segunda-feira, 6 de outubro de 2025

PIL, a banda do encrenqueiro Johnny Rotten, toca em São Paulo em abril

 


Foi uma espera de 34 anos, mas Public Image Limited (PIL), banda do John Lydon (Johnny Rotten) pós Sesx Pistols, pisa no brasa em abril de 2026 para show único. A apresentação acontece no dia 08 de abril de 2026, no Terra.
O PIL é aclamado como uma das bandas mais criativas e viscerais do pós punk, por colocar rock, dub, dance, folk e pop, tudo no mesmo balaio.
A música e visão da banda renderam cinco singles no Top 20 do Reino Unido e 5 álbuns no Top 20. O álbum Metal Box, de 1979, por exemplo, é considerado um marco do pós-punk, que esticou os limites do rock, levando-o a territórios mais ambiciosos.
O show no Brasil em 2026 faz parte da This Is Not The Last Tour (“Esta Não é a Última Turnê”), que começou em maio de 2025 em Bristol, Reino Unido, e já passou por importantes festivais como o Forever Now Festival, Rebellion Festival e o Putting the Fast in Belfast.
A extensa turnê acontece após Lydon acreditar que a banda não voltaria mais a excursionar. Seu amigo de longa data e empresário, John Rambo Stevens, faleceu repentinamente após a última turnê do PiL, em dezembro de 2023, pouco depois da morte da esposa de Lydon, Nora, em abril de 2023. Naquele momento, Lydon achou que seus dias de turnê haviam terminado.
No entanto, ele ficou impressionado com o apoio dos fãs durante sua turnê de Spoken Word pelo Reino Unido, realizada na primavera deste ano. À época, Lydon disse: "O que aconteceu é que as pessoas foram incrivelmente positivas, e me pediram para excursionar com o PiL novamente. Com tanta gente pedindo, e sabendo o quanto a banda significa para eles, eu não podia simplesmente ficar no meu sofá sem sair em turnê — por mais tentador que isso fosse.”
Após liderar os Sex Pistols, John Lydon formou os pioneiros do pós-punk Public Image Ltd (PiL). Com uma formação em constante mudança e um som único, Lydon guiou a banda desde o álbum de estreia “First Issue” (1978) até “That What Is Not” (1992), antes de um hiato de 17 anos e no retorno em 2009.
A reunião de 2009 mostrou que o PiL não era apenas um projeto de juventude, mas uma banda com vida longa, capaz de reinventar-se e manter relevância. Para muitos críticos, essa volta deu a Lydon a chance de reafirmar sua faceta mais criativa, muito além do legado dos Sex Pistols.
O álbum mais recente do Public Image Ltd (PiL) é End of World, lançado em agosto de 2023. A Pitchfork destacou que a voz de Lydon continua “cativante e, ocasionalmente, surpreendentemente comovente”.
Além de John Lydon nos vocais, o PiL de hoje é Lu Edmonds (conhecido como guitarrista do The Damned no fim dos anos 1970 - guitarra, teclados, backing vocals e outros instrumentos como sax, banjo), Scott Firth (baixo, teclados, backing vocals) e Mark Roberts (bateria desde 2025).
Vale mencionar que o próprio Lydon desenhou a nova versão do logo do PiL para o merchandising da atual turnê. Ele falou que simboliza um novo começo para a banda. Mas a antiga é mais legal.

Serviço:
Show: Public Image LTD em São Paulo
Data: 8 de abril de 2026
Local: Terra SP (Av. Salim Antônio Curiati 160, São Paulo, SP)
Ingresso: https://fastix.com.br/events/public-image-ltd-em-sao-paulo

domingo, 5 de outubro de 2025

Fantazmaz chega ao Brasil em outubro em cinco shows

 O punk ácido, feroz e rápido da Fantazmaz, banda com raízes brasileiras baseada em Londres, chega ao Brasil em outubro em cinco shows.


O primeiro será no dia 17 de outubro em São Paulo, no Bay Area na capital e 18 no Maali, em Campinas; no dia 19 no festival Lucky Friends Rodeo, em Sorocaba; de volta a São Paulo, dia 23/10 no La Iglesia; encerrando, dia 25 na Cervejaria Tarantino, também em São Paulo.
Mas o primeiro compromisso da Fantazmaz no brasa é dia 15 de outubro na loja London Calling, na Galeria do Rock (São Paulo/SP). Será um encontro com os fãs e a banda venderá merchandising neste dia, como o vinil Fantazmaz, o álbum de estreia.
"Estamos super empolgados pra voltar pra casa com os Fantazmaz, depois de tantos anos fora, e ainda levar nosso batera gringo: o Jamie (ex-UK Subs e SNFU) vai com a gente, o que vai deixar a tour ainda mais especial", conta Thamila.
Ela conta que desde que começaram a anunciar a turnê, já receberam muitas mensagens de antigos e novos fãs. "Também recebemos várias mensagens de fãs da nossa banda antiga, o Vilania, dizendo que vão colar nos shows. A gente tinha uma fanbase bem fiel".
Os shows do Fantazmaz, revela Thamila, são rápidos. "A gente até brinca antes de subir no palco: “bora, show Zeke, né?” Que significa: rapidão, altíssimo e non stop! A gente adora tocar uma música atrás da outra e suar muito".
Fantazmaz, o disco, foi gravado no Monolith Studio, na Zona Norte de Londres, conhecido por gravar bandas de metal e HC. Nas plataformas digitais, o álbum saiu via Repetente Records, selo de dois músicos do CPM 22, Badauí e Phil Fargnoli junto ao diretor artístico Rick Lion.
“A chance de sairmos desse caos global é mínima e, pra ser sincera, a gente nem se importa mais em explicar o porquê. Tá tudo aí, escancarado. Esse é o sentimento. Escuta o álbum", comenta a vocalista Thamila Zenthöfer.

Os ingressos estão à venda pelo link: https://linktr.ee/fantazmaz

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Saiu a programação 2025 do Sesc Jazz com mais de 27 atrações basileiras e estrangeiras

 Os shows acontecem em nove unidades do Sesc no estado de São Paulo: Pompeia, 14 Bis, Franca, São José dos Campos, Rio Preto, Centros de Música do Sesc Consolação, Guarulhos, Vila Mariana e Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo, entre 14 de outubro e 02 de novembro

O ícone Dom Salvador faz parceria com Amaro Freitas (foto: Daniel Franco)

O Sesc Jazz é um festival cuja proposta é surpreender pela sua curadoria. Desde que era chamado de Jazz na Fábrica o festival de jazz do Sesc primou pela diversidade musical dando espaço para artistas pouco conhecidos por aqui.
Além de unidades da capital, a edição de 2025, a 6ª desde que se tornou o Sesc Jazz, vai incluir várias unidades do iterior, apresentando artistas do Brasil e do mundo, valorizando encontros, preservando legados, mas também muita inocvação.
Para além dos espetáculos, o Sesc Jazz oferece uma experiência expandida com ações formativas que aproximam artistas brasileiros e internacionais, acadêmicos e jornalistas do meio ao público em geral. Estão previstas oficinas teóricas e práticas de composição, canto e percussão, cursos, masterclasses, aulas-show, conversas, workshops e audições comentadas que pretendem estreitar o intercâmbio de conhecimentos e culturas entre todos os participantes.
O conceito de Sul Global, que permeia a curadoria do festival, valoriza o protagonismo de artistas da América Latina, África e diáspora africana, ratificando o jazz como uma tecnologia de resistência e contracultura frente à herança colonial. Essa perspectiva, firmada nas últimas edições, é o eixo que orienta as discussões e os encontros artísticos do evento, que também aumentou a participação de mulheres, não só intérpretes, mas também musicistas, compositoras, bandleaders, mediadoras e profissionais de backstage no festival.
Para o diretor do Sesc São Paulo, Luiz Deoclecio Massaro Galina, “o Sesc Jazz reafirma seu compromisso com a diversidade, a inovação e a valorização do jazz como linguagem viva, plural e afrodiaspórica".

Amaro Freitas (foto: Micael Hocher)

O festival oferece uma safra de apresentações brasileiras inéditas, entre elas, o encontro histórico de gerações entre os pianistas Amaro Freitas e Dom Salvador, que transformaram o jazz brasileiro em épocas diferentes. Pioneiro do samba-jazz, Dom Salvador se une ao pianista pernambucano reconhecido internacionalmente, com show e bate-papo com o público. 
Evinha, ex-integrante do Trio Esperança, radicada há mais de 40 anos na França e redescoberta por jovens ouvintes via samples de BK e Alok, faz show especial com Marcos Valle, revisitando as canções que ele escreveu para ela no final dos anos 1960 e início dos 1970, consolidando um diálogo artístico e afetivo que atravessa seis décadas. 
Indiana Nomma, Rosa Marya Colin e Eliana Pittman fazem uma homenagem à diva do samba-jazz Leny Andrade (1943–2023), enquanto os mestres do frevo de Olinda Carlos Rodrigues, Lúcio Henrique, Oséas Leão e Maestrina Lourdinha Nobrega se reúnem no show Abafo, Coqueito e Ventania para mostrar a riqueza rítmica do ritmo ao universo da improvisação com arranjos preparados exclusivamente para o Sesc Jazz.
Criado pelo percussionista e ogã Luizinho do Jêje, o grupo baiano Aguidavi do Jêje é outro destaque brasileiro, preservando a tradição oral e percussiva em saudação a ancestrais, pretos-velhos, juremeiros, orixás, voduns e sambadeiras, além de Virgínia Rodrigues revisitando seu disco de estreia, Sol Negro, lançado em 1997 e que a projetou internacionalmente, e Luedji Luna, com participação de Alaíde Costa, na turnê de seu recente projeto duplo Um mar pra cada um, Antes que a terra acabe.
Outro encontro, este de intercâmbio internacional, será apresentado pelo grupo Diáspora Lyannaj, resultado artístico do projeto Résidence Croisée França-Brasil, este ano formado pelos brasileiros Fábio Leandro, pianista, compositor e arranjador e pela contrabaixista Vanessa Ferreira em integração com os franceses Boris Reine-Adélaïde (percussionista, especialista no tambor Bèlè da Martinica), e o saxofonista Samy Thiebault. “Lyannaj”, palavra do criolo antilhano, significa “aliança”, “elo”, “união”.

Acesso gratuito - Parte da programação de shows será em um palco externo e gratuito, na área do deck do Sesc Pompeia. Nele acontecerão, aos domingos, os shows do grupo paulistano Aláfia em uma homenagem ao grupo Parliament, coletivo que marcou a música negra estadunidense nos anos 1970, o projeto Coisas supremas: Conexão entre Coisas e A Love Supreme, com Allan Abbadia, um tributo às obras de Moacir Santos e John Coltrane e  o Trio Mocotó tocando o clássico Força Bruta (Jorge Ben), com a participação especial de Ellen Oléria. O grupo, pioneiro na fusão entre samba e soul, também participa de uma audição comentada com o público para contar sobre os bastidores e o legado do disco, gravado por eles em 1970.

Moonlight Benjamin 

O mundo no Sesc Jazz - A América Central está representada pela haitiana Moonlight Benjamin, cantora e sacerdotisa que mistura os ritmos cerimoniais do vodu haitiano com blues, rock psicodélico e guitarras elétricas, criando um som potente e espiritual, e pela cantora e pianista cubana Aymée Nuviola,  que apresenta um mergulho no filin, no bolero e na tradição noturna de Havana das décadas de 1950 e 1960.
Da América Latina, o festival recebe artistas que traduzem a riqueza e a pluralidade do jazz contemporâneo em diálogo com suas raízes afro-indígenas. A colombiana Lido Pimienta, indicada ao Grammy Latino e ao Grammy Awards, combina synthpop e música eletrônica com influências tradicionais afro-colombianas. Já o lendário Fruko & La Bonita celebra a colaboração entre gerações em um espetáculo que une salsa, psicodelia tropical e cumbia. O coletivo De Mar Y Río traz a força das vozes e percussões ancestrais da costa pacífica colombiana e conduz uma oficina dedicada à música de marimba, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade — título também concedido ao candombe, ritmo afro-uruguaio defendido pelo mestre Hugo Fattoruso, que participa do festival com show e com a atividade formativa Candombe do Sul.

Sélène Saint-Aimé

A Europa aporta no Sesc Jazz com nomes que exploram diferentes caminhos do jazz contemporâneo. A contrabaixista e cantora franco-caribenha Sélène Saint-Aimé apresenta um som que une tradição e modernidade; do Reino Unido, Bryony Jarman-Pinto destaca-se pela fusão de jazz, soul e folk com letras de tom social. O pianista Tigran Hamasyan, da Armênia, completa o bloco europeu, unindo improvisação, rock progressivo e melodias do folclore de seu país.
Da música afro-norte-americana, três referências de Chicago (EUA) reforçam a tradição e a inovação do gênero: o percussionista Kahil El’Zabar, comemorando os 50 anos de formação de seu grupo; a pianista e educadora Amina Claudine Myers, figura marcante do jazz e do gospel. De Montreal (Canadá), Dominique Fils-Aimé,  expoente do jazz vocal com letras que refletem sobre as realidades sociais que moldaram o blues, o jazz e o soul.

Gabi Motuba


Com repertório voltado a temas de política global, estudos negros e espiritualidade, a sul-africana Gabi Motuba traz um trabalho que reflete sobre identidade e resistência. Também do continente africano, o ganês Alogte Oho mostra a força do Frafra Gospel, o grupo Etran de L’Aïr apresenta o rock do Saara e o cantor, guitarrista, ativista e embaixador cultural senegalês Baaba Maal mescla tradições da África Ocidental com sonoridades eletrônicas em composições que refletem sobre os desafios tecnológicos, políticos e ambientais do continente africano. O artista, cuja voz já ecoou em produções icônicas como A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese, e na trilha dos filmes Pantera Negra, ambientados na fictícia Wakanda, abre o festival com show na unidade Pompeia.

Experiências ampliadas - Além dos espetáculos e das atividades formativas, o Sesc Jazz contará com um menu gastronômico exclusivo criado por algumas unidades para o festival. Programe-se para experimentar um cardápio de aperitivos, pratos e drinks inspirado na atmosfera do festival.

Artes visuais - A  artista visual multidisciplinar Negana é a ilustradora convidada desta edição. Sua pesquisa é centrada na figura da mulher negra como corpoterritório — portador de memória, espiritualidade e potência. Nascida em João Pessoa e filha de costureira, a artista aprendeu desde cedo a confiar no gesto e na criação manual. Da costura à arte, transformou o fazer em escuta e em trama de afetos, produzindo em bordado, pintura e ilustração narrativas que entrelaçam ancestralidade, memória e transformação.

Serviço Sesc Jazz 2025
São Paulo, Franca, São José dos Campos e São José do Rio Preto
14 de outubro a 02 de novembro de 2025
Programação completa em: https://www.sescsp.org.br/sesc-jazz 
Orientações de venda de ingressos

Este ano, a venda de ingressos para o Sesc Jazz terá um período de exclusividade para quem tem a Credencial Plena do Sesc válida. Atenção para as datas:

2/10, a partir das 17h - Venda on-line exclusiva para Credencial Plena, com limite de dois ingressos por pessoa para cada apresentação. O acompanhante não precisa ter Credencial.
3/10, a partir das 17h - Venda presencial e on-line dos ingressos para todos os públicos. Com limite de 2 ingressos para cada sessão por CPF.

Valores: R$60 / R$ 30 / R$ 18 

14 Bis: quinta a sábado às 20h, domingo às 18h - Teatro
Pompeia: quinta a sábado às 20h, domingo às 18h - Teatro; quinta a sábado às 21h, domingo às 18h30 - Comedoria; domingo às 16h - Deck

São José dos Campos: quinta a sábado às 20h, domingo às 18h - Ginásio
Rio Preto: quinta a sábado às 20h, domingo às 18h  - Ginásio
Franca: quinta a sábado às 19h30, domingo às 18h - Teatro