Diante das notícias estarrecedoras sobre o alastramento do vírus Covid-19, a 6ª edição do Clube do Blues de Santos, que sempre acontece no mês de abril e esse ano seria entre os dias 03/04 e 03/05, está adiada para uma data ainda não definida.
É claro que a medida afeta, e muito, as finanças da empresa, e dos nossos músicos parceiros. Como todos os setores econômicos, temos compromissos a honrar, empréstimos, impostos, etc., mas quem trabalha com cultura enfrenta muitas turbulências e essa será mais uma que vamos superar.
Diante dos fatos, a Mannish Boy Produções e seus parceiros, Sesc, Secult, Museu do Café, Cervejaria Everbrew, Quintal da Véia e Mucha Breja, em comum acordo, decidiram suspender todos os shows para resguardar a saúde do nosso público, evitando assim o agravamento da epidemia.
Com responsabilidade, acreditamos que cada um deve fazer a sua parte nesse momento de crise aguda.
Desde já agradecemos a compreensão do nosso público e o profisssionalismo dos nossos parceiros já citados, aos vereadores que apresentaram emendas fortalecendo o Clube do Blues 2020, Lincoln Reis, Thelma de Souza, Fabrício Cardoso e Fabiano da Farmácia, e um abraço especial aos músicos envolvidos no projeto.
VIVA A MÚSICA!
O dia que tomei uma intima da Dançar Marketing pra mudar o nome do festival – Ao último dia da edição da Mostra Blues de Santos 2019, show do Jefferson Gonçalves, tive uma supresa. Recebi um e-mail de um escritório de advocacia comunicando que o nome Mostra Blues não poderia mais ser usado. A alegação era que ele já havia sido registrado por uma empresa, a Dançar Marketing.
Para quem não sabe, a Dançar Marketing é a responsável pelo festival Samsung Best of Blues, realizado em São Paulo, e que há tempos deixou de ser um festival de blues, tendo convidado Zack Wilde, Joe Satriani, Tom Morello, Richie Sambora, Johnny 5, etc. Ou seja, usa o nome blues para promover shows que não tem nada a ver com o estilo.
E a Mostra Blues da Dançar Marketing se limita a eventos paralelos ao Samsung Best of Blues, ou seja, apresentação de filmes, exposições de fotos, etc. Nunca de shows.
A “minha” Mostra Blues acontece desde 2009, nasceu dentro do Sesc Santos e nunca teve a pretenção de subir a serra. E, desde a primeira edição vem recebendo artistas nacionais dedicados ao blues, entre eles, Big Chico, Igor Prado, Big Gilson, Big Joe Manfra, Jefferson Gonçalves, Caviars Blues Band, Mauro Hector, Márcio Abdo, Ivan Márcio, Giba Byblos, Duca Belintani, Los Breacos, Ari Borger, Artur Menezes, Filippe Dias e Robson Fernandes.
Todos eles têm história na música brasileira, discos gravados e muitas horas de estrada. Possuem carreiras admiráveis e são respeitados aqui e lá fora, no real cenário do blues, em Chicago, New Orleans ou da costa oeste.
Ao telefone, argumentei tudo isso com a advogada da Dançar e ainda apelei para que ela falasse ao presidente da empresa, o Sr. Pedro Bianco, que ele me conhecia, eu havia feito uma entrevista com ele e, de forma muito respeitosa e reverente, contado sua história em meu segundo livro, Blues – The Backseat Music – As Origens no Brasil.
Ela me pediu pra registrar tudo isso em um e-mail que iria enviar para ele que, talvez, liberasse o uso do nome.
Enviei e não houve resposta. Fui ignorado. Diante disso resolvi usar o nome de um projeto antigo que já faço em Santos, o Clube do Blues.
Brigar pelo nome Mostra Blues contra a Dançar e talvez contra a Samsung não era uma opção, não tenho tempo e nem grana. Além disso, tenho uma história no blues, não vou me rebaixar.
A Mannish Boy Produções nasceu exclusivamente como uma empresa de produção musical, não usa o nome do blues pra fazer “marketing” ou explorar o blues por dinheiro.
Ja passei por muitas dificuldades, em 2017 pensei em fechar a empresa, mas resisti e estamos aí na atividade. Todos os anos inventando projetos, respeitando os músicos, mostrando a cara. Com muito acertos e alguns erros.
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