segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Morreu o Sam, da dupla Sam e Dave

 

Foto: Adam Bettcher/Getty Images

Sempre fui um cara cheio de teorias. Uma delas é a de que o blues criou a soul music, como fez com muitas outras vertentes da música norte-americana, para a soul music influenciar o blues. 
Explico. O blues é a matriz de todos os afroritmos, sejam eles religiosos, festeiros, sensuais ou contestadores. Nesse último caso, a soul music. Outro dia estava conversando sobre isso com o Igor Prado, guitarrista aqui do brasa que manja do assunto.
Os anos 60 foram o máximo para contracultura e para a construção das encruzilhadas musicais. E da consolidação de gravadoras pretas importantes como Motown, Stax, Atlantic Records. 
Os casts desses empreendimentos continham tudo o que nós amávamos. E ainda amamos. Se liga só: 
Motown: Marvin Gaye, Jackson 5, Stevie Wonder, Diana Ross, The Supremes, Lionel Richie, The Temptations, Martha and the Vandellas. 
Stax: Staple Singers, The Bar Keys, Booker T. & the MG’s, Lou Marini, Donald Duck Dunn, Stevie Crooper e todos aqueles feras de estúdio.
E a Atlantic Records, comprada pela Warner e, cujo catálogo possuía Ray Charles, La Vern Baker, Ben E. King, Solomon Burke, Otis Reding, Doris Troy, Rufus Thomas, Don Covay, Esther Philips, Wilson Pickett, Percy Sledge, Sam Cooke e... Sam e Dave.

Sam & Dave


A dupla lendária ecoa até hoje como as vozes mais importantes e emblemáticas da soul music. Sam & Dave está para a cultura estadunidense como Tonico e Tinoco está para a cultura brasileira. 
Em 1968, após o assassinato do reverendo Martins Luther King foram os artistas convidados a se apresentar em seu memorial devido à importância das suas presenças.
São os artistas que todos se inspiraram. De Os Irmãos Cara de Pau a The Commitments, que nós brancos passamos a conhecer por aqui, Sam Moore e Dave Prater (que morreu em 1988) são os caras que nos deram Soul Man, Hold On, I’m Comin’, Soothe Me, Come On, Come Over e a maravilhosa versão de We Can Work It Out e muitos mais hits. 
Tudo isso pra dizer que morreu a lenda Sam Moore na última sexta-feira, dia 10 de janeiro, aos 89 anos em Coral Gables, na Florida. 
Se hoje você ouve Bruce Springsteen, Michael Jackson e Al Green, e acha que eles são gênios, e são mesmo, é graças ao velho e grande Sam. Não aquele que costumam chamar de Tio. 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Brazilian Blues Band comemora trinta anos com cinco datas em São Paulo

Cruzeiro, São Paulo, Santos, Campinas e Vinhedo recebem a banda em janeiro numa grande celebração do blues nacional


A Brazilian Blues Band, um dos grandes nomes do blues brasileiro, celebra 30 anos de carreira com uma série de shows. 
A turnê passará por cinco cidades do estado de São Paulo, no mês de janeiro, com a produção da Mannish Boy Produção Artísticas, de Santos.
O quinteto formado pelos músicos Luiz Kaffa (voz), Marssal Leones (teclado), Rairy de Carvalho (guitarra), Leandro Godoi (baixo) e Eduardo Camargo (bateria), se apresentará no IMB Jazz Club (Cruzeiro), Bourbon Street Jazz Club (São Paulo), Quintal da Veia (Santos), Espaço Reúne (Campinas) e Mercado das Artes (Vinhedo). 
As noites serão únicas para aqueles que apreciam o Blues/Rock cantado em português, com um repertório autoral que percorre as três décadas de história da banda, incluindo seus maiores sucessos e homenagens a Celso Blues Boy – do qual o quinteto foi banda de apoio em inúmeros shows –, Erasmo Carlos, Barão Vermelho, entre outros.

Uma Trajetória de Sucesso - Entre o tempo e a música, segue o Blues Brasileiro. Fundada em 1994, o quinteto brasiliense já lançou três discos de estúdio, fez duas turnês pela Europa e inúmeros shows pelo Brasil. 
É nesse ritmo constante que a Brazilian Blues Band completa 30 anos de estrada, história e muita música em 2024.
Com a formação atual, que mistura músicos experientes e talentosos, a banda tem se destacado pela qualidade de suas apresentações ao vivo e pela habilidade de transitar entre o Blues/Rock clássico e o mais contemporâneo, sempre com uma pegada única e embebida de música afrobrasileira.
Entre as duas turnês na Europa e os inúmeros shows pelo Brasil, podemos dar destaque para os principais festivais e casas do gênero pelo país: Clube do Blues de Santos (SP); Rio das Ostras Jazz & Blues Festival (RJ); Vijazz (Viçosa/MG); Fest Bossa n’ Jazz (Pipa/RN); Festival Jazz e Blues de Guaramiranga (CE); Festival BB Seguridade de Blues e Jazz (DF); República Blues (DF); Circo Voador (RJ); Bourbon Street (SP), Universo Paralello (BA), entre outros. 
A Brazilian já dividiu o palco com atrações de peso, como Blues Etílicos, Celso Blues Boy, Armandinho Macedo, Nuno Mindelis, Hermeto Paschoal, Rita Lee, Zeca Baleiro, Toninho Horta, Maria Gadú, Rodrigo Suricato, Fernando Magalhães, além dos artistas internacionais Stanley Jordan, T.M. Stevens, Mud Morganfield e Billy Cobham.

O Show - A Brazilian Blues Band completou 30 anos de estrada no ano de 2024. Dando continuidade à carreira sólida e árdua, o trabalho independente gerou mais um resultado neste ano de comemoração: o lançamento de Agregue-se, 4º álbum de estúdio com músicas inéditas, homenageia o guitarrista e amigo Greg Wilson (Blues Etílicos), morto no ano passado.
O trabalho foi gravado em Brasília e São Paulo, com a produção musical de Dillo e participações de Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Adriano Grineberg e Seu Pereira (Seu Pereira e Coletivo 401). A proposta de show inclui a apresentação das canções inéditas e de músicas que compõem a trajetória do grupo de Blues Rock durante os 30 anos de história. O novo trabalho foi lançado na íntegra no dia 16 de novembro de 2024 em todas as plataformas digitais e em tiragem impressa. 
Os shows serão mais um marco na carreira da banda e prometem ser uma verdadeira celebração do Blues/Rock brasileiro. 
O público poderá conferir clássicos da banda, como “Um Gigante”, “Cachaça, Fumaça e Rock n’Roll”, além de versões especiais de músicas que marcaram a carreira da Brazilian Blues Band. 
Além disso, a banda promete surpresas, como participações especiais e uma seleção de músicas inéditas que refletem a evolução do som da banda ao longo dessas três décadas. 

Os ingressos e demais informações sobre os shows estão disponíveis na página das respectivas casas. Não perca a chance de viver essa experiência única e celebrar o legado da Brazilian Blues Band.

Data - 14/01/25 - Local - IMB – Cruzeiro.
Ingressos - R$ 30,00 na portaria.
Horário do show - 18h30.
Endereço - Rua Sete de Setembro, 947.

Data - 15/01/25 - Local - Bourbon Street Music Club – São Paulo. 
Participação de Big Chico
Ingressos - R$ 65,00 
Horário do show - 21h.
Endereço - Rua dos Chanés, 127 – Moema.

16/01/25 - Quintal da Véia – Santos. 
Participação de Carla Mariani
Couvert - R$ 20,00 
Horário - 20h. Duas entradas de 40m.
Endereço - Rua Julio Conceição, 263 – Encruzilhada - Santos 
 
17/01/25 - Espaço Reúne, Comida e Cultura – Campinas.
Horário – 20h.
Endereço - Rua Josepha Maria Antonio Picelli, 53 – Barão de Geraldo - Campinas

18/01/25 - Mercado das Artes – Vinhedo.
Ingressos – R$ 40,00 (via Sympla) e R$ 50,00 na porta.
Horário do show – 20h.
Endereço - Estrada da Boaiada, 1877 - Vinhedo

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Santos fecha 2024 com muito blues em palco na Rua XV: JJ Thames, Lancaster, Irmandade do Blues e Carla Mariani. TUDO GRÁTIS

Shows que aconteceriam em 08 de dezembro e foram adiados por causa da chuva acontecem no Centro Histórico no sábado, dia 28 de dezembro, a partir das 13h

JJ Thames

JJ Thames e Prado Brothers - De volta ao Brasil, a cantora americana J.J. Thames desembarca para uma nova tour trazendo seu show fazendo a combinação com muito blues, rock e Soul. 
Inspirada em grandes artistas como Etta James e Koko Taylor, "The Hurricane" como J.J. é chamada, hoje reside em Las Vegas e trará na bagagem seus dois álbuns aclamados no topo da lista da Billboard desta vez estará acompanhada pelos paulistanos Igor Prado, renomado guitarrista e produtor musical da cena Blues, e Yuri Prado, baterista e percussionista especialista em ritmos latinos, jazz, blues e afins, os Prado Bothers.”

Lancaster e Ana Clemesha

Lancaster e Ana Clemesha – Blues de Pai para Filha - Ao celebrar 35 anos de carreira o guitarrista Lancaster Ferreira recebeu o maior presente que a vida poderia ter lhe dado: sua filha Ana Clemesha, finalista do reality The Four Brasil 2020, entrou para sua banda de blues como vocalista principal.
A parceria de pai e filha já ocorrera esporadicamente em diversas apresentações locais, mas foi em 2022 que a dupla iniciou um trabalho de gravação e turnês que logo encantou as platéias por onde passaram. 
Participaram juntos do Festival de Blues e Jazz de Buzios, Paraty, Rio das Ostras, Ibitipoca Blues além de apresentações no Bourbon Street Music Club de São Paulo e circuito de blues do interior paulista. Em 2022 Ana e Lancaster gravaram também uma série de três vídeos que a consagraram como uma das revelações do blues brasileiro. 
Uma das grandes atrações do show Blues de Pai para Filha é a interação entre Lancaster e Ana. Alternando solos de guitarra como solos de voz a dupla cria diálogos musicais de improviso.

Irmandade do Blues

Irmandade do Blues - A Irmandade do Blues, banda do ABC Paulista, comemorou 30 anos de carreira em 2022 com nova fase em trio, formado por Vasco Faé (voz, guitarra e gaita), Sílvio Alemão (Contrabaixo e backing vocals) e Fernando Loia (bateria e backing vocals). 
O nome Irmandade do Blues é hoje sinônimo de refinamento musical e uma das mais conceituadas e respeitadas bandas do gênero no Brasil, reconhecimento que em muito se dá pela mescla de composições próprias e desconcertantes versões roqueiras temas clássicos do blues com peso, brilho e elegância. Entre eles, Down In Mississippi (J. B. Lenoir), Hard Times (Skip James), Muddy Water’s Blues (Paul Rodgers), When Love Comes to Town (Bono Vox/BB King), Hallelujah (Leonard Cohen) e a sua primeira versão em português homenageando o grande Dominguinhos, Eu Só Quero Um Xodó (Dominguinhos/Anastácia), além das músicas autorais.

Carla Mariani

Carla Mariani - Vencedora do 6º Prêmio Profissionais da Música na categoria Blues em 2021, Crla Mariani é cantora, compositora e produtora cultural. Na estrada há quase 20 anos, já se apresentou em palcos e festivais de grande visibilidade: Virada Cultural Paulista, Santos Jazz Festival, Bourbon Street e Teatro Coliseu de Santos. 
Em 2011 formou sua primeira banda de blues e jazz e desde então tem se dedicado a eles. Suas canções autorais têm uma base forte dessas linguagens e, a cada ano, a artista lança novas músicas inspirada nesses estilos. Em 2017, lançou seu primeiro trabalho autoral, o EP "Time", e a partir daí não parou mais de compor novas músicas. Ela tem lançados um álbum, dois EPs e diversos singles.

O evento – Em 2022 o Clube do Blues conquistou um lugar especial no coração dos santistas, foi o primeiro festival a ocupar o palco da Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra e o Jardim Botânico da Zona Noroeste, levando mais cultura à população dessas regiões. 
Já oficialmente incorporado ao calendário de eventos da cidade de Santos, o festival completa 16 anos em 2024.  

Realização: Em 2024 a realização do Clube do Blues de Santos só é possível com parcerias fundamentais, o Sesc Santos, Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Cultura. E os apoios culturais de Secretaria de Turismo de Santos, Arte no Dique, Cantina Di Lucca, Cervejaria Cais, Clube do Choro de Santos, Quintal da Véia, Mucha Breja, Novotel, Santos Best Coffe e Tasca do Porto. 
E ainda os vereadores Cacá Teixeira, Débora Camilo, Lincoln Reis, Telma de Souza e Zequinha Teixeira, que destinaram emendas parlamentares para o fomento da cultura. 

Histórico - O mês de abril foi o escolhido em comemoração ao nascimento de Muddy Waters, artista revolucionário do blues mundial e o nome que sintetizou o blues rural do Mississippi na música urbana de Chicago, influenciando milhares de músicos ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde os músicos misturaram o blues com os nossos ritmos. Excepcionalmente em 2024 o Clube do Blues acontecerá em maio. 
O Clube do Blues de Santos já trouxe inúmeros artistas do estilo musical a cidade. Entre os brasileiros, Ari Borger, Márcio Abdo, Jefferson Gonçalves, Big Joe Manfra, Big Gilson, Robson Fernandes, Fábio Brum, Mauro Hector, Caviars Blues Band, Ivan Márcio, Giba Byblos, Igor Prado Band, Eric Assmar, Brazilian Blues Band e muitos outros. Entre os estrangeiros, Larry McCRay, Eric Gales, Shirley King, Tia Carrol, Peter Madcat, Jon McDonald, Sax Gordon, Raphael Wressnig, Kenny Brown, Aki Kumar, James Wheeler, Lynwood Slim.

Serviço:
Show: Clube do Blues de Santos 2024
Local: Rua XV de Novembro – Centro de Santos
Data: Sábado, 28 de dezembro
Atrações: Carla Mariani, 13h; Irmandade do Blues, 14h30; Lancaster e Ana Clemesha, 16h e JJ Thames e Prado Brothers, 17h30.
Ingresso: GRÁTIS

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Santos será a capital do Blues com o Clube do Blues 2024

 Há três anos no calendário de eventos oficiais da cidade, o CLUBE DO BLUES DE SANTOS recebe Carla Mariani, Lancaster, Irmandade do Blues, JJ Thames e Prado Brothers. O festival é produzido pela Mannish Boy Produções, com apoio da Prefeitura e Sesc Santos. Os shows são na Lagoa da Saudade.

Irmandade do Blues

As Atrações - A abertura, em abril, foi com uma banda que nunca havia pisado nas areias de Santos, a Brazilian Blues Band, em show lotado no Sesc Santos, um dos grandes parceiros do festival desde a primeira edição, em 2008.
A próxima data será neste domingo, dia 08 de dezembro, com shows na Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra, de forma gratuita. 
A presença das mulheres está garantida com a cantora JJ Thames e a nossa Carla Mariani, abrindo e fechando o festival, respectivamente.
Após a abertura de Mariani, o guitarrista Lancaster faz um tributo ao  seu grande ídolo, o lendário Freddie King, um dos guitarristas mais cultuados do blues. 
O trio Irmandade do Blues traz seu blues rock a Santos para contar a história de seus 30 anos de carreira. Fechando o dia, a cantora JJ Thames também conta suas histórias de vida acompanhada pelos Prado Brothers, Igor e Yuri.   
Reiterando ainda a intenção do Clube do Blues em levar atrações para bairros periféricos de Santos, além dos shows no morro, realizaremos três oficinas inéditas, preparadas especialmente para essa ocasião com o especialista em ritmos afro-americanos, Yuri Prado. 
O evento – Em 2022 o Clube do Blues conquistou um lugar especial no coração dos santistas, foi o primeiro festival a ocupar o palco da Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra e o Jardim Botânico da Zona Noroeste, levando mais cultura à população dessas regiões. 
Já oficialmente incorporado ao calendário de eventos da cidade de Santos, o festival completa 16 anos em 2024.  

Yuri e Igor Prado

Realização - Em 2024 a realização do Clube do Blues de Santos só é possível com parcerias fundamentais, o Sesc Santos, Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Cultura. Os apoios culturais de Arte no Dique, Cantina Di Lucca, Cervejaria Cais, Clube do Choro de Santos, Quintal da Véia, Mucha Breja, Novotel e Tasca do Porto. 
E ainda os vereadores Cacá Teixeira, Débora Camilo, Lincoln Reis, Telma de Souza e Zequinha Teixeira, que destinaram emendas parlamentares para o fomento da cultura. 
Histórico - O mês de abril foi o escolhido em comemoração ao nascimento de Muddy Waters, artista revolucionário do blues mundial e o nome que sintetizou o blues rural do Mississippi na música urbana de Chicago, influenciando milhares de músicos ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde os músicos misturaram o blues com os nossos ritmos. Excepcionalmente em 2024 o Clube do Blues acontecerá em maio. 
O Clube do Blues de Santos já trouxe inúmeros artistas do estilo musical a cidade. Entre os brasileiros, Ari Borger, Márcio Abdo, Jefferson Gonçalves, Big Joe Manfra, Big Gilson, Robson Fernandes, Fábio Brum, Mauro Hector, Caviars Blues Band, Ivan Márcio, Giba Byblos, Igor Prado Band, Eric Assmar, Brazilian Blues Band e muitos outros. Entre os estrangeiros, Larry McCRay, Eric Gales, Shirley King, Tia Carrol, Peter Madcat, Jon McDonald, Sax Gordon, Raphael Wressnig, Kenny Brown, Aki Kumar, James Wheeler, Lynwood Slim.

JJ Thames

JJ Thames e Prado Brothers - De volta ao Brasil, a cantora americana J.J. Thames desembarca para uma nova tour trazendo seu show fazendo a combinação com muito blues, rock e Soul. 
Inspirada em grandes artistas como Etta James e Koko Taylor, "The Hurricane" como J.J. é chamada, hoje reside em Las Vegas e trará na bagagem seus dois álbuns aclamados no topo da lista da Billboard desta vez estará acompanhada pelos paulistanos Igor Prado, renomado guitarrista e produtor musical da cena Blues, e Yuri Prado, baterista e percussionista especialista em ritmos latinos, jazz, blues e afins, os Prado Bothers.”

Lancaster e Tributo a Freddie King

Lancaster – Tributo a Freddie King Um dos pioneiros do blues nacional, Lancaster Ferreira, apresenta em Santos, ao lado de uma super banda, o show Freddie King Tribute.
O álbum, gravado gravado ao vivo foi lançado em agosto em todas as plataformas digitais.
No repertório, clássicos como Pack It Up, She’s a Burglar, Going Down, Woman Across The River, Same Old Blues, Tore Down, entre outros, celebram a mistura explosiva de soul, blues e rock típica de Freddie King.
Para esse tributo Lancaster reuniu um time de feras: Alexandre E. Campos (voz), Adriano Moreira (bateria) Marcos Manfredini (baixo), João Leopoldo (teclados) e ele próprio como guitarrista. 

Carla Mariani

Carla Mariani - Vencedora do 6º Prêmio Profissionais da Música na categoria Blues em 2021, Carla Mariani é cantora, compositora e produtora cultural. Na estrada há quase 20 anos, já se apresentou em palcos e festivais de grande visibilidade: Virada Cultural Paulista, Santos Jazz Festival, Bourbon Street e Teatro Coliseu de Santos. 
Em 2011 formou sua primeira banda de blues e jazz e desde então tem se dedicado a eles. Suas canções autorais têm uma base forte dessas linguagens e, a cada ano, a artista lança novas músicas inspirada nesses estilos. Em 2017, lançou seu primeiro trabalho autoral, o EP "Time", e a partir daí não parou mais de compor novas músicas. Ela tem lançados um álbum, dois EPs e diversos singles.

Irmandade do Blues - A Irmandade do Blues, banda do ABC Paulista, comemorou 30 anos de carreira em 2022 com nova fase em trio, formado por Vasco Faé (voz, guitarra e gaita), Sílvio Alemão (Contrabaixo e backing vocals) e Fernando Loia (bateria e backing vocals). 
O nome Irmandade do Blues é hoje sinônimo de refinamento musical e uma das mais conceituadas e respeitadas bandas do gênero no Brasil, reconhecimento que em muito se dá pela mescla de composições próprias e desconcertantes versões roqueiras temas clássicos do blues com peso, brilho e elegância. Entre eles, Down In Mississippi (J. B. Lenoir), Hard Times (Skip James), Muddy Water’s Blues (Paul Rodgers), When Love Comes to Town (Bono Vox/BB King), Hallelujah (Leonard Cohen) e a sua primeira versão em português homenageando o grande Dominguinhos, Eu Só Quero Um Xodó (Dominguinhos/Anastácia), além das músicas autorais. 

Programação Clube do Blues de Santos 2024
08/12 - Clube do Blues – Lagoa da Saudade
14h30 - Carla Mariani (Santos)
16h00 – Lancaster – Tributo a Freddie King (SJC) 
17h30 - Irmandade do Blues (Santo André)
19h - JJ Thames e The Prado Brothers (EUA+BRA)

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Lagoa da Saudade recebe Stefano Moliner e Bocato e muito mais na 3ª edição de Do Choro ao Jazz

O evento acontece no sábado, dia 07 de dezembro, a partir das 15h no seu palco tradicional no Morro da Nova Cintra. E as oficinas ocorrem espalhadas pela cidade, Zona Noroeste, Centro e Morros. Tudo grátis.

Stefano Moliner e Bocato

Criado para abrigar todos os estilos musicais produzidos no Brasil, o festival Do Choro ao Jazz chega ao seu terceiro ano, com mais uma tarde com grandes atrações. 
O sábado, dia 07 de dezembro, começa com o show Três + 1, nada mais do que Débora Gozzoli (flauta) e Marcos Canduta (violão) - o duo Choro de Bolso - e dois convidados especiais, Danilo Oliveira (baixo) e Fabiano Guedes (bateria). 
Em seguida, a cantora Monna apresenta o show Elis in Jazz e mostra mostra porque é tão querida pelos santistas, cantando muita música brasileira, acompanhada pela sua grande banda. 
A água da Lagoa da Saudade esquenta com Digo Maransaldi e seu Balanzê, tocando músicas suas e clássicos da música preta brasileira. 
O dia acaba com o jazz fusion de Stefano Moliner Quinteto convida Bocato para uma experiência extrema pela música instrumental.  

Histórico: nos dois anos anteriores o festival recebeu grandes artistas, entre eles, Thadeu Romano, Joabe Reis, Caimmy In Jazz, Electric Miles, Choro de Bolso, Digo e a Faixa Preta, Sol Carvalho, Rafa laranja, A.B.E.C.C.A. e Bitencourt Duo.

Realização: Em 2024 a realização do Do Choro ao Jazz só é possível com parceria fundamental com a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Cultura. Os apoios culturais de Arte no Dique, Cantina Di Lucca, Cervejaria Cais, Clube do Choro de Santos, Quintal da Véia, Mucha Breja, Novotel e Tasca do Porto. 
E ainda os vereadores Débora Camilo, Lincoln Reis, Telma de Souza e Zequinha Teixeira, que destinaram emendas parlamentares para o fomento da cultura.

Stefano Moliner – O contrabaixista dedica-se ao estudo da música improvisativa, como o jazz e a música brasileira, desenvolvendo composições próprias baseadas na pesquisa de ritmos brasileiros em uma estética contemporânea. É formado em Música Popular, pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, em MPB e Jazz, pelo Conservatório Dramático de Tatuí, e em Artes Plásticas, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
Bocato – Ytacir Bocato Júnior é uma referência em seu instrumento, o Trombone. É considerado um dos grandes mestres brasileiros da música instrumental. Ele nasceu em São Bernardo do Campo, mas é um dos músicos mais respeitados da cena paulistana de jazz, tendo se apresentado ao lado de  Leny Andrade, João Donato, Seu Jorge, Rita Lee, Ney Matogrosso, Roberto Carlos, Elis Regina, Carlinhos Brown, Itamar Assumpção e Vange Milliet, entre outros. 

Digo Maransaldi e A.B.E.C.C.A., o Balanzê

Balanzê - O projeto musical Balanzê nasceu de uma emergência em renovar os momentos dançantes, mostrando a beleza que o novo traz e celebrando a força de quem untou o chão, Balanzê entra na avenida com o swing da música preta, resistência cultural e política de nosso país. De uma ideia que veio das mentes e corações de Abecca e Digo Maransaldi em meados de 2022. O show da Balanzê é a mistura, fogo, som, afrobeat, das miçangas do povo Banto, até o atabaque das rodas de capoeira. É pra dançar a valer.

Monna

Monna e Banda – Show “Elis in Jazz” - os shows da cantora Monna vêm cada vez mais freqüência de um fã clube apaixonado que a acompanha em todos os palcos. Ele vem se formando também como compositora instrumental, inspiração que traz em mais de uma década de estudo clássico no Conservatório, quando criança. Fã declarada de Chiquinha Gonzaga, ela compôs “Baião Dobrado” especialmente para seu novo EP, desbravando a cena numa área predominantemente masculina. 
A versátil @monna.br & Banda farão o show “Elis no Jazz”, com o repertório em homenagem à Elis Regina e ao seu histórico show realizado no Festival de Jazz de Montreux em 1979.

Choro de Bolso

Três + 1 – Choro de Bolso, o duo mais querido de Santos, composto por Débora Gozzoli e Marcos Canduta, convida o baterista Fabiano Guedes e o Baixista Danilo Oliveira para apresentar releituras de clássicos do cancioneiro brasileiro, além de composições próprias de Marcos Canduta. Entre os temas propostos: Cheguei (Pixinguinha), A Volta do Boêmio (Adelino Moreira), Ronda de Paulo (Paulo Vanzolini) e muito mais.

Fabiano Guedes

Oficina Pensando os Ritmos Brasileiros por Fabiano Guedes - “Tendo em vista o distanciamento que há nos dias hoje entre boa parte dos jovens e o conhecimento da cultura musical brasileira, entendo que a oficina Pensando Ritmos Brasileiros como uma maneira de estreitar a relação dos jovens com nossos ritmos”. O baterista Fabiano Guedes irá dissertar sobre o samba, bossa-nova, maracatu, baião entre outros, trazendo para o público uma iniciação a percepção de ritmos e técnicas musicais.
Músico e educador com mais de 30 anos de experiência em diversos gêneros musicais, incluindo 
jazz, blues e música instrumental. Atua também como educador social no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, coordenado pela Secretária e Desenvolvimento Social de Santos.

Rodrigo "Digão" Braz

Baterias Brasileiras por Rodrigo "Digão" Braz - As baterias das escolas de samba possuem uma relação intrínseca com as baterias convencionais de combos, no sentido de que ambas buscam estruturar a música por meio de ritmos sólidos e pulsantes, sustentando e direcionando a performance. No samba, a batucada é mais que uma simples execução rítmica; ela carrega uma carga histórica e cultural, sendo composta por células rítmicas que formam um tecido musical orgânico, onde improviso e tradição se encontram. Cada toque, cada frase rítmica na bateria de uma escola de samba reflete uma regionalidade, um sotaque musical único, que, quando transposto para o contexto de uma bateria de combo, exige uma adaptação técnica e estilística. Enquanto nas escolas de samba a bateria é um conjunto de vozes unidas que interagem entre si, no combo o baterista se torna o protagonista, realizando uma síntese de todo aquele universo rítmico. Assim, o domínio dessas células rítmicas e frases do samba, aliado a uma sensibilidade técnica, permite ao baterista de combo criar uma base sólida, ao mesmo tempo inovadora, para suas composições. O empírico e o acadêmico se encontram nesse processo, onde a tradição do samba se encontra com o conhecimento técnico da bateria convencional, criando uma ponte entre o popular e o erudito.

Programação Do Choro ao Jazz 
Oficinas percussão
28/11, ás 14h – Fabiano Guedes – Sambodromo/Contra turno escolar 
04/12, às 16h30 – Fabiano Guedes - Clube do Choro – Escola do Choro - Centro 
05/12, às 14h – Digão - Simpósio do Samba - Futrica - Centro

07/12 - Do Choro ao Jazz – Lagoa da Saudade
14h30 - Três +1
16h - Monna e Banda 
17h30 - Balanzê
19h - Stefano Moliner Quinteto convida Bocato

Serviço:
Lagoa da Saudade - Morro da Nova Cintra
Clube do Choro de Santos - Rua Quinze de Novembro, 68 - Centro
Futrica - Rua Quinze de Novembro, 146 - Centro
Shows e oficinas grátis

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Tyrone Vaughan fala sobre o Texas style de Jimmie e Stevie

Tyrone Vaughan

Texto e fotos: Eugênio Martins Júnior

Sim, estava chovendo, com neblina e o trânsito estava complicado. Quem está acostumado a ler minhas entrevistas aqui sabe que moro em Santos e subo a serra do mar para trocar essas ideias com os artistas que tocam na capital.
Dessa vez foi com o Tyrone Vaughan, única apresentação do guitarrista e cantor em Sampa, show no Bourbon Street em 23 de outubro de 2024. Nabanda, Gui Cicarelli (guitarra) Marcos Klis (baixo),  
Assim como os sobrenomes Coltrane, Winter, Copeland, Neville, Allman, Marsalis, Burnside e Brooks, o imaginário dos fãs de música já assimilou o gênero musical “blues” ao sobrenome Vaughan como uma coisa só. Eles se completam e se realimentam.  
Tyrone é filho de Jimmie Vaughan e sobrinho do lendário Stevie Ray Vaughan. Se o peso do nome gera comparações, também abre portas. Como dizia Caetano: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
E Tyrone usa a vantagem. Em seu show do Bourbon Street ele tocou e cantou Tin Pan Alley, Cold Shot, Little Wing, Voodoo Child, por aí...
Na sua estrada, Tyrone Vaughan participou do Royal Southern Brotherhood, brodagem com Cyril Neville e outros malandros lá de New Orleans e em 2017 gravou o The Milligan Vaughan Project com o cantor Millford Millgan, um petardo com 11 temas. Um bom disco.
Assim como Lurrie Bell e Chris Cain, essa foi mais uma entrevista viabilizada pelo produtor argentino que está sempre trabalhando com blueseiros pelas bandas tupiniquins, Mariano Cardozo.


Eugênio Martins Júnior – Acho que todo mundo deve perguntar isso pra você por motivos óbvios: Como foi sua infância musical?
Tyrone Vaughan – Cresci em Austin, Texas, uma das grandes cidades do blues. Uma cidade musical com inúmeros ritmos, country, R&B, blues, rock and roll. É muito legal crescer em uma cidade assim. Meu pai e meu tio são expoentes da imigração de Dallas para aquela cidade e depois fazendo parte da cena blues da cidade. Muitas pessoas tocavam lá e eu fui a muitos shows, como James Brown, Otis Rush, Bobby Bland, Albert Collins, Muddy Waters. Na coleção de discos dos meus pais tinha muita soul music e blues. Tive um rico contato com o blues desde criança. 

EM – O Texas sempre foi terra de grandes blueseiros, como Johnny Copeland, T Bone Walker, Jimmie e Stevie. E com certeza Austin é uma cidade emblemática. Como está a cena atualmente?
TV – Continua viva. Alguns clubes ainda estão lá The Continental Club, C Boys, Antone’s. Você consegue ver muita música ao vivo. Consegue ver artistas das antigas tocando por lá. 

EM – O Antone’s ainda resiste? A casa é bem antiga. 
TV – Sim, vou tocar lá em dezembro. Então, Austin ainda continua sendo um destino musical para a música ao vivo.

EM – Qual a principal lição aprendida com o teu pai?
TV – Não só tocar guitarra, mas cantar também. Usar a voz. Ele sempre foi uma inspiração fazendo sua própria música. É o que tenho tentado fazer ao longo dos anos.


EM – Com todo o respeito, entre Jimmie e Stevie, onde o estilo de Tyrone se situa?
TV – Você mesmo já disse, em algum lugar “entre”. (risos) Bem no meio. Meu pai é o rei de uma nota só, do groove, do ritmo, ele desenvolve uma história tocando. E Stevie também fazia isso de certa forma. Há alguma similaridade entre ambos. Mas Stevie tinha muito fogo, muita paixão. Ele tocava por horas todos os dias, durante anos. Tocava, tocava, tocava. Cinco, seis horas por dia. Show após show, após show. Meu pai é mais centrado, mais reservado. Stevie era exagerado (over the top), mais agressivo. Então estou entre ambos. Posso tocar igual ao meu pai, posso tocar um pouco como Stevie, mas há a originalidade na música de Tyrone.  

EM – Sim, é outra época também.
TV – Exatamente. Não estamos mais nos anos 70 e 80. Aqueles dias se foram.

EM – E tendo em mente que Jimmie ensinou Stevie.
TV – Sim e me ensinou também.

Gui Cicarelli

EM - Gostaria que falasse sobre a passagem pelo Royal Southern Brotherhood.
TV – Siiiim! Com Cyril Neville, dos Neville Brothers. Ele era o frontman e eu o acompanhava. Fizemos shows na Austrália, Canadá, nos Estados Unidos em 2014. Fiquei por seis anos. Gravamos dois discos. Foi um grande prazer tocar a música baseada em New Orleans. E eu levei meu estilo texano para o som da banda.

EM – Essa banda ainda existe?
TV – Tocamos pouco nos últimos anos, mas ainda está em aberto.  

EM – Me fale sobre The Milligan Vaughan Project, sua parceria com o cantor Malford Milligan. E sobre o ótimo primeiro álbum.
TV – Tocamos cerca de um ano juntos. Milford tem restrições de saúde para viagens longas. Fizemos alguns grandes shows no Texas. Escrevemos boas canções e tivemos uma química muito boa. Fiquei satisfeito com o resultado. Ele é um grande cantor de blues de Austin. 

EM – Há algum projeto à vista?
TV – Estou em meio às gravações de um álbum. Hoje a noite vou tocar algumas canções desse trabalho, Punish My Crime, Let’s Find Out, novas canções de blues. Espero poder lançá-lo até junho de 2025.   

EM - Li que Jimmie e Stevie te deram algumas guitarras. Gostaria que falasse sobre elas.
TV – Quando era criança Stevie me deu duas guitarras. Ele foi ao meu quinto aniversário e me presenteou com uma guitarra. E quando tinha sete me deu outra. E meu pai o ensinou a tocar. Ele foi uma grande influência para Stevie. Na cabeça de Stevie, Tyrone teria que ser guitarrista. Ele próprio me inspirou a tocar. Eu tinha dezessete anos quando Stevie morreu. Quando fiquei mais velho meu pai viu que eu realmente poderia tocar e me deu mais duas guitarras. Minha primeira Strat (Fender Stratocaster) aos dezoito anos. Mais tarde, quando formei uma banda e precisei de um segundo instrumento ele me deu outra. Cheguei pra ele e disse: “Ei, preciso de outra guitarra”. Ele disse que eu estava com sorte e tirou cinco guitarras de suas caixas e colocou uma ao lado da outra. Uma verde, uma branca, uma vermelha, uma branca e uma cor de creme muito especial. Ele me disse que a guitarra creme era muito especial. Meu pai tinha um hot rod da mesma cor e que aquela guitarra dói pintada com a mesma tinta usada no carro. 


EM – Era um instrumento único.
TV – Sim, e não só a pintura. O braço, os trastes os captadores foram escolhidos por Jimmie. Eu disse que queria aquele e ele me disse: “Certo, pode pegar”. (Risos). Cara, que sorte.            

EM - Como tem sido a turnê na América do Sul e especialmente no Brasil?
TV – É minha segunda turnê na América do Sul. Passei bons momentos há uns dois anos e estou agradecido de fazer isso de novo. Toquei em Buenos Aires na Argentina e aqui no Brasil vim para nove shows. Toquei em Maringá, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Cascavel, Porto Alegre e outras. 

EM – E o que vai rolar hoje?
TV – Esse é o ponto alto da turnê. Tocar aqui no velho Bourbon Street, essa casa ao estilo New Orleans, apadrinhada por B.B. King desde 1993 é demais. Você consegue sentir o blues no local. O lugar soa bem, as pessoas são apaixonadas. Vou ser acompanhados por músicos locais que sabem o que fazem. E vou apresentar algumas canções novas hoje. 

EM – Já que você mencionou, teve contato com a cena blues e artistas brasileiros nessas duas incursões? 
TV – Sim, e é interessante porque o blues ETA tão vivo e bem por aqui. Vejo que esses rapazes são apaixonados e estudiosos. Está sendo fácil para mim rodar o país e tocar com esses caras. Me sinto fazendo parte dessa comunidade, e grato por me aceitarem.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Mundo do jazz perde dois be bopers da pesada, Lou Donaldson aos 98, e Roy Haynes, aos 99

 

Lou Donaldson (Foto: Getty Images)

Em um intervalo de três dias o mundo do jazz perdeu dois grandes jazzistas da geração dos grandes be bopers.
O saxofonista Lou Donaldson morreu em 09 de novembro aos 98 anos e o baterista Roy Haynes em 12 de novembro aos 99 anos, apenas quatro meses de completar 100 anos.
Ambos estavam em New York quando a turma de Dizzie Gilespie e Charlie Parker fundou o be bop, elevando o jazz à grande arte. 
Lou Donaldson liderou grupos com os remanescentes do bebop, entre eles, Horace Silver, Art Taylor, Art Blakey, Percy Heath, Kenny Dorham, Clifford Brow e Philly Joe Jones.
Lutou na II Guerra Mundial e também nas fileiras do The Jazz Messengers, prolífico e lendário grupo liderado pelo baterista Art Blakey, participando de um dos primeiros discos do gênero hard bop, A Night at Birdland.
Nos anos 60 deu um gás na carreira gravando bons discos no selo Blues Note. O público fora do jazz percebeu seu nome em 1967, quando gravou Ode To Billy Joe, de Bobbie Gentry, um dos maiores sucessos da época, com o jovem George Benson na guitarra.  Recomendo os álbuns Alligator Bogaloo, "Lou Donaldson at His Best e Wailing With Lou.

Roy Haynes (Foto: Jonathan Chimene)

Roy Haynes nadava com os tubarões da mítica 52 Street: Dizzie, Charlie (Bird) Parker, Miles Davis, Thelonious Monk, Sonny Rollins, Percy Health, Freddie Webster, Roy Eldridge, Max Roach, JJ Johnson e tantos outros caras importantes da época.
Enturmado, era convidado para as sessões dos caras. Participou da primeira sessão de Miles para Prestige, com Sonny Rollins no sax, Bennie Green (trombone), John Lewis (piano) e Percy Heath (baixo acústico) . Época que Miles era viciado em heroína. 
Não parou no tempo e sua versatilidade o conectou aos caras do fusion nos 70 e 80, com Chick Corea e Miroslav Vitous formou o Trio Music que gravou pela ECM alguns álbuns.