quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Cinco perguntas para Albert Cummings


Texto: Eugênio Martins Jr
Foto: divulgação

Albert Cummings está fora do eixo blueseiro do sul ou das cidades com tradição mais ao norte como Chicago e Detroit. O guitarrista vem de Massachusetts, onde aprendeu os acordes do blues com seu pai. Na adolescência se tornou fã do bluegrass até chegar ao banjo.
Ao assistir um show de Stevie Ray Vaughan foi novamente tocado pelo blues e nunca mais o abandonou.
Trabalhou como carpinteiro até fundar o grupo Swamp Yankee, com o qual se inseriu no circuito blueseiro da sua região. Se apresentou com ícones do gênero, entre eles, BB King e Buddy Guy. Trabalhou também com o Double Trouble, banda de seu ídolo Stevie. Grande começo de carreira.
No Brasil, Cummings apresentou no Samsumg Best of Blues as músicas de Someone Like You (2015), seu mais recente álbum, marcando seu retorno a gravadora Blind Pig Records, e um apanhado de outros trabalhos: From the Heart (2003), True to Yourself (2004), Working Man (2006), Feel So Good (2008) e No Regrets (2012).
Além de Cummings, o festival teve as presenças de Sonny Landreth, Malina Moye, Igor Prado, Blues Etílicos e Hammond Groove.

Eugênio Martins Jr –Como foi gravar seu primeiro álbum com o Double Trouble, a banda suporte do Stevie Ray Vaughan. Um dia você estava assistindo os caras e depois estava com eles dentro do estúdio. 
Albert Cummings – Foi uma experiência incrível. Um bom começo para minha carreira como músico. Quase me sentia como se estivesse indo a escola. Tínhamos várias conversas sobre Stevie. Outra grande emoção foi tocar com BB King e acabar ficando seu amigo. Foram momentos fantásticos. Quando penso nisso me belisco para ver se o que vivi foi verdadeiro.  

EM - Já que estamos falando sobre emoções, gostaria que você falasse sobre a morte de Gregg Allman, semana passada. E qual a sua importância para a música americana? 
AC – Na minha opinião Gregg Allman é um dos maiores criadores da música americana. O que os Allman Brothers fizeram foi impressionante, fiquei muito triste com sua morte. Hoje trazemos nossa música para as pessoas e nós carregamos influências de todos os músicos que vieram antes de nós. Gregg Allman está presente na nossa música e estará na das próximas gerações.

EM – Você faz uma mistura de blues rock que carrega na técnica, mas sem esquecer aquele velho feeling do blues. O que vejo hoje são guitarristas que fazem uma música que chamam de blues, mas na minha humilde opinião é só demostração de técnica, não tem sentimento. O que acha?
AC – É uma boa pergunta e está sempre presente. É como alguém que fala muito e não diz nada. BB conseguia dizer tudo com apenas uma nota. É legal você conseguir fazer todas aquelas coisas, tocar rápido e etc. Também é importante você não tentar ser outra pessoa. Tem de ser você mesmo, achar seu caminho.  

EM – Festivais como esse dão oportunidade para os músicos conhecer outras culturas, você conheceu a música brasileira? 
AC – É incrível participar de festivais como esse. Gosto do contato com novas culturas, que tem a ver com a música, com a comida. O que importa é que viemos e fizemos amigos. Já aconteceu algumas vezes de ter conhecido artistas e ter levado seu nome  para o nosso país e os shows acabaram acontecendo. Estou animado para conhecer a cultura do seu país. 

EM - Você foi o artista escolhido para fechar o Samsumg Blues Festival. O que podemos esperar da sua apresentação e o que você espera do público brasileiro?
Albert Cummings – O blues é interessante. Não dá para fingir, eu não consigo. Se você tocar de verdade as pessoas vão sentir. Elas vão entender o que você está fazendo. Acho que é isso que as pessoas esperam. E eu espero que seja emocionante, pois meu show é muito espontâneo. Respondo de acordo com a platéia.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Vila Madalena recebe festival Jazz no Beco no fim de agosto

Com shows de Francisco Mela and The Crash Trio, Thiago do Espírito Santo e Ricardo Herz. Djs e Trios formados pela Escola Souza Lima também participam da festa

Ricardo Herz (foto: Ulisses Dumas)

O bairro boêmio da Vila Madalena em São Paulo recebe no tradicional endereço do grafite, o Beco do Batman, o festival Jazz no Beco. O festival acontece nos dias 27 e 28 de agosto na rua e o encerramento será no dia 29, no Bourbon Street. 
O espaço cultural será montado em uma área 220m², que poderá ser acessado pela na Rua Harmonia, 126. Estão escalados: o baterista cubano Francisco Mela e seu The Crash Trio, com apresentação nos dois dias do festival, e duas grandes atrações do jazz nacional, o contrabaixista Thiago do Espírito Santo, fazendo um tributo a Jaco Pastorius (falecido há 30 anos) e o violinista Ricardo Herz, apontado pela crítica especializada como reinventor do instrumento no país.
Djs tocarão antes, entre e após as atrações no palco. Benehouse Trio, Alan Abbadia Trio e Gustavo Cintra Trio, fazem os shows de abertura nos tres dias - uma parceria com a Faculdade e Conservatório Souza Lima, espaço que abrigará também uma masterclass com Mela, no dia 25.
“O festival pretende promover o intercâmbio social e de educação e entrar para o calendário anual de eventos de São Paulo”, diz Thiago Amorim, que assina a curadoria e direção artística do festival.
Serviço de bar seguindo também a linha artsy da estrutura e decoração completam o programa.
O Bourbon Street Music Club, conhecido templo do jazz e do blues de São Paulo, foi escolhido para receber a festa de encerramento do festival no dia 29, com show de Francisco Mela and Crash Trio e abertura de Gustavo Cintra Trio.
O Jazz no Beco tem o patrocínio da Stella Artois através do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.
O Festival Jazz no Beco é uma realização e produção da Asenses e Tom Jazz Produções em parceria com Peck Produções e Eventos e Faculdade e Conservatório Souza Lima. A curadoria e direção musical é de Thiago Amorim.

Programação

Dia 25 de agosto – Sexta-feira
15h00 - Master class com o baterista cubano Francisco Mela

Dia 26 de agosto – Sábado - Beco do Batman
16h00 – DJ
17h00 – Benehouse Trio
19h00 - Tiago do Espírito Santo
21h00 – Francisco Mela and The Crash Trio

Dia 27 de agosto – Domingo - Beco do Batman
14h00 – DJ
15h00 – Alan Abbadia Trio
17h00 – Ricardo Herz Trio
19h00 – Francisco Mela and The Crash Trio

Dia 29 de agosto – Terça-feira – Bourbon Street
20h30 – Gustavo Cintra Trio
21h30 - Francisco Mela and The Crash Trio

Serviço
Dia 25/08/17 – Master Class
"The free side of jazz "
Master-Class com o baterista cubano Francisco Mela
Entrada franca.
Escola Souza Lima Jardins - Rua Jose Maria Lisboa, 745 - Jardins - Sao Paulo
Contato: Tel.: 11.3884-9149 - Ramal 4 - eventos@souzalima.com.br

Dias 26 e 27/08/17 – Beco do Batman
Rua Harmonia, 126
Horário: sábado dia 26/08 a partir 16h00 e domingo, dia 27/08 a partir das 14h00

Dia 29/08/17 – Bourbon Street
Local: Bourbon Street | Rua Dos Chanés, 127 – Moema – SP
Bilheteria Bourbon Street: Rua dos Chanés 194 – de 2ªf.a 6ª.f das 9h às 20h, sábado e feriado das 14h às 20h
Fone para reserva: (11) 5095-6100 (Seg. a sexta) das 10h às 18h
Horários shows: 20h30 show de abertura e 21h30 Francisco Mela and Crash Trio
Abertura da casa: 20h00
Duração: 120 min. aproximadamente
Couvert artístico: R$ 35,00
Venda também pela Ingresso rápido - 11 4003 1212 - www.ingressorapido.com.br
Capacidade: 550 pessoas
Estacionamento/ Valet: R$ 25,00
Aceita todos os cartões de débito e crédito.
Acessibilidade motora
Ar condicionado.
Wi-fi ( solicitar senha na casa)
Homepage: http://www.bourbonstreet.com.br/