Eugênio Martins Júnior
Volto
a dar espaço para a sempre polêmica cobrança do ECAD em atividades que envolvem
música. Dessa vez o órgão de arrecadação quer cobrar pelo uso e difusão de
vídeos postados no Youtube. Os sites e blogs serão os mais afetados.
Como
produtor musical, sempre respeitei a cobrança das taxas cobradas pelo ECAD por
acreditar que uma composição é propriedade intelectual de seu autor e uma de
suas fontes de renda. Mesmo não concordando com alguns cálculos ou algumas
metodologias aplicadas, sempre paguei os boletos que me foram enviados.
Por
outro lado, convivo com artistas diariamente e sei que eles raramente ou nunca
recebem os recursos advindos dessa arrecadação. Tanto as regras de arrecadação,
quanto a distribuição não são claras e os critérios não favorecem quem
realmente trabalha, no caso, os artistas e os produtores.
Como
já disse antes nesse mesmo espaço, não dá mais para conviver com essas taxas abusivas
e que encarecem os espetáculos. Assim como a emissão indiscriminada da carteirinha
de estudante, o ECAD é contra a cultura.
Só
mesmo as pessoas que não trabalham na área cultural e os oportunistas é que
defendem tais práticas. Aos primeiros, o benefício da ignorância. Aos outros, o
repúdio.
É
bom entender que tais cobranças são repassadas ao consumidor de cultura que
sempre acaba pagando a conta. Não é justo.
Veja
também: http://mannishblog.blogspot.com/2011/03/discussao-sobre-nova-regulamentacao-de.html
Segue texto publicado pela direção do youtube.
Segue texto publicado pela direção do youtube.
Postado por: Marcel Leonardi,
diretor de políticas públicas e relações Governamentais do Google Brasil
Os videos online
desenvolveram um novo universo de oportunidades para criadores de conteúdo.
Eles possibilitam que artistas, músicos, cineastas, ativistas de direitos
humanos, líderes mundiais e pessoas comuns levem seu trabalho para uma
audiência global. No YouTube, nos esforçamos para apoiar esse ambiente, onde
qualquer um pode se engajar, criar e dividir conteúdo. É por isso que vemos com
surpresa e apreensão o recente movimento do ECAD na cobrança direta a usuários
da ferramenta de inserção ("embed") do Youtube. Gostaríamos de
esclarecer qualquer incerteza sobre algumas questões que aconteceram em alguns
sites e blogs que inserem vínculos (embedam) a vídeos do YouTube, promovendo
visualizações e ajudando a dividir seus pensamentos e opiniões por meio de
vídeos:
1- Google e ECAD têm um acordo assinado, mas ele não permite nem endossa o ECAD a cobrar de terceiros por vídeos inseridos do YouTube. Em nossas negociações com o ECAD, tomamos um enorme cuidado para assegurar que nossos usuários poderiam inserir vídeos em seus sites sem interferência ou intimidação por parte do ECAD. Embora reconheçamos que o ECAD possui um papel importante na eventual cobrança de direitos de entidades comerciais, nosso acordo não permite que o ECAD busque coletar pagamentos de usuários do YouTube.
2- O ECAD não pode cobrar por vídeos do YouTube inseridos em sites de terceiros. Na prática, esses sites não hospedam nem transmitem qualquer conteúdo quando associam um vídeo do YouTube em seu site e, por isso, o ato de inserir vídeos oriundos do YouTube não pode ser tratado como “retransmissão”. Como esses sites não estão executando nenhuma música, o ECAD não pode, dentro da lei, coletar qualquer pagamento sobre eles.
3- O ECAD pode legitimamente coletar pagamentos de entidades que promovem execuções musicais públicas na Internet. Porém, o entendimento do ECAD sobre o conceito de “execução pública na Internet” levanta sérias preocupações. Tratar qualquer disponibilidade ou referência a conteúdos online como uma execução pública é uma interpretação equivocada da Lei Brasileira de Direitos Autorais. Mais alarmante é que essa interpretação pode inibir a criatividade e limitar a inovação, além de ameaçar o valioso princípio da liberdade de expressão na internet.
Nós esperamos que o ECAD pare com essa conduta e retire suas reclamações contra os usuários que inserem vídeos do YouTube em seus sites ou blogs. Desse modo, poderemos continuar a alimentar o ecossistema com essas centenas de produtores de conteúdo online. No YouTube, nós nos comprometemos a levá-los cada vez mais próximos a seu público graças à inovação tecnológica e a características sociais como compartilhamento, discussão e até inserção em outros sites, caso o próprio vídeo permita.
Continuaremos a oferecer a cada autor de conteúdo a opção de decidir se eles querem que seus vídeos tenham a opção de serem inseridos (embedados) ou também disponíveis para dispositivos portáteis ou telas maiores, usando o botão “editar informações” em cada um de seus vídeos. Essas opções também podem ser acessadas pelo http://www.youtube.com/my_videos.
1- Google e ECAD têm um acordo assinado, mas ele não permite nem endossa o ECAD a cobrar de terceiros por vídeos inseridos do YouTube. Em nossas negociações com o ECAD, tomamos um enorme cuidado para assegurar que nossos usuários poderiam inserir vídeos em seus sites sem interferência ou intimidação por parte do ECAD. Embora reconheçamos que o ECAD possui um papel importante na eventual cobrança de direitos de entidades comerciais, nosso acordo não permite que o ECAD busque coletar pagamentos de usuários do YouTube.
2- O ECAD não pode cobrar por vídeos do YouTube inseridos em sites de terceiros. Na prática, esses sites não hospedam nem transmitem qualquer conteúdo quando associam um vídeo do YouTube em seu site e, por isso, o ato de inserir vídeos oriundos do YouTube não pode ser tratado como “retransmissão”. Como esses sites não estão executando nenhuma música, o ECAD não pode, dentro da lei, coletar qualquer pagamento sobre eles.
3- O ECAD pode legitimamente coletar pagamentos de entidades que promovem execuções musicais públicas na Internet. Porém, o entendimento do ECAD sobre o conceito de “execução pública na Internet” levanta sérias preocupações. Tratar qualquer disponibilidade ou referência a conteúdos online como uma execução pública é uma interpretação equivocada da Lei Brasileira de Direitos Autorais. Mais alarmante é que essa interpretação pode inibir a criatividade e limitar a inovação, além de ameaçar o valioso princípio da liberdade de expressão na internet.
Nós esperamos que o ECAD pare com essa conduta e retire suas reclamações contra os usuários que inserem vídeos do YouTube em seus sites ou blogs. Desse modo, poderemos continuar a alimentar o ecossistema com essas centenas de produtores de conteúdo online. No YouTube, nós nos comprometemos a levá-los cada vez mais próximos a seu público graças à inovação tecnológica e a características sociais como compartilhamento, discussão e até inserção em outros sites, caso o próprio vídeo permita.
Continuaremos a oferecer a cada autor de conteúdo a opção de decidir se eles querem que seus vídeos tenham a opção de serem inseridos (embedados) ou também disponíveis para dispositivos portáteis ou telas maiores, usando o botão “editar informações” em cada um de seus vídeos. Essas opções também podem ser acessadas pelo http://www.youtube.com/my_videos.