sábado, 26 de setembro de 2020

Great Guitars – 1997 – Joe Louis Walker


Quatro anos separam Great Guitars do grande álbum Blues Summit de BB King.
E por que estou citando o trabalho de BB pra falar desse de Joe Louis? Porque ambos partem da mesma premissa, reunir feras do blues num único volume em parcerias incendiárias.
E Great Guitars traz o que há de melhor da guitarra blues na época em que foi gravado: Bonnie Raitt, Litttle Charlie Baty, Clarence “Gatemouth” Brown, Steve Crooper, Buddy Guy, Robert Lockwood jr, Taj Mahal, Scooty Moore, Matt “Guitar” Murphy, Otis Rush e Ike Turner. Está bom pra você?
O prórpio Louis havia participado do disco de BB na faixa Everybody's Had The Blues
Talvez daí veio a ideia de gravar esse grande álbum que traz Low Down Dirty Blues abrindo com um dueto com a sempre magnífica Bonnie Raitt cantando e solando. Trata-se de um balanço irresistível que muda de andamento dois pares de vezes, com um Hammond B3 goxxtoso e slide pra todos os lados.
A banda que acompanha Joe Louis nesse disco, The Bosstalkers, faz bonito com Mike Eppley (órgão, piano e voz de apoio), Tom Rose (guitarra e voz de apoio), Joe Thomas (baixo, guitarra e voz de apoio) e Curtis Nutall (bateria).
First Degree é de uma base nervosa que resgata Ike Turner que andava meio por baixo depois que sua ex, aquela “cantorazinha”, Anna Mae Bullock, denunciou o malandro por agressão e outros assédios. Vamos combinar Ike, você toca e canta pra caralho, mas foi muito cuzão por não respeitar sua parceira que acabou virando uma estrela com o próprio talento. 
Todo o brilho dos The Johnny Nocturne Horns aparece em Mile-High Club e toda a elegância dos solos de Scooty Moore, Litttle Charlie Baty, Steve Crooper e Clarence “Gatemouth” Brown também. Solos e mais solos se apresentam. Mas, se liga, solos com notas soltas, elegantes, cheios de feeling, como só os coroas blueseiros sabem fazer.
Fix Our Love é um slow muito do dor de corno. Joe Louis pede pra mulher não ir embora. E que se ela fizer isso ele vai sofrer até morrer. E que se ela estiver insatisfeita, antes de ir embora, diz isso pra ele qua vai fazer de tudo pra consertar aquele amor. Perdeu mermão. Sem dor de amor não existe o blues. E de dor Otis Rush entende. Ele estiiiiiiiiiica as notas como ninguém. O Hammond também faz a sua parte nos colocando na posição de implorar por aquela mulher. O que sempre fazemos.
Every Girl I See é um tema que foi gravado por Buddy Guy algumas vezes. É um clássico do velho Buddy. Essa versão que começa com uma batida tribal e licks de guitarra, culminando com a voz de ambos cheias de expressão, dois timbres e estilos maravilhosos e distintos. Que versão foda. Buddy Guy, que colhia as glórias de Damn Right e Feels Like Rain, faz um daqueles solos cheios de notas que estava acostumado. O ponto alto do disco. Claro, na minha opinião de um mortal idiota.
O funkão Cold e Evil Night explode com os metais dos The Tower of Power Horns. Simplesmente... balançante. Blues com funk solado por Joe Louis usando um wah wah hipnótico e backings dos The Bosstalkers.
Hop on It é um shuffle, que ainda não havia apareceido em um disco de blues, o que mostra que blues não é só a velha batida de Chicago. Otis Grand e Joe Louis dominam esse tema instrumental cheios de slide e lap steel.
Nightime é um slow daqueles, com a aparição do velho Matt Guitar Murphy, mostrando como se joga as notas no ar para os nossos ouvidos pegar. 
Sugar é um tema moderno misturando blues e funk cujo  destaque vai para o baixo Joe Thomas, fazendo todas aquelas figuras com uma precisão impressionante. Como se fosse um relógio. Ou um motrônomo. Coisa linda de se ouvir.
Muitos blueseiros têm uma vida dupla, nas sextas e sábados nos botecos da vida e no domingo pagando a penitência na igreja. E Joe Louis correu um bom trecho fora do blues, investindo seu tempo e talento louvando Deus. Nesse Great Guitars ele convocaa a lenda Taj Mahal e sua National Steel para a pregação In God’s Hands. Um tema maravilhoso que nos eleva, mesmo sendo um adeu desgraçado como eu. Acredito na música.
Fechando essa viagem, Joe Louis chamou Robert Lockwood Jr, um dos pilares do blues, na época com 82 anos – ele morreu com 91 anos em 2006 – para apresentar o blues tradicional High Blood Pressure. Wallace Coleman aparece na gaita reforçando a base e em um solo matador.  

Músicas:
1 - Everybody's Had The Blues
2 - First Degree
3 - Mile-High Club
4 - Fix Our Love
5 – Every Girl I See
6 – Cold Evil Night
7 – Hop On It
8 – Nightime
9 – Sugar
10 – In God’s Hands
11 – High Blood Pressure

Blues Summit – BB King - http://mannishblog.blogspot.com/2010/09/em-disco-de-1993-bb-king-promove.html

Entrevista Joe Louis Walker - https://mannishblog.blogspot.com/2017/09/o-blues-contemporaneo-de-joe-louis.html


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Com álbum solo de temas clássicos, Bia Marchese entra no blues nacional

 

Primeiro álbum solo de Bia Marchese

Texto: Eugênio Martins Júnior
Fotos: arquivo Bia Marchese

Com canções escolhidas a dedo pela cantora Bia Marchese, Let Me In, seu trabalho de estreia, é um apanhado bacana de clássicos da canção norte-americana.Trata-se de seu primeiro álbum solo pelo selo Chico Blues,   com músicos que orbitam a cena blueseira do ABC e São Paulo. São eles, Leo Duarte (guitarra), Luciano Leães (piano e órgão), Denilson Martins (saxofones), Humberto Zigler (bateria e percussão) e Sidmar Vieira (tormpete). As produções, musical e executiva, são assinadas por seu marido, o baixista Rodrigo Mantovani, ativo colaborador do Chico Blues desde a época em que atuava com a Igor Prado Band. O CD teve uma participação especial de Wee Willie Walker em Nobody But You de Dee Clark.  Nos 14 temas, Bia desfila ao lado de nomes bem conhecidos por aqui – digo isso por causa da discografia disponível desde os anos 70 – como LaVern Baker, Fontella Bass e Big Mama Thornton. E outros nem tanto, os casos de Wynona Carr, Lil Johnson, Carol Fram, Christine Kittrell, Ann Cole, Hattie Burleson. Os caras soul também dão as caras. Mas em número menor, Pee Wee Crayton, Dee Clark, e os lendários Johnny Guitar Watson e Solomon Burke. A Bia também conta como estava sendo sua adaptação nos Estados Unidos antes da pandemia chegar na América do Norte. Logo quando mudou para Chicago com seu companheiro, o baixista Rodrigo Mantovani, quando este entrou para a banda de Nick Moss.



Eugênio Martins Júnior – Como foi a tua infância musical e quando você começou a cantar?
Bia Marchese – Minha infância foi de total contato com a música. Minha família é cheia de músicos, muitos não exerceram profissionalmente, mas a maioria sempre muito envolvida com música. As reuniões de família na minha vida eram basicamente uma roda cheia de gente, minha família é enorme (rs), fazendo um som. Todo mundo participava de alguma forma e, quem atrapalhasse falando alto ou qualquer coisa assim, levava cada bronca... (risos). Mas minha mãe é cantora e exerceu profissionalmente por muitos anos e, por incentivo dela eu canto desde sempre. Não sei dizer idade, mas desde minhas primeiras lembranças da infância. Me lembro de subir nos palcos com ela quando eu tinha uns seis anos e cantar músicas do Jackson 5. Morria de vergonha, mas amava!


EM -  E o blues e o soul, quando apareceram?
BM – O soul veio primeiro pra mim. Passei um muito tempo   da minha infância tentando imitar cantoras e cantores que constantemente me apaixonava. Nem sabia que aquilo era soul music, era só algo que me fascinava ouvir. Já o blues veio um tanto mais tarde. É claro que as coisas se misturam, e o blues e a soul music se mesclam em muitos pontos. Então, diria que o Blues, de forma mais consciente e num formato mais tradicional, entrou na minha vida por volta dos meus 18 anos.

EM - Você gravou um CD com alguns clássicos da soul music. Como foi a escolha desse repertório? Tem tanta coisa boa.
BM – Na verdade meu disco é uma mistura de blues, R&B , soul, ragtime e início do rock’n roll. Acho difícil dividir a música em estilos tão delineados. Como disse antes, determinados estilos musicais se misturam, modificam e influenciam um ao outro e, entre eles, existe uma conexão muito forte. Diria que o repertório do meu disco possui, na sua essência, uma unidade sonora que conecta aquilo que também pode ser separado, para funções mais didáticas, em estilos musicais. Já a escolha do repertório foi algo bem natural, sabe? Bem baseado naquilo que naquele momento eu estava conectada musicalmente. Mas, apesar de natural, não foi nada aleatória, foi muito bem pensada e, em algum nível, uma tentativa de homenagear aquilo que me desafia e me transforma musicalmente. Fora isso, pude contar com algumas maravilhosas sugestões do Rodrigo e Chico Blues na empreitada da escolha do repertório. Ah, fico feliz demais que tenha gostado do repertório.



EM – Essa galera do Igor e do Rodrigo era ligada ao jump blues e ao Chicago blues, mas de uma época pra cá deram uma virada pra soul music e o teu disco foi gravado nessa época, né? Teve esse influência do momento ou era uma coisa que você já pensava em fazer?
BM – Na verdade não. Minhas escolhas musicais e de repertório não tiveram influência do som que eles faziam. Apesar de eu ser uma grande admiradora do trabalho que eles fizeram juntos e ter afinidade por grande parte das escolhas musicais deles, não foi algo que teve influência nas minhas escolhas do disco. O disco foi resultado do que fui desenvolvendo ao longo dos anos.

EM – A produção foi do Rodrigo e os músicos que tocam são aquelas figurinhas carimbadas do blues nacional. Essa parte ficou com ele ou vocês fizeram juntos?
BM – Tudo que envolveu o disco, nós fizemos juntos e em parceria com o Chico Blues, até porque, eu não conseguiria não participar da produção do meu próprio disco. (risos)

EM – Ok. A pergunta foi burra mesmo.
BM – Mas, independente disso, o Rodrigo tem uma musicalidade surreal e, como produtor, ele vê detalhes e enxerga coisas que teriam certamente passado batido por mim. Tive muita sorte e aprendi coisa demais assistindo ele, tão de perto, como produtor musical. Quanto aos músicos, eu tenho um carinho absurdo por todos que fizeram parte desse projeto. Fora a qualidade musical de cada um, são pessoas que realmente tem lugar importante na minha vida.

As minas no rolê: Bia e Kate Moss

EM – Você passou por aquela fase de transição, o teu companheiro foi contratado por uma banda que toca muito no circuito blues, a Nick Moss Band. Já dá pra falar sobre uma adaptação, já que foram pegos pela Covid-19.
BM – Não foi uma transição simples sair do Brasil, mas, ao mesmo tempo, era um movimento que a gente já planejava fazer em algum momento pela vontade de viver e desenvolver certas coisas dentro do blues e também da música de forma mais ampla. A contratação do Rodrigo pela Nick Moss Band apareceu como uma oportunidade de fazer esse movimento. 
Mudamos pra Chicago um ano e alguns meses antes da COVID -19 e toda essa nova situação se instalar. Acho que foi um período bem intenso e a adaptação foi relativamente rápida. Pra mim, por ser um começo do zero, já que não fui com nenhum trabalho garantido, foi mais desafiante, mas as coisas foram fluindo e pude fazer alguns trabalhos musicais que foram incríveis pra mim. Sem contar a satisfação de toda uma vivência num contexto de tanta informação musical nova.

EM - Você acha que para a mulher é mais difícil? Quero dizer, ficar sozinha em casa enquanto o cara sai pra tocar?  
BM – Na verdade isso nunca foi uma questão na minha vida e tenho esperança que, algum dia, possa não ser mais uma questão na sociedade. Estar num relacionamento é uma opção que, pra mim, não tem ligação com nenhum tipo de dependência. Somos indivíduos antes de tudo. Então, eu diria que ninguém nessa relação fica sozinho esperando o outro voltar da gig. (risos). Se ele sair pra tocar, eu certamente estarei envolvida com meus projetos individuais, assim como, se eu sair pra tocar ele certamente estará envolvido com os dele. E esses momentos são tão bons quanto os momentos que estamos envolvidos no mesmo projeto ou trabalhando juntos. A ida pros EUA não foi uma decisão tomada em função de acompanhar o Rodrigo na sua entrada na Nick Moss Band, foi uma decisão que envolveu muitas outras coisas e interesses individuais de ambos dentro das oportunidades que essa mudança poderia proporcionar.

EM – Certamente cada um terá a sua vida e seus projetos. O que eu quis dizer é que as coisas poderiam ter ficado difíceis justamente pela falta de uma atividade inicial.   
Por outro lado, pode ser uma oportunidade. Você está arrumando um jeito de entrar no circuito, ou ainda é muito cedo? nTeve alguma experiência cantando na terra do blues?
BM - Olha Eugênio, eu admito que não sou uma pessoa que fica tentando entrar em circuitos, não tenho quase ímpeto nenhum de fazer propaganda de mim mesma e não faço contatos ou mantenho relações sociais pra fazer determinados trabalhos ou entrar em certos meios. Então, pra mim, entrar num circuito acontece só se for como consequência de um trabalho feito de forma mais natural, verdadeira, com uma qualidade que me traz satisfação e, no geral, com pessoas que tenho afinidade. Cada pequeno trabalho que faço tem um valor enorme pra mim e os circuitos vão acontecendo assim na minha vida. Sobre a experiência cantando na terra do Blues, sim, tive algumas bem maravilhosas, inclusive cantando no Legendary Rhythm & Blues Cruise. A convivência com Nick Moss e Kate Moss, que é também guitarrista, acabou nos fazendo conhecer muita gente do meio do Blues, o que também acelerou certas oportunidades. Eles foram sempre muito maravilhosos comigo.

Com o maridão, Rodrigo Mantovani e Dennis Gruenling

EM - Tem conseguido ir a alguns shows de blues? Nos locais legais de lá?
BM – Te falar que ir em shows de Blues foi o que eu mais fiz em Chicago, virei a louca dos shows, não perdia um. (risos)
Lá ainda tem uma cena de blues bem viva  rolando e muitas opções de lugares pra ir.

EM – Tem gravação à vista? Quer dizer, pós pandemia.
BM – Tenho sim. Nunca desejei tanto ter um estúdio em casa como nesse momento de pandemia. Seria lindo passar a quarentena dentro de um estúdio, né não? (risos). Mas sim, já estou trabalhando nas ideias do próximo disco e espero, em breve, começar a agitar isso.

EM – Você gravou uma música com o Willie Walker. Ele participou ao vivo da gravação? Como foi essa parada?
BM – Sim! Amo tanto que ele tenha gravado no meu disco. 
Não foi ao vivo, ele gravou num estúdio nos EUA e me enviou. Quando ouvi a gravação, pensei: “o que vou cantar depois disso?” (risos)
Ele era uma pessoa maravilhosa né? Não sei se você chegou a conhecê-lo, mas acabei ficando bem próxima, tanto do Willie quanto da esposa dele, e quando o convidei para gravar comigo essa canção, ele deu um sim com aquela risada maravilhosa e, então, gravamos.

Blues Music Awards 2019

terça-feira, 8 de setembro de 2020

On-line, o Clube do Blues de Santos será realizado em setembro

Produzido pela Mannish Boy Produções, Prefeitura e Sesc de Santos, o objetivo do Clube do Blues é trazer a Santos os melhores músicos de blues do Brasil e do mundo, promovendo a integração entre eles e o público por meio de shows e conversas informais



Esse ano, devido à pandemia da Covid -19, o evento será on line, transmitido direto do estúdio Goiabeira, do Theo Cacello, na página do Facebook do Clube do Blues. 
Será a primeira vez que o clube não apresentará ao vivo os músicos da pesada que costuma trazer todos os anos.  
Na edição de 2020, os “associados” do Clube do Blues de Santos vão curtir um bate papo entre o jornalista e produtor  Eugênio Martins Júnior e o maior produtor de blues do Brasil, Herbert Lucas. E shows serão com Mauro Hector Trio, Medusa Trio com Willie de Oliveira e a banda Dog Joe. 
O bate papo acontece no dia 15 de setembro às 20h30. Os shows, sempre às 20h, acontecem nos dias 16, 17 e 18 de setembro, respectivamente.
Realizado desde 2008 – com a parceria fundamental do Sesc Santos e Secretária de Cultura de Santos (Secult), o Clube do Blues já trouxe à cidade Igor Prado Band, Big Chico Blues Band, Jefferson Gonçalves e Kleber Dias, Artur Menezes, Fabio Brum, Márcio Scialis e Little Will, Ivan Márcio e Roger Gutierrez, Robson Fernandes, Caviars Blues Band, Big Joe Manfra, Big Gilson, Márcio Abdo, Giba Byblos, Ari Borger, Duca Belintani e Los Breacos, além dos artistas locais Dog Joe, Muniz Crespo e Mauro Hector e chega a sua sexta edição como referência no país.
Todos os anos o Clube do Blues é realizado em abril em comemoração ao nascimento de Muddy Waters, artista revolucionário do Blues mundial e o nome que sintetizou o blues rural do Mississippi na música urbana de Chicago, influenciando milhares de músicos ao redor do mundo, inclusive no Brasil. 
Por causa da pandemia da Covid-19, o festival teve sua data alterada para o mês de setembro. E, respeitando o isolamento, será transmitido direto do estúdio e depois disponibilizado no Youtube.
Esse ano o Clube do Blues será realizado com recursos de emendas parlamentares e parceria com Sesc. 

Datas Clube do Blues 2020:
15 de setembro – Bate papo entre Eugênio Martins Jr e Herbert Lucas, diretor artísticos do Bourbon Street Music Club e maior produtor de blues do Brasil
16 de setembro – Mauro Hector Trio
17 de setembro – Medusa Trio e Willie de Oliveira
18 de setembro – Banda Dog Joe


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Living Blues Magazine mostra a lista dos eleitos em 2020

Crystal Thomas: prestem atenção nessa moça

Mais uma ano estamos aqui divulgando a lista dos vencedores do Living Blues Magazine Awards.
Em 2020, ano que o mundo da música encarou a face monstruosa da Covid-19.
Mas o blues nunca para. E quem não sabe, a Living Blues Magazine é a revista mais importante do Estados Unidos sobre esse estilo tradicional.
Ligada à Universidade do Mississippi, onde existe um núcleo de estudos sobre o blues, a revista completou 50 anos de existência recentemente.
Notórias figuras como Bobby Rush, Buddy Guy, Jimmy Johnson, Mavis Staples, Marcia Ball apareceram, mas também brilharam os novatos, Jontavious Willis, Christone Kingfish e Crystal Thomas. Se liga na fita. 

Votação da crítica
Artista de blues do ano (Homem)
Bobby Rush

Artista de blues do ano (Mulher)
Shemekia Copeland

Cantora mais admirada
Mavis Staples

Guitarrista mais admirado
Jimmy Johnson

Gaitista mais admirado
Billy Branch

Tecladista mais admirada
Marcia Ball

Baixista mais admirado
Benny Turner

Baterista mais admira
Cedric Burnside

Sessão de metais mais admirada
The Texas Horns: Kaz Kazanoff, John Mills, and Al Gomez

Músico mais admirado
Rhiannon Giddens – Banjo

Melhor performer
Bobby Rush

O retorno do ano
Mary Lane

Artista revelação
Crystal Thomas
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Melhores álbuns de 2019

Álbum do ano
Christone “Kingfish” Ingram
Kingfish
(Alligator)

Lançamento de blues contemporâneo
Billy Branch & The Sons of Blues - Roots and Branches: The Songs of Little Walter - (Alligator)

Lançamento/Soul sulista
Annika Chambers - Kiss My Sass - (VizzTone)

Lançamento/melhor estréia
Christone “Kingfish” Ingram – Kingfish - (Alligator)

Lançamento/ Tradicional e acústico
Jontavious Willis - Spectacular Class - (Kind of Blue Music)

Realançamento pré guerra
Various Artists - “It’s the Best Stuff Yet!” - (Frog Records)

Realançamento pós guerra
Various Artists - Cadillac Baby’s Bea & Baby Records—The Definitive Collection - (Earwig Records)

Livro de blues doa ano
Up Jumped the Devil: The Real Life of Robert Johnson - By Bruce Conforth and Gayle Dean Wardlow - Chicago Review Press

Produtor do ano: lançamento - Rhiannon Giddens and Dirk Powell - Songs of Our Native Daughters - (Smithsonian Folkways)

Produtor do ano: gravação histórica - Michael Frank
Cadillac Baby’s Bea & Baby Records—The Definitive Collection - (Earwig Records)

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Lista dos leitores
Artista de blues do ano (Homem)
Christone “Kingfish” Ingram

Artista de blues do ano (Mulher)
Mavis Staples

Guitarrista mais admirado (Guitar)
Keb’ Mo’

Gaitista mais admirado
Charlie Musselwhite

Tecladista mais admirada
Marcia Ball

Melhor performer
Buddy Guy

Cantor mais admirado

Buddy Guy
Melhor lançamento de 2019
Christone “Kingfish” Ingram – Kingfish - (Alligator)

Melhor album de 2019 – gravação histórica - Muddy Waters - The Complete Plantation Recordings: The Historic 1941–42 Library of Congress Field Recordings - (Analogue Productions)

Melhor livro de 2019
Up Jumped the Devil: The Real Life of Robert Johnson - By Bruce Conforth and Gayle Dean Wardlow – Chicago Review Press