Art Neville (foto: David Grunfeld NOLA.com/The Times-Picayune)
Conheci a arte de Art Neville quando os discos do Neville Brothers chegaram ao Brasil nos anos 80.
Não eram discos comuns. A mistura do jazz com o funk, a soul music, o pop, o rock e, principalmente, o engajamento político das letras de Yellow Moon (1989) e Brother’s Keeper (1990), mostraram ao mundo que o jazz de New Orleans estava mais vivo do que nunca.
E abriram a mente da audiência para os novos rumos da música feita na cidade/porto, que por séculos foi a porta de entrada de estrangeiros da Europa e da África.
Os irmãos Neville, Art, Charles, Cyril e Aaron, fazem parte da tradição de famílias muspcais da cidade e estavam na lida desde os anos 60.
Mas Art foi o primeiro dos irmão a gravar um disco, em 1954, quando sua banda do ginásio, Hawketts, lançou Mardi Gras Mambo.
As carreiras solos dos irmãos sempre correram paralelas até o advento Neville Brothers, mas Art Neville chegou a liderar uma das bandas mais legais de New Orleans, os afamados The Meters.
Recentemente foi vítima de um AVC que o deixou com problemas de mobilidade. Em 2018, quando os Meters receberam um prêmio pelo conjunto da obra, Art não pode comparecer na cerimonia e no fim do ano anunciou sua aposentadoria.
Art Neville morreu em casa, ao lado da família. A causa não foi divulgada.
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