R.L. Boyce
A cidade de Chicago hoje é conhecida como a Meca do blues nos Estados Unidos. A identificação com o som elétrico criado por Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Willie Dixon, Otis Rush, Magic Sam e tantos outros é muito forte nos corações e mentes dos fãs. E isso não vai mudar.
Mas o lugar onde esses malandros nasceram e forjaram sua música ainda existe. O Mississippi ainda está lá, tá ligado?
Se Chicago é a terra onde o blues ficou popular, o estado do Mississippi é a terra onde o blues nasceu, cumpadi.
Onde ainda se toca o blues cru, com instrumentos elétricos, sim com certeza.
Mas com levadas hipnotizantes, versos tirados da vida, cantados e tocados por nomes desconhecidos, assim como as marcas de moonshine e o bourbon locais.
Onde ainda há James Super Chikan, Big A & AllStars e Cedric Burnside.
Onde T Model Ford, R.L. Burnside (avô de Cedric) e recentemente R.L. Boyce viveram e morreram sem o reconhecimento devido.
Roberto Boyce tinha o estilo parecido com seu padrinho, Robert Lee Burnside. E assim como ele, gravou tarde e pouco.
Começou na bateria nos anos 60 acompanhando Otha Turner, mas se encontrou na guitarra, vindo a gravar somente em 2013.
Ain’t The Man’s Alright, seu álbum inaugural, conta com Cedric Burnside, Luther Dickinson e Calvin Jackson (também um Mississippiano).
Seu segundo álbum, Roll and Tumble, lançado em 2017, inclui a dupla de bateristas, pai e filho, Cedric Burnside e Calvin Jackson. O álbum foi produzido por Luther Dickinson do The Black Crowes e North Mississippi Allstars, e David Katznelson. Foi indicado ao Grammy 2018 na categoria Melhor Álbum de Blues Tradicional.
Boyce ainda lançou os explosivos Rattlesnake Boogie e Anin't Gonna Play Too Long, tudo pela Waxploitation, tudo em 2018.
R.L. Boyce morreu aos 68 anos, dizem, de câncer no pulmão após ums longa batalha.
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