quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A autodidata Carla Bley morre aos 87

 

David Corjo/Redferns, via Getty Images

Carla Bley é protagonista de uma dessas histórias míticas no Jazz. Aprendeu os rudimentos do piano com seu pai na Califórnia mas logo foi para New York ganhar a vida. Lá seu autodidatismo foi turbinado pelas inúmeras sessões que assistiu num dos maiores templos do jazz, o Birdland, criado em homenagem a Charlie Parker. Enquanto vendia seus cigarros aos clientes, a garota Carla Bley sorvia o nectar sonoro ofertado por Basie, Miles e Coltrane.
Alguns poucos anos depois seria considerada uma das mais arrojadas musicistas de sua época, com mais de 60 álbuns gravados, tão distantes em forma e conteúdo.
Também prolífica foi sua parceria com o baixista Steve Swallow, aliás, foi ele que anunciou a morte de sua companheira por tumor cerebral no dia de ontem aos 87 anos.
Com Swallow gravou NightGlo, Go Together e Duets, o mais conhecido. 
Na gravadora ECM encontrou Charlie Haden, Don Cherry, Paul Motian e Michael Mantler (seu marido na época) e alguns mais para a gravação do emblemático The Ballad of the Fallen. Gravou, arranjou e compôs para Jack Bruce, Don Cherry, Linda Rondstadt e John McLaughlin. 
Também foi casada com o pianista canadense Paul Bley, o primeiro a encorajar Carla a compor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário