segunda-feira, 18 de abril de 2011

Edgar Winter e Larry McCray deram o toque blues na Virada Cultural 2011


Apesar de ter começado no horário, às 20 horas em ponto, o show de Edgar Winter no sábado, dentro da Virada Cultural 2011, no Palco da Praça Júlio Prestes, teve problemas. Após ser anunciado com a empolgação que merece pelo apresentador do local, Winter entrou sem som nos P.A.s. O problema persisitiu por quase uma música inteira até os técnicos o solucionarem. A cena foi patética. Enquanto os músicos davam tudo de si no palco, a platéia não ouvia nada. Só depois de muita reclamação o negócio andou.
Winter ainda está em forma, mais do que o irmão Johnny, dois anos mais velho, mas muito mais debilitado pelo uso da quantidade absurda de drogas que consumiu através dos anos. Com uma banda de jovens músicos, Winter agradou a platéia com os clássicos de sempre: Frankestein, White Trash e Tobacco Road, esta dedicada ao irmão Johnny. O exagero nos duelos entre voz e guitarra que tomou boa parte do show encheu um pouco o saco, mas sua voz está intacta apesar da idade. Winter ainda põe os agudos nos lugares certos.
A Irmandade do Blues entrou em seguida convidando o tecladista Adriano Grineberg e o guitarrista norte-americano Larry McCray. A banda começou o show com uma versão bluesy de Rock And Roll do Led Zeppelin que ganhou a audiência, espertos os caras. Depois atacaram Boom Boom de John Le Hooker. Foi quando o Vasco Faé desceu do palco e foi parar no meio da galera tocando sua gaita com um microfone sem fio. Foi bem legal, os brasileiros estão aprendendo direitinho com os gringos. 
A primeira vez que vi isso acontecer foi com o Albert Collins no festival de Ribeirão Preto em 1989. Naquela época os instrumentos sem fio eram raridade e Collins possuia um cabo de uns cinquenta metros para realizar a proeza. Depois vi inúmeras vezes com o Buddy Guy e outros caras da pesada. 
Achei que o Larry McCray não estava em um dia inspirado, talvez porque o tempo do show fosse limitado para não atrasar os horários do festival, seus solos foram bem contidos.  Já vi shows deles muito mais selvagens do que o da Virada, mas mesmo assim rolou Soulshine e e Run For Your Life. Não rolou Blues Is My Business que eu estava esperando, mas valeu mesmo assim.
Pontos fracos da noite: 
1 -Na lotação do show da Rita Lee, bateram a minha carteira. Mas o filho da puta se deu muito mal. O dinheiro estava espalhado pelos bolsos da bermuda, não havia cartão de crédito  nem de banco e a carteira era mais antiga do que a fundação do Banco do Brasil. Portanto, seu verme, o tempo que você levou pra subtrair minha carteira te impediu de roubar outra pessoa que poderia ter tudo isso. 
2 - Guardas municipais insistiram em passar com uma viatura no meio da multidão do show do Misfits, demonstrando total despreparo. Simplesmente não havia como passar ali naquela hora. Em determinado momento, a turba passou a xingá-los e um deles sacou um revólver no meio da multidão. É muita incompetência.  

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