto usada no disco original.
O mesmo tratamento é dado aos outros instrumentos, entre eles o trompete verde que usou por anos e as capas dos discos de seu segundo grande quinteto que incluía Herbie Hancock, Wayne Shorter, Ron Carter e Tony Willians.  
A partir de hoje, a coleção que já pasou por Paris e Montreal, pode ser vista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro até o dia 28 de setembro. Em São Paulo, ficará no Sesc Pinheiros de 19 de outubro a 25 de janeiro. Tudo grátis.

O gênio polêmico Miles Davis – Nascido em uma família abastada de Saint Louis, Miles começou a estudar música de forma clássica, mas assim que conheceu o blues não quis mais saber de nada. 
Saiu da conceituada Juilliard School of Music de Nova York para tocar nos bares onde uma verdadeira revolução musical estava em curso. O principal deles era o Minton’s Playhouse.  
Conheceu Billie Holiday, Lester Young, Fats Weller, Billy Ekstine, Thalonios Monk, Dizzy Gillespie e Charlie “Bird” Parker. Juntou-se aos dois últimos no início do Be Bop e fez parte dessa história. 
Mas sua praia era mesmo as baladas, que aprendeu ouvindo um de seus ídolos, o saxofonista Colemans Hawkins. 
Em meados dos anos 50 fundou seu primeiro grande grupo que revolucionou o jazz: John Coltrane (sax tenor), Julian “Cannonball” Aderley (sax alto), Philly Joe Jones ou Jimmy Cob (bateria),  Paul Chambers (baixo) e Bill Evans e Red Garland (piano).
Envolveu-se em polêmicas raciais e foi viciado em heroína por anos, o que acabou prejudicando sua arte. Ao final da vida, já com a saúde prejudicada e com muitas dores nos quadril gravou discos de conotação pop provocando mais polêmicas ao redor de sua figura. Morreu em setembro de 1991, aos 65 anos. Seus discos estão entre os maiores trabalhos do jazz.


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