sexta-feira, 19 de abril de 2013
Junho vem com uma avalanche de atrações de jazz e blues, pena que a escolha tenha que passar pelo valor do ingresso
Primeiro a boa notícia. O mês de junho começa com três festivais de jazz e blues que acontecem quase simultaneamente.
Agora a má notícia. Os preços dos ingressos estão mais caros que um quilo de tomate. Exceto no Rio das Ostras Jazz e Blues, que é totalmente gratuito.
Enquanto não houver controle efetivo na emissão de carteiras de estudante ou uma política que limite o número desses ingressos com desconto na hora da venda, todos vão pagar uma conta alta.
O já tradicional Rio das Ostras Jazz e Blues, (29/05 a 02/06), acontece no balneário carioca há onze anos. Os outros são o BMW Jazz Festival entre (06 a 09/06) em São Paulo e (08 a 10/06) no Rio de Janeiro. E o Best of Blues Festival (10 a 13/06).
As informações sobre o Rio das Ostras Jazz e Blues estão em outra matéria: http://mannishblog.blogspot.com.br/2013/04/tem-baixaria-na-11-edicao-do-rio-das.html
Há uma semana foi divulgado o cast do Best of Blues causando alvoroço na comunidade blueseira. O festival, que acontece no WTC Golden Hall, criado especialmente para a ocasião, abre dia 10 com nada menos que Shemekia Copeland, filha do guitarrista texano Johnny Copeland, apontada como a nova rainha do blues norte-americano, seguida pelo pianista de New Orleans, Dr John (foto acima), e pelo cantor e guitarrista Taj Mahal.
Dia 11 é a vez de Dr John e Buddy Guy. Dia 12 sobem ao palco Nuno Mindelis, Taj Mahal, Buddy Guy e John Mayall. Encerram o festival, Shemekia Copeland, John Mayall e Chris Cornell.
São nomes conhecidos do público brasileiro, Pat Metheny, Joshua Redman, Egberto Gismonti, Brad Mehldau, Esperanza Spalding e Joe Lovano. As sedes serão HSBC Brasil em Sampa e Vivo Rio na cidade maravilhosa.
Os artistas que já se apresentaram no país trouxeram bandas com novos integrantes. Por exemplo, o guitarrista Pat Metheny (foto acima), que abre o evento, em São Paulo, virá com a Unity Band, com o saxofonista Chris Potter (que tocou aqui, nos últimos anos, com o baixista Dave Holland e com seus grupos Underground e The Overtone Quartet), o baterista Antonio Sanchez e o baixista Ben Williams.
Um dos destaques da primeira edição do BMW Jazz, há dois anos, o saxofonista Joshua Redman retorna ao país como integrante do quarteto James Farm que inclui o pianista Aaron Parks, o baixista Matt Penman e o baterista Eric Harland.
A contrabaixista, vocalista e compositora Esperanza Spalding volta ao país acompanhada pela pequena orquestra que formou para gravar seu álbum mais recente, “Radio Music Society”, com destaque para o sax alto de Tia Fuller.
Egberto Gismonti se apresenta com uma orquestra formada por 21 jovens chamada Corações Futuristas.
Ainda completam o festival o saxofonista Joe Lovano com o trompetista Dave Douglas, cuja parceria remonta desde que dividiam a liderança do San Francisco Jazz Collective e o quinteto Sound Prints. O pianista Brad Mehldau com seu trio composto por Larry Grenadier (baixo) e Jeff Ballard (bateria).
O baterista nova iorquino Johnathan Blake completa o line up do BMW Jazz Festival. Blake apresenta os temas de seu primeiro álbum, The Eleventh Hour, lançado em 2012.
Fora dos festivais, a cantora Shirley King, filha do mestre B.B. King, se apresenta na Virada Cultural em duas cidades, Jundiaí e São João da Boa Vista. A banda de apoio é composta por Giba Byblos (guitarra), Adriano Grineberg (teclado), Ivan Márcio (harmônica), Paulinho Sorriso (bateria) e Fábio Basili (baixo). Os shows acontecem 25 e 26 de maio, respectivamente.
Não acredito que essa lorota da "distribuição descontrolada de carteiras de estudantes é o único fator para o preço alto dos ingressos" ainda arrebanhe crentes... é a desculpa mais esfarrapada que já vi para a ganância dos "promoters" e para a resignação obtusa dos clientes...
ResponderExcluirEnquanto esses dois fatores acima listados continuarem a andar juntos, manter-se-ão astronômicos os preços dos ingressos, com ou sem carteirinhas de estudante.
Vamos por parte.
ResponderExcluir1 - Promoter é quem promove, não quem produz.
2 - Não só desordenada como criminosa. Mas não cabe a quem produz shows fiscalizar isso.
3 - Acho que você nunca teve acesso a um borderô pra saber que, em muitos casos, 80% da bilheteria é de meia entrada, obrigando os produtores a colocar esse custo na conta final. Não existe mágica, existe matemática.
4 - Não sou crente em nada. Sou consumidor e sou produtor. Lido com informações e não com achismos.
Mas obrigado por ler o Mannish Blog e debater. Abraço.